21.1.08

O Mistério do Jogador

Sob o sugestivo título de Cimento Fresco, o post abaixo é importado do blog Página Crítica.

Da onde vieram os R$ 35 mil, em espécie, encontrados em poder do major PM Bastos, detido por uma Força Tarefa do Ministério Público Estadual, na semana passada, durante uma batida em um cassino clandestino no centro de Belém?
Mistério ainda maior quando se sabe que o salário de um major da PM, em média, não ultrapassa R$ 3,5 mil ao mês. Ou seja, o oficial foi flagrado com o equivalente a 10 meses de salário, numa única sessão de jogatina, o que sinaliza provavelmente a existência de um fluxo de dinheiro vivo em proporção muito superior.
Como a imprensa local tem guardado um silêncio obsequioso sobre o caso, não custa lembrar que o major Bastos não faz segredo de suas múltiplas amizades nos altos círculos do poder paraora.
A propósito, ele está lotado na Assembléia Legislativa, no gabinete do presidente da Casa, deputado Domingos Juvenil (PMDB).

11 comentários:

Anônimo disse...

Juvêncio,

Por favor, encaminhe ao poster que fala sobre o major PM Bastos, reportagem feita pelo Amazônia, com foto, inclusive do próprio policial:

O Ministério Público Estadual (MP) fechou ontem, 15 de janeiro,uma casa de jogos localizada na rua 15 de Novembro, bairro do Comércio, em Belém. No local, chamado "Hold'em Para Club", foram apreendidos mais de R$ 39 mil reais em espécie, além de folhas de cheques. As doze pessoas que estavam jogando e o proprietário do estabelecimento foram conduzidos à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e contra elas foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por estarem praticando contravenção de jogos de azar.
O promotor Gilberto Valente, do Grupo de Prevenção e Repressão a Organizações Criminosas (Gproc), do MPE, comandou a operação. De acordo com ele, a prática de carteado é considerada como crime. Os jogadores relataram que estavam participando de um pré-torneio de "poker", que será realizado ainda este mês pela Confederação Brasileira de Texas Hold'em, no Rio de Janeiro. Segundo eles, os dois melhores classificados nas federações participarão do evento na capital carioca com todas as despesas pagas. Entretanto, segundo o promotor Gilberto Valente, o fato de haver pagamento de prêmios (dinheiro) caracteriza a prática de jogos de azar. "Eles querem convencer que estão participando de uma brincadeira, mas com o montante de dinheiro encontrado fica provado que os jogos eram apostando, caracterizando assim a contravenção", disse.
O major Arlindo Bastos, da Polícia Militar (PM), também estava no local. Com ele, foi encontrada uma pasta que tinha pouco mais de R$ 34 mil. O major, assim como todos os outros jogadores, teriam que provar na DRCO a origem do dinheiro que tinham em mãos. Uma mulher que se apresentou como sogra do major disse que tinha entregado o dinheiro para que ele depositasse amanhã no banco. Ela foi orientada a comparecer na DRCO e comprovar a origem do valor, para que o receba de volta.
Também no local, foram encontrados e apreendidos diversos documentos que deverão mostrar a movimentação financeira da casa de jogos. A princípio, foi possível perceber que algumas das despesas eram com policiais militares, que certamente faziam a segurança do ambiente e recebiam pagamento para isto. Em outros documentos, havia a descrição de bonificações dadas a jogadores associados. Algumas estavam no valor de R$ 2,5 mil.
O promotor e a equipe do Gproc encontraram o local após terem recebido denúncias na noite de ontem. O grupo estava na avenida Senador Lemos, onde foram fechadas duas casas de máquinas caça-níqueis. Ao todo, foram apreendidas 36 máquinas. Durante a operação, eles receberam a informação de que na rua 15 de Novembro funcionava uma casa de jogos. Chegando ao local, o Gilberto Valente comprovou a denúncia. Segundo ele, todo o material seria apreendido (cartas, fichas, etc) e o estabelecimento fechado.

Dedé Mesquita

Unknown disse...

