17.11.06

Ponta de Lança

Tem gente graúda agoniada com a prisão do auditor-lixeiro Luis Fernando Costa na Operação Rêmora.
Agoniada, mas calada, num misto de covardia e estratégia de sobrevivencia.
E esta operação da PF deveria se chamar Rêmoras, no plural, tal a quantidade de tubarões que poderá cair na rede.

10 comentários:

Anônimo disse...

Tem gente graudona no TCM que está tremendo dia e noite a base de lexotan. Pelo menos dois manda chuvas estão só a espera de raios e trovoadas. Que virão com certeza.

Anônimo disse...

Esse cara, juntamente com sua instituição são famosos há muito tempo por aquí!

Anônimo disse...

Remoras & tubarões

Anônimo disse...

TCM=Toca de Catitas, Mermão!

Anônimo disse...

Cogitou-se,em áureo momento,sobre a extinção do TCM, como é que anda isso, Juca?

Anônimo disse...

BIBELÔS
Segundo o Houaiss, Bibelô é um objeto pequeno, frágil, que serve apenas de adorno. O fato de ser pequeno pode derrubar minha tese, mas ainda acho que estou certo.
Já que todos estão comentando, atacando e defendendo a gestão do ainda Secretário de Cultura, e considero que ninguém ainda qualificou exatamente a questão, na minha opinião, decidi escrever este artigo, que inicialmente pensei publicar apenas em meu blog, mas que depois decidi enviar a outros blogs, mais populares que o meu.
Sei perfeitamente que sou suspeito. Quase todos sabem que o Secretário nutre algum ódio pela minha família. O pior é saber que a razão é meramente de opinião. Ele foi criticado por meu irmão em sua coluna Feira do Som, no Diário do Pará. A partir daí, tudo começou e seria longo mencionar todos os detalhes sórdidos que duram 12 anos, sem no entanto ele impedir que qualquer membro da minha família deixasse de atuar na área cultural, já que nunca tivemos qualquer ato na política partidária. No máximo, trabalhamos, como jornalistas, bem pagos, em campanhas políticas, para os mais variados candidatos que vocês sabem, não primam pela fidelidade. Foi contratado nosso esforço de trabalho, não a consciência. Mesmo assim, tento pensar objetivamente para qualificar a gestão do Secretário, tentando alcançar a dimensão exata, para que se possa, corretamente, execra-lo, como merece.
ADMINISTRADOR CULTURAL
Qual a função de um Secretário de Cultura? Nos últimos anos, ao mesmo tempo em que a Cultura cresceu brutalmente em oferta e em profissionalização no mundo – aqui mesmo, temos a questão da cultura baiana, gostando ou não, isso é outra coisa – aqui no Pará tivemos uma involução. A escolha de um Secretário da Cultura, normalmente, fica para o final, quando todos os cargos, julgados erradamente mais importantes, já foram preenchidos. Fica na base do “chama aquele teu amigo, que gosta de música, ou teatro, ou livros”. E essa pessoa chega, sem nenhuma idéia de sua função. Se for honesta, tentará aprender. Isso quase nunca acontece. Então, temos pessoas realizando sonhos, atendendo apelos de amigos, enfim, um desastre.
Um Secretário de Cultura é um administrador cultural. Precisa diagnosticar os problemas de sua pasta. Aqui no Pará, em função do apocalipse que vivemos por 12 anos, nossa situação é quase terminal. A necessidade é total. Começar tudo de novo.
Está na Constituição a necessidade do Estado prover o povo de todas as facilidades de acesso à Cultura, bem como prover os artistas de todos os meios para levar a Cultura ao povo.
Para fazer isso, é preciso traçar planos de constituição de um mercado cultural nas várias áreas, para um Pará tão grande quanto um país. Para os artistas, incentivar os que começam, apoiar os que estão em plena produção, registrar devidamente aquilo que já foi e que precisa novamente ser visto. Desenvolver um calendário, degraus, um a um, com um ápice anual, que também será degrau para quatro anos de trabalho. Todas as áreas. No que diz respeito ao povo, dividir o Estado em cidades pólo, para a partir daí construir todo um sistema que receba artistas de todo o Pará, bem como desenvolva e constitua os artistas locais. Construir equipamentos novos. Traçar planos para levar nossa arte aos outros Estados. Receber e trocar experiência e informação. Profissionalizar o setor. Fazer com que todos os órgãos hoje dedicados à Cultura, trabalhem em sintonia, rumo ao mesmo objetivo, fazendo parte de um mesmo sistema. Fazer uso correto do equipamento Funtelpa, como ferramenta de difusão da nossa Cultura. Muitos outros detalhes que talvez tenham me escapado. Nada disso foi feito em doze anos. Posso dizer que antes, quando o titular Guilherme La Penha estava no cargo, alguma coisa começou a ser esboçada e claro, foi destroçada quando o atual Secretario assumiu, por serem desafetos. E quem não é desafeto desta figura?
AS GRANDES OBRAS
