31.10.08

Volto Já

Depois de dezessete dias direto, o blog vai parar até segunda.
Para um justo descanso, como diz o Barata.

30.10.08

Fazendo as Contas

O deputado estadual Luis Cunha, do PDT, sujeito muito educado, anda meio assim assim com os colegas Domingos Juvenil, Parsifal Pontes e Antonio Rocha, do PMDB, e Carlos Bordalo e Regina Barata, do PT.

Sob Nova Direção

Tem faculdade mudando de mãos nos próximos dias.
Passando para as mãos de Edson Franco, ex reitor da UNAMA.
O colunista Mauro Bonna, da folha sobrancelhuda, tem tudo pra dar o furo.

Tranquila

Jornalista, apresentadora de tv, bailarina ( pouca gente sabe!), capitã da PM do Pará, ex estagiária do poster no projeto Academia Amazonia, na UFPA, e, sobretudo, gente muito boa, a vereadora Vanessa Vasconcelos, líder do PMDB na Câmara de Nova Déli, escreve ao blog, dizendo que trabalhou pela eleição de José Priante nas eleições da capital.

Olá, querido Juca...primeiro quero lhe parabenizar pela condução isenta de seu blog. Talvez poucos saibam de meu enorme desejo em voltar à telinha. Tanto se faz provar que pedi para ser âncora da campanha do Priante.
Muito me entristece saber, de rumores e notícias alegando minha participação na candiatura de Duciomar. Sou líder da bancada do PMDB na CMB e seria uma contradição moral e ética participar de qualquer candidatura oposta.
Sim, fui reeleita graças à confiança e reconhecimento. A organização, planejamento estratégico e a doutrina militar presentes em meu trabalho, o bom relacionamento e respeito com meus cabos eleitorais, meus projetos sociais que atendem crianças, adolescentes, idosos e mulheres provedoras foram fundamentais para a vitória.
Com o resultado desta eleição, Deus me deu a certeza de que é possível trabalhar sério e honestamente. Sem conchavos, acordos e comprometimentos ilícitos, fiz uma campanha independente baseada na prestação de contas do meu mandato. Prestei satisfação aos 4.007 eleitores que arriscaram seu voto em mim em 2004.
No dia 5 de outubro estava tranquila, com a plena sensação do dever cumprido. E aproveito a oportunidade para agradecer mais uma oportunidade para continuar mostrando à população que o trabalho enobrece. E me sinto honrada em agora, poder representar 5.981 pessoas de nossa cidade.
Aos levianos de plantão, resta apenas muita oração para que aos invés de plantar notícias infundadas possam conduzir suas vidas da mesma forma como conduzo a minha: de cabeça erguida, com a mesma humildade e serenidade, sem esquecer a maior riqueza que carrego no bolso, o caráter e a reputação ilibada ensinadas por minha família.
Muito obrigada pelo espaço.

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Vanessa, bem vinda ao blog.
Vi muros pintados pedindo voto pra vc...na Vila dos Cabanos, em Barcarena!
Será um ensaio pra 2010?

Repouso do Guerreiro

Não se fala outra coisa entre moradores das cercanias do "Seu Oliveira", o tradicionalíssimo pastelzinho da praia do Ariramba, em Mosqueiro. Todos aguardam, ansiosos, a chegada do novo inquilino de um belo casarão, comprado à um doleiro a pouco mais de um mês.
Corretor ouvido pelo blog diz que a transação ficou em R$ 240 mil.
Os mosqueirenses esperam ver, ainda nesta ponta de verão de 2008, o vereador Zeca Pirão, descansando do corre corre das eleições.

Priante no Espaço

O candidato peemedebista derrotado no segundo turno da capital, José Priante, almoçou com o jornalista e blogueiro Paulo Bemerguy, do Espaço Aberto. O cardápio está aqui.

Promotora Suspensa

Depois de mais de um ano apreciando processo disciplinar contra um membro da instituição o MPE aplicou uma advertência na promotora Elaine Nuayed, que impressiona pela robustez de sua folha corrida nos arquivos do parquet.
Ela recorreu ao TJE contra a decisão do Procurador Geral. Mas o Pleno, seguindo voto da relatora, desembargadora Sonia Parente, foi unânime em negar o mandado de segurança impetrado pela promotora.
A defesa vai apelar ao STJ.