Obrigado pela postagem, Dedé.
Mas vc mesmo pode faze-la, no link indicado.
Parabéns pela publicação da matéria, e espero que o Amazonia acompanhe as investigações sobre as declarações da sogra espetacular que o major tem.
É como diz o ditado, azar no jogo, sorte no amor.

Anônimo disse...

Vai ver que o dinheiro da sogra espetacular era para pagar a taxa de condomínio do edifício em que ela mora. RS

Anônimo disse...

Major Arlindo Bastos, é bom repetir bastante pra não esquecermos: Major Arlindo Bastos, Major Arlindo Bastos...

Anônimo disse...

Uma sogra desta todo genro queria, agora sera que este genro é o sonho de toda sogra?

Anônimo disse...

Uma sogra dessas vem com um galho de arruda pendurado no pescoço, é por isso que a esposa e a sogra do PM vivem de carrão e mont blanc por ai, e pasmem pagam td à vista

Unknown disse...

Estão corretas as senhoras.
As taxas de juros do cartão de crédito ou do cheque especial estão nas alturas.

Anônimo disse...

Será que poderia ser postado o link da matéria no jornal Amazônia???
Obrigada

Unknown disse...

Se vc puder localizá-lo para mim, sim, sem problemas.

Anônimo disse...

matéria MP estadual
http://www.mp.pa.gov.br/midia170108_1.php

Unknown disse...

Ok, aí está publicado, conforme seu pedido.
Segue a íntegra da matária, que é do Diário do Pará.

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CONTRAVENÇÃO Major PM é flagrado com grande quantidade de dinheiro em cassino clandestino
Uma operação do Grupo Especial de Prevenção e Repressão a Organizações Criminosas (Geproc) do Ministério Público do Estado fechou três casas de jogos durante a madrugada da última terça-feira. Joarley Moreira, proprietário de um dos cassinos, é ex-sócio de Marcelo Gabriel (filho do ex-governador Almir Gabriel) e de João Batista Ferreira Bastos, o “Chico Ferreira”, um dos mandantes do assassinato dos irmãos Novelino. Os três eram donos da empresa de segurança Hunter, que faliu há cerca de cinco anos.
Uma denúncia anônima levou a equipe do Geproc até o cassino, localizado na avenida 15 de Novembro esquina com 7 de Setembro, próximo ao Ver-o-Peso. O local não possuía placa ou qualquer identificação na fachada, apenas dois seguranças à entrada. Ao contrário da maioria dos estabelecimentos do gênero fechados pelo MP, essa casa promovia jogos de pôquer e outros tipos de apostas.
A atividade acontecia em três grandes mesas dispostas num espaço de cerca de 150 metros quadrados. Segundo o promotor militar Gilberto Valente, 16 pessoas estavam jogando no momento do flagrante. Entre os jogadores estava o major PM Arlindo Bastos, que trabalha na assessoria da Assembléia Legislativa (AL). O militar tinha em seu poder a quantia de R$ 34.782,00 em uma pasta.
Ao ser abordado pelo promotor, Bastos disse que o dinheiro era “um trocado”. O dinheiro estava dividido em pacotes de R$ 5 mil em notas de R$ 50,00, e seria usado em apostas.
Joarley Moreira e Páris Fonseca se apresentaram como proprietários do cassino. Eles foram conduzidos à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) onde prestaram depoimento e assinaram um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO), por contravenção penal por meio da atividade de jogos de azar. Além do dinheiro encontrado com o major Bastos, foram apreendidos cerca de R$ 5 mil e várias embalagens de fichas.
Outras duas casas de jogos foram fechadas na madrugada da terça-feira. Ambas funcionavam na avenida Senador Lemos, próximo à feira do Telégrafo. Trinta e nove máquinas caça-níqueis foram apreendidas. Os proprietários dos cassinos também foram conduzidos à DRCO e autuados por contravenção penal. Junto com as máquinas foram apreendidos cerca de R$ 4 mil. Neste ano, o Geproc já fechou seis casas de jogos de azar. No ano passado, 40 deixaram de funcionar.