No blog do Colunão, de Walter Rodrigues.
Até Edinho Lobão, ou Edison Lobão Filho, como deseja agora, recém-empossado senador na vaga do pai que virou ministro, comprou a idéia de que é preciso acabar com a figura do suplente. Parece um tanto incoerente, porém o mais provável é que ele esteja apenas pegando carona numa “proposta” embalada pela mídia convencional.
A idéia deles é que, vagando definitivamente o cargo de senador, faça-se nova eleição ou, dependendo de quanto restar de mandato, assuma o segundo colocado na eleição que o originou. “Como era antigamente”, acrescenta a memória corrompida de um jornal de São Luís.
“Antigamente” era ditadura com bipartidarismo. Cada partido, na época (a partir de 1978), podia lançar até três candidatos para a mesma vaga de senador. As “sublegendas” serviram ao regime militar para acomodar gatos divergentes no mesmo balaio governista. A Constituição de 1988 acabou com isso, até porque não fazia o menor sentido no sistema pluripartidário.
Sem sublegendas, a proposta atual avizinha-se da estultice.
No momento em que a Justiça radicaliza o princípio de que “o mandato pertence ao partido”, como se pode querer que candidato de partido derrotado herde o mandato do vencedor? Se o problema é o povo votar sem saber quem é o suplente, então é simples.
Basta pôr o nome do suplente na tela da urna eletrônica...
Isso sim
Alguém devia avisar a Edinho Lobão que o que precisa acabar não é o suplente. É o laranja.
3 comentários:
O que precisa acabar é o Senado.
O parlamento unicameral.
A proposta reapareceu no último congresso nacional do Partido dos Trabalhadores.
Mas era apenas o bode na sala.
O senador poderia ter um vice, e a chapa seria votada por inteiro.
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