29.10.08

Transparência Pará

São tíbias as alegações contidas no veto da governadora Ana Julia ao dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias/2009 que garantia senha de acesso, a cada deputado estadual, para consultas nos quatro sistemas que registram a saída de recursos dos cofres públicos estaduais, o SIAFEM, o GP Pará, o SEO e o SIMAS.
A primeira alegação é a de que o TCE, órgão que auxilia a Assembléia Legislativa no Controle Externo das contas do governo do Pará, já possui acesso aos sistemas. A segunda razão seria de ordem operacional, pela complexidade de disponibilizar senhas a 41 deputados estaduais.
O deputado tucano Alexandre Von entende que as atividades do TCE não eliminam a prerrogativa do Poder Legislativo no controle, monitoramento e fiscalização na aplicação de recursos públicos.
Quanto às dificuldades operacionais, o deputado lembra que todos os 81 senadores e 513 deputados federais possuem senha de acesso ao SIAFI, sistema similar ao SIAFEM, em âmbito federal.
Por pouco não tem uma terceira razão no veto da governadora: a de que nos tempos tucanos não havia esse dispositivo.
O Legislativo tem que derrubar o veto.

Fonte: Assessoria Parlamentar do deputado Alexandre Von.

É a Política

Acabo de voltar de um agradável almoço, com direito a souflé de bacalhau, medaillons de filhote, e filet ao molho de gorgonzola. Muitos quilos acima do peso, comi pouco e ouvi muito. Estava com fome de informações sobre a pauta da semana em Nova Déli: as queixas pirantescas e barbalhudas quanto à participação do Palácio dos Despachos no almoço de domingo passado, quando Pirante foi servido a la Dudurudú Costa.
Meus comensais, como não poderia deixar de ser, eram petistas.
Antes, devo confessar: é cada vez mais difícil filtrar notícias do Partido dos Trabalhadores. De acordo com a tendência, ou a temperatura da fonte, as versões mudam da água pro vinho. Assim mesmo convidei os vermelhinhos para confirmar uma informação que dava conta de uma visita da DS nacional - leia-se Joaquim Soriano - em Nova Déli, pouco depois do primeiro turno, para avaliar o apoio do governo à Pirante no segundo turno.
Soriano, segundo essa versão, não teria gostado do que viu e reiterou: Lula quer Pirante. O núcleo duro garantiu que estava apoiando Pirante. Para não faltar um toque de malícia, o celular de um dos participantes da reunião estaria ligado e teria vazado a conversa à outros ouvintes, longe do encontro.
Por dois dias o blog tentou ouvir uma fonte do núcleo duro, mas não conseguiu. Fui então em busca dessa terceira fonte, que sobrevoa o partido e o governo. Levou a esposa, que não via há muitos anos, e que nem me pareceram tantos assim.
Uma longa conversa, durante o almoço, da qual extraio um pequeno resumo.

