26.10.05

À Deriva

Quem gosta de olhar o passado sabe que portos sempre foram lugar de malfeitores. É nesse ambiente, entre estivadores caminhões e guindastes, ao invés de uma hidroviária, que os passageiros embarcam para uma aventura de final imprevisível, mas arriscado,quando resolvem conhecer um dos mais belos ecossistemas amazônicos,a ilha do Marajó.
As duas empresas licenciadas pelo Governo do Estado se estapeiam pra ver qual a que mais comete irregularidades, submetendo aos usuários constrangimentos de toda sorte.
Não tomam conhecimento da agência reguladora estadual.
E vice versa.
Tripulações despreparadas para o trato com os passageiros, máquinas sucateadas em cascos quase centenários, banheiros imundos, bancos desconfortáveis, atrasos, superlotação, partidas antes do horário, bares inqualificáveis.
Essa linha do Marajó, que atende diretamente a três municípios, é a que leva os turistas, do mundo inteiro, que se rendem aos apelos do lugar. Mas não se ouve um pio de promotores e prefeitos.
A Capitania dos Portos tem umas lanchinhas sim, que aparecem na hora que o barco já está atracando em Belém, na volta. Isso mesmo!Há cinco ou dez minutos do porto. Uma lástima.
Até o Bispo (da Prelazia do Marajó) já se queixou, veja só!
E a burocracia sempre tirando o seu da reta (o dela, não o do Bispo).Quem sabe falta uma tragédia?

10 comentários:

Anônimo disse...

Nem mesmo uma tragédia mudará, nesta geração, o quadro que se espalha por todo o país! Em sampa há aproximadamente 3.000 pontos de risco para a população que são lembrados a cada ano no período de chuvas, quando a TRAGÉDIA anunciada, inevitavelemnte acontece! Esse número aumenta a cada ano e .... NADA! De administração em administração ...NADA! A novidade é que as autoridades e outros notáveis de nosso mundo cultural podem se esbaldar na DASLU! É isso Brat! The Poster!

Unknown disse...

É isso,Brat.Lá como cá más fadas há.Valeu!

Anônimo disse...

Juca, não tenho mais pique p/ esses shows....

Conheci Marajó e gostei muito, exceto a carne de Búfalo!

Abraço

Unknown disse...

Também não,Milton.Que bom que voce gostou.É pra lá que vou aos finais de semana..e enfrento a chatice arriscada da travessia.
Depois de um tempo a gente acaba ouvindo o que os filhos ouvem.Pearl Jam e Strokes fazem a cabeça da galera cá de casa.Abs.

Anônimo disse...

Um passarinho me contou que uma deputada é dona de uma das empresas que opera para o Marajó.
Será verdade?

juvencio de arruda disse...

Na verdade Octávio uma das empresas pertence à família Cunha,da deputada Ana Cunha,ela,aliás,uma pessoa civilizada.O problema,em meu juízo,está na incivilidade e anacronismo do setor,além da passividade de Arcon e Capitania.
Acidentes fatais se sucedem e seus responsáveis,bem...essa história voce conhece.Mas que passarinho é esse hem?Valeu!

Jana disse...

Vitória é uma ilha, mas acabaram com o transporte marítimo... Alguém um dia precisa me explicar como funciona a cabeça (se é que ela existe) de alguns por aí...

juvencio de arruda disse...

S'tamos na Amazonia,Jana.
s"tamos em pleno mar..eheh.Esse trajeto até o Marajó tem 45 km.A maior das pontes para vencer a baía teria 13.Mas há catamarãs fazendo a Rio-Niterói em sete minutos.Pô.., tem que trazer prá cá!É ou não é turismo internacional?Mas vale a pena viu.Bj

Anônimo disse...

Juvêncio, o Gasolina, vereador pefelê, andou criticando essa tal e malfalada Arcon por essas bandas. Se aí, ao pé da Santa Cruz, a estatal tucana não limpa a barra dos usuários... coitadinhos de nós por cá.
Na linha Santarém-Itaituba, só entra quem é amigo do rei. Cartel do roxo. Arcon? Kd Arcon? Foi embora pra Pasárgada.

juvencio de arruda disse...

Tô acompanhando a denúncia do Gasolina,e ouço essas reclamações de Itaituba há muito tempo.Porque não entram logo na Justiça?