Quando alguém faz críticas, muitas vezes ouve, de volta, que foram feitas grandes obras. Falam na Estação das Docas. Dizem que enfim, temos um lugar onde levar nossos turistas. Dia desses, em um blog, um deputado paraense defendeu ardorosamente a figura, por conta das obras. Não sei se ele é idiota ou meramente, tendo em vista a repetição brutal das mentiras, através da televisão, passou a acreditar nelas, piamente. Com isso, não digo que o povo é idiota, mas sei que foi iludido por propaganda maciça, que fixou, como recall, essas respostas. A propaganda teve efeito. Hoje, muitos paraenses acham-no uma grande figura, profundamente apaixonada pelo Pará. Então, por conta disso, é necessário explicar muito bem porque não vejo mérito algum nisso, sem que fique evidente tratar-se apenas de revanchismo. Não é.
Na minha opinião, em princípio, o Secretário quis e lutou pelo cargo, inclusive sendo autor de panfletos pornográficos contra o opositor de Almir José, naquela eleição, por conta de uma vingança contra Guilherme La Penha, que era o titular da pasta e com quem mantinha animosidade, não se podendo dizer quem era inocente, é bom que se diga. Mas, uma vez lá, percebeu a possibilidade de realizar sonhos de arquiteto de segunda ou terceira categoria. Para isso, usou sua lábia, com muitas citações de livros e argumentos que convencem a políticos absolutamente cretinos em relação à Cultura. Assim, misturou Cultura com Turismo e principalmente, obras, construções, a serem usadas na propaganda. Ele quis e ventilou ser o novo Landi do Pará. Ao invés do Pará, queria transformar Belém, como uma criança, brincando de lego. Primeiro fez obra no Teatro Waldemar Henrique. Por fora, uma beleza. No entanto, pergunte a algum artista sobre o ar refrigerado, as goteiras, os equipamentos. A propaganda foi maciça e veio logo um livro, documentando as etapas da “obra histórica”. Mentira. Depois, veio o Parque Residência. Claro, ele não poderia ocupar o Centur, que antes foi casa de La Penha e foi projetada por Euler Arruda, outro desafeto. Vendeu para o chefete a necessidade de um parque para ser visitado por turistas, para lazer do povo e com um teatro. Parecia ideal. O teatro, de vidro, parece lindo. Não é. Há apenas 80 cadeiras. De resto, degraus mal projetados que não permitem a ninguém assistir sentado qualquer apresentação. Não há nenhuma acústica, pelo contrário, o vidro faz o som e a luz rebaterem. Pior, pelos lados, espaço para dois bares, que perturbam com o som, o que quer que esteja sendo mostrado no palco. Fora uma sorveteria, não há nada mais a oferecer como alimentação aos visitantes. Sequer banheiros, a não ser no restaurante para classe média alta, e nos momentos em que estiver funcionando. De resto, aboletou-se no prédio onde funcionava a residência governamental. Ali, agora, é sua casa. Que obra é essa? Se é feita apenas para olhar, não para usar, é um bibelô, não?
A essa altura, o Secretario brinca, como uma criança, de Lego. Quer deixar obras para a posteridade, ser admirado, falado e já percebeu que o chefe está com ele, acreditando em seus argumentos. Claro que outro livro, detalhando a obra do Parque Residência, é lançado. Então vem a Estação das Docas. “Não vem me dizer que você acha aquilo, tão lindo, ruim, né? Aí já é perseguição”. Pois é. Para que serve? Que tipo de equipamento é? Cultural, Gastronômico ou Turístico? Nenhum, eu digo. Veja a definição de Arquitetura e saiba que está na adequação das obras ao conforto e melhor uso pelos humanos. Se conseguir isso e ainda fazer bonito, parabéns. Não vou descer a aspectos de super faturamento porque não tenho provas. À pé, ou se entra pelo Pedro Teixeira, e anda mais de 200 metros até o setor gastronômico, ou entra próximo ao Ver o Peso e anda outro tanto. Ou então vai de carro. Você gosta do Teatro Maria Nunes? Então, saiba que não foi feito para receber nenhuma apresentação teatral ou musical, por exemplo. Suas cadeiras não foram afixadas em angulo, num erro até ridículo. Não há bastidores. Foi necessário instalar como que dois containeres apertados e canhestros. Não há equipamento. O ator, se há necessidade do espetáculo, não pode passar do palco para entrar por trás do público, a não ser pela rua... O produtor, se está nos bastidores e precisa ir até a bilheteria, somente pela rua. Não tem acústica. Não é um teatro. Então, não é Cultural. Será gastronômico? Não. Há somente dois restaurantes regularmente cheios, o tempo todo. Muitos, sobretudo os que ficam no segundo andar, faliram. Quando forem por lá, peçam para dar uma volta na cozinha dos restaurantes. Parece brincadeira o tamanho com que foram projetadas. Não é gastronômico. Turístico? Mas como, se não há Turismo e sobretudo nesta área, somos sobejamente superados por Amazonas, Maranhão e Ceará? Pior, para manter a cara instalação, com seu ar refrigerado mal dimensionado, que recentemente deu problema, o Estado paga pelo menos 80% das despesas? A título de quê? De mais um bibelô. É só para olhar, não para usar. Os pingados turistas que aqui vêem, são levados ao restaurante, com aquela vista linda da Baía do Guajará e saem encantados. É tão bonita a Estação, como é um bibelô.. Pergunte aos artistas, aos empresários dos restaurantes..
