23.5.06

Mari...onete

O fundo azul atrás de Maria do Carmo, típico de estúdio de tv, deu um ar retrô ao programa do PT ontem à noite.
Mas não foi de propósito não.
É que o responsável (?) pela gravação não sabia, ou esqueceu, que com aquele fundo não dá prá "recortar o croma-key", o efeito que aplica imagens por trás da pessoa que está falando.
Com isso não pode aparecer seu primeiro irmão Everaldinho Martins, o inesquecível Beiçola, a imagem que realmente está por trás de Maria, alegoria de prefeita.
Mas todo mundo em Santarém já sabe.

5 comentários:

Anônimo disse...

8 x 23 disse...
E o Paulo Rocha, hem...Ficou no fundo do fundão. E ainda com a imagem do tempo da campanha da companheira Ana Júlia à Prefeitura de Belém, em 2004. Naquele tempo ele era o poderoso que controlava e mandava em tudo, com o devido aval do chefão Zé Dirceu. Foi nessa mesma época, com o céu azul de brigadeiro, parecido com o efeito na luz da filmagem apresentada, que o nosso combativo companheiro foi abatido com os 900 mil reais do mensalão e acabou renunciando. Agora, vamos ver a resposta das urnas a tudo isso...

Unknown disse...

Pois olhe:ainda ontem uma fonte petista do blog me garantiu que Paulo Rocha está correndo muito atrás da reeleição.E arriscou dizer que Zé Geraldo pode surpreender.A conferir.
Obrigado pelo comentário,Oito.

Unknown disse...

O blog recebeu um e.mail do jornalista Marcio Miranda, de Santarém, questionando a nomeação do advogado Roberto Vinholte para uma "assessoria de relações institucionais com a imprensa", fato que despertou atenção de Márcio.Pelos termos do e.mail,tomo a liberdade de publicar como comentário.

"Caro Juvêncio.

Quero dividir com você minha reflexão sobre um fato relevante.
Li com surpresa, na mídia eletrônica de Santarém, uma nota dando conta do retorno glorioso de Roberto Vinholte (Beto Cebola, para os íntimos), ao clã dos Martins e não pude evitar a conclusão de como é resistente à humilhação a alma humana, ou ainda, como pode a alma humana suportar as vilezas sem se destruir por inteiro, ao preço de se deformar ao seu peso sem jamais retornar, ereta, à posição original. É assim em todo lugar e nossa querida Pérola do Tapajós não foge a regra.
Toda Santarém soube como Beto, um profissional respeitado e bem sucedido, saiu da Secretaria de Cultura do governo de Maria do Carmo & irmãos: açoitado pela prefeita, para quem o então subordinado seria pura e simplesmente "incompetente". O qualificativo não é meu. Foi brandido, aos gritos e ecoou por todos os corredores da Prefeitura Municipal de Santarém, o que provocou a natural irritação de Vinholte e seu abandono de posto. Afinal, era preciso demonstrar honradez.
Mas Beto não saiu da Folha. Então, para justificar sua permanência ali, agora foi alçado à condição de ASPONE, com direito a pomba e circunstâncias e denominado, pela matriarca Martins como "conselheiro informal de marketing e comunicação". Tenha a Santa Paciência! Desculpe a expressão, mas isso só pode ser brincadeira.
Ora, como pode um advogado, por melhor que seja, ser "conselheiro de marketing e comunicação"? Trata-se, é claro, de mais um escárnio da prefeita contra a inteligência dos santarenos. Ou de fato ela pensa em deslocar Nelma Bentes, atual diretora da divisão de comunicação, para a assessoria jurídica?
Jornalista, comunicólogo e marketeiro não são ocupações, prefeita, são profissões. Possuem estatuto próprio, entidades de classe, anteparo jurídico para o seu exercício. Entidades, com reconhecimento legal, defendem o espaço legal dessas atividades. Confundi-los com palpiteiros e charlatões é um erro crasso. A Fenaj, para os jornalistas, a ABCOM para os comunicólogos, a ABCOMP para os marketeiros políticos, são entidades reais e juridicamente estabelecidas. Uma prefeita deveria ser a defensora da legalidade, mas não foi isso que vimos nesse episódio.
Dona Maria do Carmo, para seu governo o exercício dessas atividades exige diploma e registro profissional - só diploma, diga-se, não vale. Então, prefeita, como é que fica? Afinal, está claro que o cidadão em questão entende tanto de marketing e comunicação (marketing! comunicação!) quanto um Tucanaré entende de andar de bicicleta ou montar a cavalo. Além disso, por mais surrealista que fosse essa situação, ela de fato acontecesse (não o Tucunaré andar de bicicleta ou montar a cavalo, mas o Beto dar conselhos úteis de comunicação), tal afronta à lógica seria ilegal. Ilegal, prefeita.
Sou natural de Santarém, jornalista diplomado e registrado nos órgãos competentes e como tal me indignei com o pouco caso demonstrado pela prefeita para com os profissionais verdadeiros da área de comunicação. Se um jornalista ou um administrador graduado em marketing (marketeiro) fosse dar conselhos acerca das Leis e do Direito, logo viria a OAB dizer que ser tratava de "exercício ilegal da profissão" e, portanto, passível das penas previstas em Lei. Aviso: se Beto, o advogado, posar de marketeiro e jornalista, será denunciado por mim à Fenaj - federação nacional dos jornalistas - por prática ilegal da profissão, passível de prisão e multa, de acordo com o Código Civil.
No entanto, está claro que Beto não dará conselhos de marketing e comunicação à Maria do Carmo, assim como não deu a Alexandre Von, para quem fez campanha até o meio do processo eleitoral de 2004. Maria do Carmo (ou apenas Maria, como grafou em sua gloriosa campanha ao governo do Estado) ganhou as eleições sem os conselhos do marketeiro de última hora Beto Vinholte. Para mim está claro que ele agora apenas cumprirá o papel que lhe confiou Everaldo "Che" Martins nessa ópera bufa. Será o porta-voz, o pára-choque de uma administração sofrível. Ficará ali no cenário como marionete visível e "respeitada", falando palavras que não são suas e ganhando aquele magro soldo de assessor para assuntos aleatórios. Uma pena.
Melhor faria em exercer, como o fez desde o começo, sua profissão com a dignidade que sempre envergou. E deixar para quem é do ramo os conselhos em comunicação. Ou então, que tal humilhação lhe pese nos ombros.

