12.4.07

Hupomnemata

Nada mais revelador do estado das artes da publicidade e do jornalismo paraense do que a tentativa de descredenciar o jornalista e professor Fábio Castro - que irá substituir sua colega Fátima Gonçalves no comando da comunicação do governo do Pará - pela sua condição de Doutor em Comunicação pela Universidade de Paris, ou pela sua inexperiência na relação com o mercado publicitário.
Sua condição de intelectual e professor faz diminuir, por exemplo, a quantidade de beócios que chega à este "mercado", mais afeito à balangandãs, lantejoulas e mau caratismo, do que ao conteúdo, que sobra em Fábio.
Só isto já deveria garantir-lhe um crédito de confiança, não fossem tão nefastos os interesses que o espreitam, ou tão doentios os tempos em que vivemos.
Não existe nada - rigorosamente nada! - de misterioso ou complexo na gestão da comunicação institucional do governo além de garantir-lhe objetivos públicos.
Aposta no contrário quem não consegue gerenciar a coisa pública de maneira clara e transparente. Por trás de tudo, a excitação do "mercado" pelo volume da conta, suficiente para expor suas vísceras lotadas.
Não há nenhum pulo do gato que não possa ser identificado e enfrentado por Fábio e sua equipe.
Soam patéticas, igualmente, as versões que o posicionam como ponta de lança de qualquer agência participante da concorrência do governo.
Tal estratégia, aliás, carrega a indelével digital de elementos do mercado, publicitário e político, cujas mandrakarias Fábio, com efeito, não tem experiência.
Só quem não conhece sua trajetória - construída desde os 15 anos de idade, sempre marcada pela produção reconhecida e premiada, e pela discrição e afeto no relacionamento com as pessoas, além da seriedade com que enfrenta os desafios - poderia engendrar tais proposições.
Este poster duvida muito que Fábio ponha em risco sua história pessoal e profissional por causa de cargos, facções partidárias ou injunções do "mercado" - publicitário, jornalístico e político.



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Quem escreve estas linhas foi um dos primeiros chefes que Fábio encontrou no serviço público, no final dos anos 80. Depois, lá pelos idos de 92, foi seu aluno em ciclos de palestras na UFPA, quando Fábio retornou do mestrado na UNb.
Raramente o vê, e nunca com ele fala por telefone. E tão à vontade se sente para elogiá-lo, quanto se sentirá para criticá-lo, mais na frente, se preciso for.
O título do post é o nome do blog do Fábio, linkado ao lado.
Vá lá e conheça-o.

27 comentários:

Anônimo disse...

O Juvencio,
Precisas estas tuas palavras sobre o Fábio. Lendo alguns dos comentários no teu blog senti o cheiro de gente do "ramo" tentando desqualificá-lo e colocá-lo na defensiva. Acho que este teu post coloca os pingos nos iis.
abracos
ricardo

Anônimo disse...

Fábio Castro, incrível. Esse caminho estava traçado – do crescimento e valorização de sua capacidade. E outros virão, mais importantes.

Lúcio Flávio Pinto, Juvêncio Arruda, Francisco Rocha Júnior ... Fábio Castro... caramba, como é bom viver em Belém.

Bjs,
Cris Moreno

Unknown disse...

Fala Alemão.
Porra, essa indústria de linchamento misturada com macartismo já encheu o saco!
Abs aê, Ricardo.

Unknown disse...

Cris, obrigado...mas acho um horrível viver num lugar que...bem deixa prá lá...rs.
Bjs

Anônimo disse...

