14.4.07

PF Vasculha Incra de Santarém

Acabou por volta da meia noite ontem, depois de quase 12 horas, a diligência que a PF realizou na Superintendência do INCRA em Santarém, chefiada pelo petista Pedro Aquino, cacique da facção dissidente do prefeito Beiçola e sua troupe mambembe.
Com mandado de busca e apreensão, os agentes federais reviraram documentos e computadores, na esteira de uma investigação que teria quebrado sigilos telefônicos.
Semana passada foram divulgadas gravações onde Pedro torce mais que vascaíno para que determinada empresa vencesse uma licitação no órgão.

Com informações do blog do Jeso Carneiro.

5 comentários:

Anônimo disse...

Juvêncio,gostaria de inserir um comentário no post "Capital do Amor":Os petistas realmente gostam de uma mordomia mesmo,senão vejamos:A Maria de santarém,com o Darcy de parauapebas,ficaram no melhor hotel cinco estrelas de brasília(blue tree),enquanto os demais prefeitos em hoteis de menor porte.Sem constrangimento nenhum.

Unknown disse...

É só voce fazer a mesa coisa que fez neste post, lá na caixinha de comentários do post Capital do Amor.
Simples assim.

Anônimo disse...

Mesmo sendo de dias atrás?atualiza assim mesmo?

Anônimo disse...

Será que tem o dedo da DS nessa história?

Após ficar com o BASA e perder a disputa pelo Incra nacional, a DS da Ana Júlia quer, sabidamente, a superintendência regional do órgão em Belém. Carlos Guedes de Guedes, principal interessado, está nos bastidores agindo para tal. Segundo comentam, ele quer indicar o coordenador estadual da Fetraf, Raimundo Nonato Coelho, ao cargo de superintendente.

A Fetagri-Contag e o MST do norte, que apoiaram a permanência de Rolf Hackbart na presidência do Incra, em oposição ao nome da Ana Júlia, não querem nem ouvir falar do tal Nonato, expulso do MST por falcatruas. Sobre o hoje conhecido Nonato da Fetraf, o Liberal publicou matéria, domingo passado, dando conta das maracutaias que o sujeito anda aprontando.

Controle da política agrária

Com a tomada da superintendência de Belém, Guedes passaria a controlar a política agrária em nível regional, e estabeleceria uma base sólida no meio rural para uma futura candidatura. Mas para para controlar toda a política em nível estadual, ele precisaria das três superintendências existentes no Pará e de todos os órgãos afins, incluindo os estaduais.

Vejamos o quadro atual: Cooptou a Fetraf à época em que era delegado federal do MDA no Pará. Continua no controle da delegacia, inclusive tendo colocado Soraia Viana, esposa do coordenador da Fetraf no posto de delegada adjunta, função antes ocupada pela atual chefa de gabinete da Ana Júlia, Helena Naohum (o delegado titular atual é José Abucater, ex-ouvidor agrário do Incra). Compartilha a Sagri, tendo colocado gente ligada à Fetraf em cargos de assessores DAS da secretaria. O Iterpa é da DS, Emater idem. O Basa e Banco do Brasil, agentes finaceiros dos programas do MDA, estão sob controle. Faltam as superintendências regionais do Incra - Belém, Marabá e Santarém - para fechar o círculo.

Entendendo a trama

A política agrária federal inclui programas de créditos para a produção familiar (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar); moradia (para assentados, através do Incra e para agricultores em geral, através de convênio com a Caixa), educação (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - da alfabetização até o nível superior); infra-estrutura (energia, saneamento e estradas); além de outras ações e serviços que estabelecem ponte com os movimentos sociais, como a cesta básica. Tudo isso representa investimentos consideráveis. Só de Pronaf, no ano passado, foram mais de 100 milhões de reais, no Pará.

Acontece que alguns desses programas são compartilhados entre as delegacias regionais do MDA e as superintendências do Incra, e podem ser realizados através de convênios com outros órgãos(estaduais e federais. Ao Incra cabe a competência exclusiva pela coordenação e execução da reforma agrária e regularização de terras.

Ja o Pronera, por exemplo, bastante solicitado pelos movimentos sociais, é coordenado pelo MDA, mas executado pelo Incra. Os créditos, que interessam a todo mundo, é mais complicado. Tem os da reforma agrária, os do MDA. Em comum, o fato de ter como agentes financeiros (convênios)o Basa e o Banco do Brasil.

A cesta básica, outro serviço de grande apelo eleitoral, é distribuída pelas ouvidorias agrárias, que estão diretamente subordinadas ao Incra. Antes eram vinculadas ao MDA.

Resumindo a trama

Como já foi dito, para se controlar toda a política agrária federal no Pará se necessita das três superintendências do Incra, e Guedes precuisaria tirar algumas pedras de seu caminho. O superintendente de Santarém, Pedro Aquino, que está sendo vasculhado pela PF, é do grupo do Paulo Rocha; o de Marabá, da turma da deputada estadual Bernadete Tem Caten; e o de Belém é indicação da Fetagri e CIA.

E como todo blogueiro já sabe, os grupos do PT travam uma briga de foices e martelos no escuro.

O detalhe importante da novela é que Pedro vinha sofrendo assédios da DS, mas recusou a cooptação. Resta saber se, pra tirar a turma do Paulo Rocha da jogada, a DS chegou ao ponto de preparar uma SEXTA-FEIRA 13 para o superintendente do Incra.

É o perigoso jogo da DS.

Anônimo disse...

Vale uma ressalva: desde as últimas eleições, Pedro Aquino se afastou do grupo de Maria e Beiçoal, após apoiar para deputada estadual uma vereadora de Alenquer. No próprio blog do jeso por várias vezes esse estremecimento tem sido noticiado, inclusive com uma foto recente constrangedora, em que Do Carmo e Aquino dividiram a mesma mesa, com cara de poucos amigos.
Há fortes comentários em Santarém de que Aquino estaria mais próximo, hoje, da DS, inclusive tendo participado de encontros secretos com a presença de lideranças da DS de Belém (como Carlos Guedes e Charles Alcântara) há dois meses em Santarém.
Frize-se ainda que essa aproximação se consolidou com a entrada no Incra do advogado Dilton Tapajós, que de procurador municipal, assumiu a procuradoria do Incra, e é considerado hoje o principal articulador da Democracia Socialista na região oeste do Pará.