29.3.06

Castiçal

Gente experiente do mercado – negro, diga-se de passagem – de arte sacra diz que uma história sinuosa cerca o episódio da reforma da Sé.

2 comentários:

Anônimo disse...

Juca
O Paulo Chaves pode ter muitos defeitos. E têm.Mas é inegável o bom trabalho que ele vem fazendo nos últimos dez anos em Belém. Acho que ninguém faria melhor: na recuperação do patrimônio, no cuidado da história da cidade e na capacidade de fazer obras públicas bem feitas. E melhor,mantê-las, coisa rara no serviço público. É só dar uma passada na Estação, Museu de Arte Sacra,Forte do Presépio, São José Liberto,Parque da Residência,e, por último, o Mangal das Garças. Depois de tudo isso me parece confusão de padreco – ou politicagem mesmo, a partir da forma canalha como o grupo dos Barbalhos tratou o caso- quanto aos questionamentos levantados sobre o projeto, ainda no ano passado.
A Igreja, que não vai gastar um tostão com a execução da obra, perde a oportunidade de devolver a todos nos um patrimônio, que chegou aonde chegou por puro abandono.

Unknown disse...

Tens razão,Oito.
Independente de seus defeitos(quem não os tem?)alguns já comentados aqui no blog, seu trabalho na área do patrimonio histórico é de um mérito inegável.
Não só nessa área.O trabalho que tem sido feito na música erudita,por exemplo, também é louvável.O IAP tem um desempenho exemplar.Deslanchou e interiorizou-se.Talvez a área cultural seja a melhor vitrine deste , e dos últimos governos.
Também fiquei ao lado de Paulo na tentativa de desfiguração do patrimonio do porto,bem ao estilo de seu idealizador,o soturno Ademir Andrade.
Tão boas são suas obras que o marketing tucano cunhou a expressão "obras de R$ 1,99" às intervenções do ex alcaide.
Concordo plenamente com a alcunha.À exceção da Aldeia Cabana,são muito feias
Quanto à sua dúvida - "se é obra do padreco" ou "da forma canalha com que o assunto tem sido tratado pelso Barbalhos",não saberei responder.
A fonte da nota, como identifiquei a procedência - e sua cor - é do mercado de artes.
Poder até que pode,mas em que medida uma reforma de uma Igreja iria de encontro aos interesses desse mercado?
Independente de tudo isto,vale lembrar que a reforma da Sé foi anunciada na festa da posse,em 1 de Janeiro,"aos pés da Santa Cruz".
As negociações do caso deveriam passar para uma esfera mais política, de negociação mesmo, área onde o Paulo, reconhecidamente, não se move com a mesma leveza que nas pranchetas.
Obrigado pelo comentário, sempre lúcido.