Senhor Juvêncio de Arruda,
Não é porque a inexperiência do professor Fábio Castro tenha sido trazida à baila que esse argumento tenha que ser atribuído seu uso a pessoas interessadas em desqualificá-lo.
Não se discute, pelo menos no momento em que o nome de Fábio foi anunciado como novo coordenador de comunicação de Ana Júlia, sua competetência intelectual ou sua honestidade.
As críticas, embora algumas tenham resvalado para 'picuinhas', são procedentes, dependendo do prisma em que são observadas.
Não deve o administrador deste blogue dar um 'cheque em branco' ao professor Fábio. Nem ele, creio eu, precisa disso.
O cerne da questão é que, por ser tão complexa a função de coordenador de comuncicação de um governo multifacetado e retalhado quanto o de Ana Júlia, esperava-se que o substituto de Fátima Gonçalves fosse uma pessoa que ostentasse um curriculum profissional já testado em funções dessa natureza ou na iniciativa privada.
Quanto ao marcarthismo visto pelo administrador do blogue, o mesmo é deplorável em todos os aspectos.
Só não pode sua repulsa a essa prática odiosa abrir espaço para que comentaristas sejam desqualificados.
Penso que o nome do blogue - 5ª Emenda - não deve ser apenas de fantasia. Deve ser a mais singela e cara demonstração de respeito pela liberdade de opinião e pensamento.

Abraço fraterno,

Abrahan Lincoln

Anônimo disse...

Então tá, né!

Anônimo disse...

ta "baum" então Lincoln...

O pior mal é aquele ao qual nos acostumamos. Jean-Paul Sartre

Anônimo disse...

Juvêncio, não conheço o professor Fábio, por isso não posso julgá-lo sob qualquer aspecto. Mas, fazendo minhas as palavras do Abrahan Lincoln ( ), acrescento que não se trata de discutir as qualidades e os defeitos de quem entra. Tal como foi transcrita a fala do ex-chefe do professor, dá a impressão de que a suposta competência acadêmica do Fábio justifica a defenestração da Fátima do cargo de Coordenadora. Eu diria que ele faz uma comparação (subliminar) sem referência ao outro termo, que implica na mensagem: Fábio é competente, portanto merece, não importa a substituída. Logo, sua fala não é neutra, embora tente parecer como tal. Aliás, a neutralidade, e o seu termo equivalente no jornalismo, a objetividade, são coisas perseguidas, mas nunca alcançadas.
E a questão principal, NO MOMENTO, meu caro Juvêncio, pelo menos do meu ponto de vista, é quem sai e, particularmente, a FORMA como saiu.
Quanto tempo você acha que a Fátima vai ser "tolerada" na gerência de jornalismo da CCS pelo grupo que quindou o professor à Coordenadoria? Como fica a situação da Carmem Silva? A presidente do Sinjor, recentemente nomeada para a gerência de propaganda da CCS, um dos setores mais cobiçados, por lidar diretamente com a publicidade do governo do estado, tema dos mais polêmicos no momento, que teria sido o pivô, segundo alguns comentários, do rebaixamento da Fátima.
Conhece o professor os reais motivos que o levaram á CCS? Sabe ele que foi aventada uma demissão coletiva dos assessores, em solidariedade à Fátima? (o que representaria a 1ª GRANDE crise do governo). E você acha, Juvêncio, que eles fariam isso pelos belos olhos da ex-chefe? (ainda que eles valham a pena).
O fato é que há muitas questões a serem respondidas, zonas escuras a serem clareadas. Somente o tempo nos dirá se o professor tem a tão desejada competência para trilhar os tortuosos caminhos da comunicação estadual, cheio de arapucas e maracatuaias; e isso todos nós sabemos, os anos passados nos comprovam.
Temo que a competência acadêmica não seja condição suficiente, nem necessária, no atual momento, para enfrentar a realpolitik, as “razões de estado”. A academia está a anos-luz da política, guardando a mesma distância com os movimentos sociais.
Talvez com a saída da professora, da jornalista militante Fátima, o governo da DS tenha perdido a ocasião para pôr em prática uma comunicação popular (e não populista) – democrática, organizativa, entre outros objetivos. E não posso deixar de concluir que sua saída também esteja relacionada a isso.
Desculpe-me se fui tão longo.

Thomas Jefferson

Anônimo disse...

Juvêncio.