Marcos Miranda

Anônimo disse...

Há um equívoco em considerar Paulo Rocha ligado ao mensalão. Ele esteve envolvido no recebimento de dinheiro liberado pelo valerioduto para pagamento de dívida de campanha. Outra coisa é o mensalão, que seria espécie de mesada com que Zé Dirceu manteria alguns parlamentares da base de apoio, vinculados a essas siglas de alguel comuns no Brasil, para se manterem fiéis ao governo. Ou seja do ponto de vista moral quanto ao primeiro caso se lastima, enquanto no outro se reprova a conduta de quem esteve envolvido.
Por fim com respeito ao poder polítici de Paulo Rocha, o comentarista também está enganado. O grupo político a que ele pertence, antes da saída do grupo político do Ex-prefeito Edmilson Rodrigues do PT para o PSOL, já mantinha o controle absoluto sobre o diretório estadual petista. Com a saída do grupo de Edmilson, passaram a ter hegemonia quase total, cabendo ao grupo da Senadora Ana Júlia influência no Diretório Municipal de Belém.
Cabe também destacar que a despeito da barulheira toda quanto ao mensalão, das circenses pirotecnicas das CPI, até hoje não há uma única prova da existência dele. A semelhança do monstro do Lago Ness.

Anônimo disse...

Apenas um reparo ao Marcos Miranda: advogados podem sim ser conselheiros em comunicação e marketing. Houve um muito famoso na Alemanha, na primeira metade do século XX, que atendia pelo nome de Joseph Goebbels. Foi um nazista feroz a ponto de envenenar os seus quatro filhos menores e com a mulher se suicidar imediatamente antes da conquista de Berlim pelos russos. A despeito de sua vinculação com um dos maiores regimes destrutivos já vistos na História da Humanidade, até hoje não se pode fazer uma análise histórica do marketing político e da comunicação de massa, sem discutir os métodos empregados por ele.
Entre nós, por exemplo, Assis Chateaubriand, fundador e proprietário dos Diários Associados, homem de comunicação e com um senso muito peculiar de marketing, era advogado, tendo sido inclusive Professor de Filosofia do Direito da tradicional Faculdade de Direito do Recife, aprovado em 1o. lugar e por concurso público.
Com isso apenas quero dizer que a formação profissional básica de um indivíduo não necessariamente estará associada com a atividade posterior que ele venha a desenvolver e se destacar na sociedade.