“Ah, mas o Museu de Arte Sacra, faça-me o favor, tem iluminação vinda da França!” Eu sei, já estive lá. A obra não devia ser essa. O prédio, que era o Arcebispado, tinha história suficiente para receber outro tipo de projeto. Mas aí não seria idéia do novo Landi, certo? Então, mandou comprar a coleção do Dr. Abelardo Santos, especializado em Arte Sacra. Gastou sei lá quanto. Muito bem. Mas quem virá a Belém, no coração da selva amazônica, para ver Arte Sacra? Quem? Não preferirá conhecer Ouro Preto ou as 365 igrejas de Salvador? É pura implicância? Mas é outra peça do Lego do Secretário... Outro bibelô..
E lá vem o Teatro da Paz. Como não mexer em prédio tão convidativo? Perder a oportunidade de lançar mais uma obra registrando sua genialidade? E depois de tão bela obra, é necessário ter Ópera, claro! Então, partimos para montar óperas. Chamamos espertalhões de São Paulo, ganhando milhões de reais, totalizando cinco, sete milhões, por temporada, onde os locais são apenas estagiários. Comparece a classe média alta a este evento do high society, em que não é preciso entender, meramente comparecer. Nem ele mesmo entende. Apenas, acha que é necessário e chama seu tio ou primo, sei lá, que se diz obcecado em ópera para tocar o projeto. Institui também a orquestra, mas esquece dos salários dos músicos. Importante, no brinquedo de Lego é ter a orquestra. O resto é detalhe. O preço para ocupar o teatro foi cuidadosamente calculado de maneira a não dar possibilidade de qualquer artista da terra, a não ser com o patrocínio do Secretário. O TP é o supremo bibelô. Nada contra os devidos cuidados para com prédio tão importante, mas um palco é para ser usado. Sem isso, se torna um bibelô. Quanto à opção pela Ópera, é ridícula. Nada contra a ópera. Tudo contra a burrice, empáfia. Na lista das prioridades, por todos os motivos, a ópera está lá atrás. Mas aqui não se trata disso e sim da necessidade de ter ópera em um teatro construído para ópera. Lego, saca? A opção pela ópera não foi cultural e sim, apenas, para o brinquedo de lego.
Para que serve a Casa das Onze Janelas? Que ficou bonita aquela parte do Forte do Castelo, abrindo a vista para todos, sem dúvida. E a tal Casa? Tem restaurante e boate lá dentro. Somente um banheiro. Erro de projeto. Obras de arte? Tudo fechado. Sei lá. Não gosto. Bibelô.
E agora, o Centro de Convenções, com preços super faturados, como li em várias publicações, certamente para ajudar na campanha derrotada. Espero que a nova governadora redimensione todas essas loucuras. Nosso atraso cultural é brutal. Perdemos o bonde. Toda uma geração desistiu da Cultura. Hoje, para muita gente, Cultura é Ivete Sangalo. Beber, pular, beijar e desabar.
Enfim, ele não foi Secretário de Cultura, pois nunca entendeu sua função. Não foi Secretário de Turismo tampouco. O genial arquiteto tucano, com obras eivadas de erros. Ele não foi nada. Enganou um governador cretino, meramente para ter todo o dinheiro do mundo e executar seus planos malucos. Nunca foi nada a não ser um escroque, um espertalhão bom de papo, que enganou ignorantes em matéria de Cultura durante doze anos. Pior, valeu-se de brutal propaganda para fixar na cabeça dos menos atentos, ter sido de alguma valia. Não foi. Não passa de um construtor de bibelô. Sei que sou suspeito, mas espero ter ajudado a esclarecer.

Val-André Mutran  disse...

Aguardo triscarem no chefão.

Anônimo disse...

Grande, Edyr Augusto. É exatamente isso aí.

Anônimo das 2:38,
É verdade, havia um projeto para extinção do TCM.

O autor, então deputado e então petista Zé Carlos Lima, dizia que o TCM só servia pra empregar político fracassado.

Mas ele próprio deve ter mudado de idéia.

Depois de fracassar em várias eleições, Zé Carlos Lima acabou pendurado num cabide do TCM, como assessor de Ronaldo Passarinho.

Saiu de lá para se pendurar no Jatene.

Anônimo disse...

Zé Carlos mudou mesmo de idéia quanto ao TCM depois de estagiar num grande escritório de advocacia. Mas quem apresentou o projeto de extinção daquele sodalício foi o Dep. Sefer.

Anônimo disse...

Seguindo a avaliação do Valoroso Edyr Augusto, sobre as obras do pequei´s, temos, por tudo que vem acontecendo, que os tribunais de conta do estado e do município, assim como o ministério público do estado, não passam de BIBELÔS!