Este site está sério demais, intelectualóide, para dizer o mínimo.
É só Thomas Jefferson, Jean-Paul-Sartre, Abrahan Lincoln...
Caboclo nascido no interior do Pará, a respeito dessa insípida e hermética discusão se o douto professor Fábio tem competência ou não para substituir a risonha e sempre-bem-com-a-vida Fátima Gonçalves, me atrevo a meter minha colher-de-pau nesse angu existencial-ideológico, relembrando uma anedota contada à beira dos milhares de trapiches espalhados pela hiléia amazõnica.
Subiu uma montaria pelo rio, caboclo na popa, remo à mão, e na proa, um doutor. Para passar o tempo, o doutor começou a tirar uma prosa com o remador.
Conversa vai, conversa vem, resolveu o doutor tomar uma lição de conhecimentos gerais com o piloto da canoa. E, em tom jocoso, fez-lhe algumas perguntas que julgava ser de conhecimento do pobre homem.
- Cabôco, quem descobriu o Brasil?
- Sei não doutor!, repondeu-lhe o caboclo.
- Cabôco, tu sabes fazer hipoclorito de sódio?
-Não doutor, sei nao.
- Mas é fácil, caboclo, é só misturar uma pitada de sal em um litro d'água, retrucou o sabe tudo.
E a viagem prosseguia não sem antes o caboclo observar que se formava um mau tempo naquela região.
E assim foi a viagem, perguntas sem respostas e o caboclo sendo 'ensinado' pelo doutor.
No final de cada resposta negativa, o doutor desdenhava: - cabôco, tu já perdestes grande parte de tua vida, tu nada sabes!
Mas com o saco cheio, o caboclo resolveu se vingar quase no final da viagem.
-Doutor, o sinhor sabe anadar?
-Não, cabôco, por quê? indagou o sabe-tudo.
- O sinhô vai preder tuda a sua vida pruquê o tempurar vai nos pegar, a canua vai pro fundo e o sinhô vai murrer.......

Curupira

Unknown disse...

Fraterno Abraham.

A inexperiência de Fábio foi usada sim, aqui no meu blog, por tres comentaristas, para desqualificar o professor

Gostaria, muito, de saber de que prisma as críticas podem ser consideradas.

Não dei cheque em branco algum a Fábio,ele realmente não precisa.
Apenas comentei duas críticas que vêm sendo feitas.E, o final, consignei que teria a mesma disposição para elogiá-lo ou criticá-lo.

O cerne da questão não me parece ser a multifacetação o governo Ana Júlia, Abrahan, ou voce não reconheceria tal fato no governo anterior?
O cerne da questão, a meu juízo, é imprimir na comunicação oficial uma marca de governo, não de partidos ou facções.Esse é o desafio: separar o estado do partido.

Comentaristas serão desqualificados todas as vezes que assim se portarem. Vc não tem idéia dos termos dos comentários contra Fábio que recusei aqui no blog.

A respeito do nome do blog, convido-o a pesquisar o significado da 5a Emenda (à constituição americana) algo diferente do enunciado contido em seu comentário.

De resto, é um prazer receber críticas elegantes e qualificadas, naquele sentido.
Muito obrigado.

Abs prá vc.

Unknown disse...

Thomas, sua impressão de que o post - por oposição - desmerece a jornalista Fátima Gonçalves - não foi, nem é intenção do blog.
Muito pelo contrário.


Não, minha fala não é neutra, nem a sua, nem a de ninguém.

Quais seriam os reais motivos ue levaram o professor à CCS?

Demissão coletiva dos jornalistas da CCs em solidariedade à Fátima?
Não sabia. Essa parada eu queria ver, com os mesmos olhos que concordam com voce: valem a pena os olhos da Fátima, com todo o respeito, é claro.

Governo da DS, amigo?
Isto vale dentro do PT, e ainda assim, em minha humilde opinião,mais assola o partido que o oxigena, como no passado.
O governo é da coalizão, queiram ou não. E as correntes petistas estão lá, em maior ou menos grau, mas o suficiente para se responsabilizar e serem responsabilizadas por ele.


De fato a competência acadêmica - que Fátima tb tem - não garante a vitória no enfrentamento da real politik, mas é uma condição si ne qua.

A academia não está mais longe ou mais perto da sociedade civil e dos movimentos sociais que qualquer outra instituição na sociedade brasileira.

Quanto a oportunidade perdida - de realizar uma comunicação popular, democrática e organizativa - (atributos exclusivos de Fátima, ou de sua tendência?) só o tempo dirá.
E aí este poster dará a mão à palmatória, se vc estiver correto.
Com toda a humildade, sem nenhum problema.

