Uma pesquisa inédita revela que o eleitor brasileiro é conivente com a corrupção política e que a falta de ética não é um problema apenas da classe dirigente: 75% dos brasileiros acreditam que cometeriam um dos atos de corrupção listados na pesquisa se estivessem no lugar dos políticos denunciados. “Ao imaginar que poderia cometer um desses atos, o eleitor provavelmente é tolerante com o político que o fizer”, explica a cientista social Sílvia Cervellini, diretora de Atendimento do Ibope Opinião, responsável pelo trabalho.
Assim começa a excelente reportagem de Luis Antonio Riff, no site nominimo, mostrando que os políticos não metem prego sem estopa, e que o discurso da honestidade não tem a prevalência que muita gente pensa nas campanhas políticas.
6 comentários:
O Eleitor é conivente, e porque não seria? Nas ruas o povo sabe, ganha quem é mais "esperto", o povo cresceu vendo os políticos roubarem e não pagarem pelos crimes. A impunidade é um problema, no poder a tentação é grande e o medo de ser punido é (quase) nenhum. Acredito que se o eleitor não tivesse tantos exemplos de corrupção sem punição ele não seria tão conivente.
Voce está certíssimo,Mauro.A pesquisa confirma isso quando, por exemplo, que a faixa etárea de eleitores "honestos" está nos mais velhos, que não cresceram vendo tantos maus exemplos.
E a impunidade é sim o maior problema, daí a "falta de medo".
Obrigado pelo retorno ao blog.
É famosa a frase para louvar a qualidade de um político: rouba, mas faz. Se nao me engano vem da época do Adhemar de Barros e depois foi consagrada pelo Maluf. Então, pq o espanto? Adhemar, Maluf, FHC ou Lula, todos sao iguais para o eleitorado.
seu pref.
O espanto, meu preferiso, é com o tamanho da frequencia,75%!
Tá bom prá voce?
3 em cada grupo de 4.
E a fila que voce encaminhou é essa mesmo.
blogueiro,
Eu discordo, só um pouquinho, da sua análise. Não são os políticos os responsáveis por toda a
falta de honestidade. Somos todos nós, que compramos em camelôs, que damos um dinheirinho para o guarda nos livrar de uma pequena multa, que não achamos nada demais indicar um parente ou amigo, que fazemos vista grossa ao comprarem ingressos por outros que chegaram atrasados,que paramos por um segundinho na garagem alheia, enfim nós que queremos e deixamos a lei de Gérson imperar nas pequenas coisas.
Os políticos são reflexos de nossa sociedade cada vez mais personalista e sem respeito ao outro. Os mais novos são consequência dessa busca desenfreada pelo sucesso, poder e dinheiro, seja qual for a ordem.
seu pref.
Tudo bem quanto a nossa responsabilidade, concordo,Mas nos não os elegemos para isso.
Essa responsa é deles mais do que nossa.
Esse é o sentido da representação parlamentar.
E nos os avaliamos de 4 em 4 anos.
Mas aí a discussão (boa) vai embora,Preferido.
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