Escreva o tamanho que quiser.O Quinta é nosso. Muito obrigado pelo comentário, Thomas.

Um abraço.

Unknown disse...

Curupira...ahahaahahah.
Mas esse dotô era um mané mesmo.
Merecia morrer afogado.

Yúdice Andrade disse...

Recentemente, tive a oportunidade de conhecer e conversar com o Prof. Fábio. Admirei-o de imediato. Seu discurso e acima de tudo sua postura me mostraram um homem sério, honesto e preparado. Acho que o governo fez uma grande aquisição.
Esse ódio aos acadêmicos, na minha opinião, revela uma boa dose de despeito. Afinal, todos querem ser admirados, mormente num país em que 99,9% dos que são chamados de doutores são qualquer coisa, menos doutores.
E afinal de contas, porque um homem ativo, doutor em comunicação e pesquisador seria despreparado para a nova função? Sera que só as catitas de agências têm os requisitos necessários? Enfim, que requisitos são necessários para o cargo?
A conferir os rumos que a coisa tomará. Quem sabe descobriremos as intenções dos críticos.

Anônimo disse...

O pior dos argumentos apresentados por estes que pretendem detonar o professor Fábio foi apresentado por um anônimo, em comentário ao post sobre a saída da Fátima Gonçalves; afirmou ele que Fábio Castro era um intelectual de "quinta categoria" e "ultrapassado", porque escrevia coisas que ele, o anônimo, não entendia. É um exemplo que ilustra bem o tipo de gente que faz essas críticas.
Cris, sinto-me lisonjeado, mas nem de muito longe mereço estar neste panteão. Mas concordo com você que, apesar de todos os pesares (e são tantos...), ainda tem coisas que valem fazer a pena morar em Belém.

Anônimo disse...

Meu apoio ao Fábio
Edyr

Anônimo disse...

Ju, fico feliz de saber que o professor Fábio está no cargo. Não conheço a jornalista Fátima, mas pelo que tenho lido, muitos têm colocado palavras na sua boca; seria interessante saber dela o que achou da mudança.

Acredito na gerência "clara e transparente" do professor, para quem ética não falta. Quem melhor analisou os 12 anos de absurdos que os tucanos promoveram na área cultural, com direito à contratação da São Paulo Imagem Data para a produção das óperas e do festival Bidu Sayão? Se o professor não tivesse, além do vasto conhecimento acadêmico, antenado com os fatos, não poderia analisar com maestria as loucuras cometidas pela Secult no governo passado, que deixaram marcas que não se apagarão - diga-se de passagem, análise correta e criativa. Por sinal, a nova gestão dá bons sinais neste setor, promovendo o diálogo e a real valorização do artista paraense. Ponto para Edilson Moura.

O professor Fábio não se contentou só com as salas de aula e, convidado a fazer parte do processo, aceitou corajosamente a missão. E bom senso é o que não falta para Fábio Castro.

Desejo boa sorte e sucesso ao professor na nova empreitada, com a certeza de que as críticas, sejam quais forem, serão bem recebidas por ele.

Um abraço,

Lu.

Anônimo disse...

Uma vez ouvi de uma professora da UFPA, uma craque
nas redações, uma frase que me fez pensar: o curso de
comunicação é o único onde os alunos entram para
aprender a odiar a profissão. A frase me foi sendo
confirmada ao longo do curso. Nas salas de aula, há um
grupo de mestres (nem todos com mestrado) e alunos que
gastam o tempo das aulas alimentando o mais completo
desprezo por aqueles que militam no dia a dia das
redações. Espero sinceramente que, a despeito de sua
inexperiência em redações e sua excelência acadêmica,
o professor Fábio Castro não faça parte desse clube.
Espero que ele saiba respeitar os jornalistas e
trabalhe para estabelecer uma relação de respeito e
transparência com os repórteres, fundamental, a
despeito dos conchavos e negócios que costumam ser
feitos entre os governantes e os donos dos veículos.
Com estudioso que é, recomendo ao professor buscar
artigos e análises sobre as relações do governo Lula
com a imprensa no primeiro mandato e acompanhar as
mudanças que vêm sendo feitas no início do segundo.
Com certeza, ele poderá tirar boas lições de lá.
Boa sorte

Anônimo disse...

Mas quem disse que a Fátima foi defenestrada do governo, ô, Thomas? Isso não existe. Ela continuará exercendo importante papel na CCS dentro de uma área que ela bem conhece, que é a de jornalismo.

E quem falou pra você em pedido de demissão coletiva dos assessores? Isso não existe e nunca existiu. Pura boataria.

Acho que essa troca de titular da CCS está sendo superdimensionada. E a rede de fofocalhada está "animadíssima" pra exercitar sua criatividade.... é impressionante...

abs, Juca. Arrasaste no texto!

Bye!
Eu

Unknown disse...

Puxa, Thomas, mas deu vontade de publicar seu excelente comentário, que jogaria a bola mais pro alto...eheh.
De acordo; as linguagens, qualquer uma, contém limitações que deixam dúvidas, como a que lhe ocorreu.
Estava me referindo à dela, não à sua.
Concordo que existem instituições mais "próximas" no contexto em que voce menciona. Infelizmente as duas estão sim, entranhadas.
Tenho declaradas limitações digitais, e completa ausência de estrutura e apoio para melhorar a parte tecnológica do blog.
Prometo me esforçar para superá-las.
Faça-nos o favor de aparecer outras vezes por aqui, Thomas.
Abs

Unknown disse...

Anonimos a assumidos, obrigado pelos comentários por aqui.
Lu, beijão prá vc.
Não demore!

Anônimo disse...

Li milhares de letrinhas discutindo a capacidade ou não do Fábio Castro de gerenciar a comunicação do Governo Ana Júlia, da capacidade ou não da Fátima Gonçalves à frente dessa mesma comunicação, todos comentaristas pós-doutores em qualificações e desqualificações. Letrinhas jogadas ao léu, porque o que é importante no caso é analisar os quês e os porquês da mudança. Se, como disse o chefe da Casa Civil, a mudança já era programada desde o início da implantação do novo governo, por que anunciaram a Fátima como chefe da CCS? No mínimo uma indelicadeza com uma profissional respeitada que foi defenestrada e colocada em condição subalterna.
Não importa as qualidades ou defeitos da Fatinha e do Fábio Castro, importa a maneira como a substituição foi feita e sim, anônimo da 1:28, é preciso explorar essa questão. Não há superdimensionamento da "crise", porque tem boi na linha, sim senhor e pior faz o nóvel governo em tentar jogar a sujeira pra baixo do tapete. E sim, os profissionais que estão na CCS ficam inseguros com essa troca em tão pouco tempo. Se os capas pretas implicarem com o Fábio ele dança em mais dois meses? Há algo de podre no Palácio dos Despachos! ( também, com esse nome!!!)

Anônimo disse...

O Fabio eh uma das pessoas que mais cresceu no governo. Foi convidado para dirigir a Camara de Politicas Culturais. Depois, essa Camara se tornou de Cultura e Comunicacao. Depois entrou o esporte e lazer. Depois entrou a Educacao. Depois ele passou a ser secretario especial, acumulando a coordenacao da Camara. E agora passou a coordenadr a CCS, com status de secretario. O que isso demonstra? Acho que competencia...

Anônimo disse...

Juvêncio, mesmo que o Curupira volte a nos presentear com mais uma piada antológica, estou te reenviando o texto que aqui vai. É apenas para esclarecer alguns pontos do meu comentário anterior. E aproveito a ocasião para responder ao Eu das 1:28 PM que em nenhum momento eu afirmei que a Fátima foi defenestrada do governo, sim do cargo de cooordenadora, indo para a gerência de jornalismo; quanto à proposta (aventada) de demissão coletiva, reafirmo que foi colocada sim, o que está muito longe de disser que era factível.
Voltando a nós, meu caro Juvêncio, eu dizia que, consensuado a inexistência de neutralidade, resta a imprecisão da linguagem escrita que, por si só, não permite a comunicação de tudo que gostaríamos de expressar. Principalmente quando escrevemos às pressas, sem tempo para maiores reflexões. Isso é para disser que não me referia á TUA FALA, sim ao texto que você reproduziu. Quando você diz, outro exemplo, “(atributos exclusivos de Fátima, ou de sua tendência?)”, fico na dúvida se é uma referência a ela ou a mim. Assim adianto que não faço parte de nenhum partido, ou grupo político-partidário-ideológico. Nenhum deles, na história atual, corresponde aos meus anseios.
Não sou neutro, é claro, no mínimo um republicano movido pela dúvida – o que explica o meu “talvez”, iniciando o parágrafo sobre a oportunidade que se tem de construir um projeto de comunicação popular, que estaria embutido na marca desse governo. E essa é a questão primordial para mim – o projeto estratégico da comunicação, que deve estar inserido em um projeto maior de construção de uma sociedade outra que essa em que vivemos. Em qualquer hipótese, pelo menos uma REPÚBLICA, em que os direitos básicos (saúde, educação, moradia, segurança, meio ambiente, etc) dos cidadãos sejam respeitados. Eu já morreria contente com isso.
De forma clara, digo que não desmereço o professor Fábio, tampouco o elogio. Não tenho elementos para análise. E insisto que a formação acadêmica, de quem quer que seja, não é condição suficiente, nem necessária (sine qua non) para a empreitada que o espera, infelizmente.
Indo mais longe, penso que a qualificação e experiência profissionais de jornalista também não é condição sine qua non para o bom desempenho no cargo. Há profissionais e profissionais, e a burocracia (a casta, a organização, o corporativismo, etc) presente no Estado ainda é um dos grandes empecilhos á construção de uma república. Um bom administrador, brilhante para alguns, significa atender a interesses nem sempre legítimos, embora legais. E aqui fica um alerta ao professor Fábio: cuidado, muito cuidado ao assinar documentos, autorizando ações e serviços.
Também não posso deixar de concordar com você que a multifacetação do governo atual é característica de outros. Aliás, não existe governo, nem Estado monolítico. Ainda bem. Eles são tal como a sociedade que os produzem. O pensamento único é prejudicial à saúde. Vai, também, nesse sentido a expressão “governo da DS” – o perigoso jogo da DS – grupo minoritário dentro do PT, deslumbrado pelo poder.
Quanto ao ônus e bônus. O primeiro fica conosco e o segundo com eles.
Há sim instituições próximas á sociedade civil organizada – o tráfico e a corrupção são algumas delas. Você quer algo mais organizado que isso? (rss rss).
Falando sério, as igrejas, são um exemplo. (nem sempre abonador).
Sobre os reais motivos, acredito que você tenha acesso a fontes que possam esclarecer todo o episódio. Faça-as falarem.
Ah, o nosso colega Abraham confundiu a 5ª com a famosa 1ª emenda da constituição dos USA, que garante a liberdade de expressão e de organização.

Sem antes terminar, pergunto a você se seria possível postar documentos, fotos, fotocópias em seu blogger, tal como fez o MPF, desfazendo as mentiras do falsário Dudu.

Continue... é bom participar de bloggs como o seu

Thomas Jefferson

Unknown disse...

Ahahaha...bacana! Vc tinha o comentário no arquivo, coisa que eu nunca faço.
Obrigado, Thomas.

Anônimo disse...

Curupira volta assombrar os 'doutores'

Calma Jeferson, você só está acostumado à linguagem culta, ao que parece.
O 'causo' do sarro do doutor para cima do caboclo e vice-versa não é uma piada, como você pensa.
É uma bem hunorada análise que foca na direção do conhecimento técnico-científico em contraponto a sabedoria popular.
Apesar do inegável avanço científico nos proporcionado pela academia da qual fazem parte, pelo visto, você e o professor Fábio Castro, às vezes é melhor prestar bem atenção no que nos ensinam os nossos caboclos, os verdadeiros doutores da floresta.
Foi o que eu quis trasmitir aos letrados leitores deste site.
O 'causo' anterior foi uma forma de descontrair essa sisudez revelada pelos doutos comentaristas do 5ª Emenda.

Até breve

Anônimo disse...

Eu sei Curupira. Saquei tua intenção humorada, e ri bastante com o "causo", que já conhecia com um fim um pouquinho diferente, mas mantendo a moral da história; por isso enfiei os termos presentear e antológica no meu comentário.
O pior da história, Curupira, é qdo alguns dôtores (te garanto q estou longe de sê-lo)aproveitam a sabedoria e o conhecimento popular: resulta em biopirataria.
Um grande abraço protetor dos animais

Thomas Jefferson

PS: agradeço o teu comentário, que me fez descobrir um ótimo e-book de um dotô paraense,FRANZ KREÜTHER PEREIRA, sobre o tema: http://vbookstore.uol.com.br/nacional/misc/painel_de_lendas.PDF

ÚLTIMA FLOR DO LÁCIO, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olavo Bilac

Anônimo disse...

"O Fabio eh uma das pessoas que mais cresceu no governo. Foi convidado para dirigir a Camara de Politicas Culturais. Depois, essa Camara se tornou de Cultura e Comunicacao. Depois entrou o esporte e lazer. Depois entrou a Educacao. Depois ele passou a ser secretario especial, acumulando a coordenacao da Camara. E agora passou a coordenadr a CCS, com status de secretario. O que isso demonstra? Acho que competencia..."

É profundamente triste e desalentador ler linhas como as que reproduzi acima.
Desculpe, amigo, mas em três meses tamanha desenvoltura não demonstra "competência", mas total desacerto estratégico do governo em sua montagem e em sua arquitetura e uma prática de alpinismo social digna de medalha olímpica. Demonstra, ainda, a falta absoluta de diretriz e de planejamento do governo de Ana Júlia Carepa(50% DS, 30% PMDB e aliados e 20%PT). Um governo sério não muda a configuração de uma câmara setorial a cada 25 dias, incorporando área de conhecimento e competência sem qualquer critério. Isso significa que tal estrutura foi montada às pressas, sem contexto de configuração mínima, sem fronteira de competência, sem parâmetro metodológico algum. É uma "coisa", que não exibe, por si, sua necessidade e sua área de atuação. Não é executiva e, portanto, não cabe em um organograma de governo. Olhando de fora, este governo parece um grande Lego, que monta-se a si mesmo enquanto tenta se movimentar. Não tem como dar certo. A vitória do acaso petista contra o descaso tucano resultou num governo despreparado para governar, mas apto ao extremo ao canibalismo interno, à delação premiada, ao dedurismo das patrulhas ideológicas. Às vezes, as peças caem do Lego gigante. Foi o caso da Fátima, vermelha; apenas um erro de encaixe. Em seu lugar, uma outra peça, amarela. Que pode cair da mesma forma. Porque o formato desse corpo que é o governo e da mentalidade que é sua estratégia de ação (seu plano de metas para quatro anos) ainda não estão definidos. E lá se vão 100 longos dias. A fraqueza de seus quadros, a inexperiência de sua direção, a falta de humildade de seu núcleo duro, sinalizam um vazio de direção insofismável. Não fosse isso, haveria governo e aqui estaríamos discutindo ações reais, competências executadas, planos implementados. Mas não há para discutir senão peças que caem e as que a substituem. É patético. 100 dias de nada. Vazio. Não é a CCS que vai resolver esse desencontro entre o governo e o povo, Juca. Não há solução sem planejamento. Mas como planejar a caminhada, se ninguém sabe para onde ir? O primeiro passo, que precede a caminhada de mil quilômetros, não passa, até o momento, de uma sucessão de tropeços (vide O Estadão do último domingo, que faz um relato minucioso das pataquadas do governo do Pará). Esse é o dilema desse governo de cegos, tateando às escuras em busca de um apoio qualquer que o leve daqui para mais adiante, os dedos em carne viva de tanto roçar nos muros enquanto os pés tropeçam nos dejetos de antes e de agora. Lamentável, mas é assim. Trôpego. Com Fábio ou com Fátima, o que ainda falta nesse governo é governo e não comunicação. Marketing, caríssimo Juca, não será a cura universal para a incompetência.


Guilherme Fontoura,

administrador de empresas e eleitor (arrependido) de Ana Júlia.