Não teria havido a cobrança soriana nem a reunião propalada pela primeira fonte, até porque tudo o que foi executado pelo PT paroara no segundo turno foi articulado nos salões do Planalto, com a presença de influentes nomes do partido, inclusive do Campo Majoritário.
A algaravia toda com a participação do Palácio dos Despachos no segundo turno seria para atrapalhar a necessária reunificação do PT, realidade não só do Pará, como se viu na pauta do encontro do partido ontem, em Brasília. Esta, sabem todos - barbalhudos, tucanos e quetais - é uma condição para uma virada na gestão do governo paroara.
E a governadora, no entendimento desta fonte, firmou a convicção de que o fortalecimento de um núcleo decisório, e sua estabilidade, são as chaves para o sucesso de seu governo, embora a gestão bem sucedida implique também em combater os beliscões em recursos públicos que aconteceram em alguns órgãos. E isso respinga na relação com os aliados mais safadinhos, por assim dizer.
Quanto ao abandono a que teria sido relegado Pirante pelo PT, a fonte é taxativa: todos, absolutamente todos os partidos tem dificuldades para acomodar os interesses de suas lideranças, e o PT nunca escondeu isso. E desta vez não foi diferente. Várias cores petistas, com efeito, teriam feito fila na casa do duciomarista Raul Meireles, um dos articuladores do reeleito.
O PSDB, disse ela, exibiu seu profundo racha entre o faminto Tapiocouto e o trincado Jatene na composição com Valéria (DEM), e dividiu-se na campanha.
O PP de Gérson ficou atravessado com um pirão de acari na garganta.
Por que seria diferente com o PMDB?, perguntava ele.
O deputado estadual Martinho Carmona, por exemplo, teria organizado um "Dia de Orações por Duciomar Costa" em seu sítio, na véspera do segundo turno. O Sobrancelhudinho passeava de moto no Cristalville no domingo, 26.
Ficaram alguns dias criando coragem para chamar a deputada federal Elcione Barbalho pra campanha. Elcione, prossegue a fonte 3, quando convidada para gravar uma mensagem de apoio à Pirante, perguntou a seu interlocutor: " Voce faz o que mesmo na campanha?". Ao ouvir o cargo do cidadão escalado para colocar o guizo no pescoço da gata - por favor, gata, aqui, é apenas para concordar o ditado com o gênero, é claro - a deputada respondeu: "Faça um bom trabalho, e tenha um bom dia".
Esta perlenga vai durar um bom tempo, conclui a fonte. O jogo apenas começou.
E vai ser animado. Muito animado.

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Acho que vou convidar Pirante para almoçar.

Cantou

Poderá ser o médico Edmundo Gallo, ex secretário de Saúde na gestão de Edmilson Rodrigues, o novo secretário-adjunto do estado.

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Atualizada às 12:06.

O Quinta cantou errado. Cacarejou certo o Flanar, aqui.

Depois das Urnas

O resultado das eleições em Nova Déli e em Manaus trarão de volta ao blog os mestrandos Rodolfo Marques e Breno Leite.
Amanhã e sexta.

Planejamento Participativo

Humberto Cunha Filho, ex diretor da Casa Civil do governo do Pará na gestão de Mr. Johnson, vai assumir a secretaria de Planejamento de Almeirim a partir de 1º de janeiro.

Mudança

No blog Flanar, by Itajaí Albuquerque.

Chamaram o Síndico

Recebo notícia de que haverá reforço ad hoc na área da saúde da governadora Ana Júlia. O escolhido está entre os melhores petistas locais em termos gestão. Que alcances êxito ao contribuir para a boa rota desse trem, amigo.

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Caiu o adjunto Walter Amoras.

Prossegue

O horário eleitoral não terminou.
O prefeito reeleito de Nova Déli assina uma pérola de cinismo na edição de hoje do jornal que fraudou o IVC.

Fogo Pelas Ventas

Afinal, Jader está ou não está aborrecido com a performance do Palácio dos Despachos no segundo turno das eleições na capital?
"Afirmativo, Juca", disse um fonte do partido que mais elegeu prefeitos no país e no Pará. "Ele está fervendo", arrematou.
Perguntei se cheirava a enxofre. Ele riu e disse: "Tu não tens jeito mesmo".
E agora?, insisti. A resposta veio rápida: "O castigo vem a cavalo. Pode aguardar o próximo lance".
A conferir.

Procrastinando

Um corte de cabelo, digamos, agressivo, marca o novo visual do Procurador Geral do Estado, Ibrahim Rocha - ele ficou a cara do atacante Viola, repara só - que ontem, nos telejornais, fazia reparos à decisão da presidente do TJE no caso da equiparação salarial entre delegados de puliça e procuradores.Mais uma greve se anuncia.

De Olhos Bem Abertos

Autorizada pela AL, a governadora Ana Julia embarca para a China na próxima semana. Precavida, convidou os deputados peemedebistas Domingos Juvenil e Martinho Carmona, o primeiro, candidato à reeleição, e o segundo, aspirante à sucessão.
Mas seria bom mesmo se ela levasse o deputado federal Jader Barbalho, e com ele tivesse uma longa conversa enquanto caminhava pelas muralhas chinesas.

Sinal Fechado

Começou ontem a temporada de anulação de vitórias eleitorais. No TSE, é claro.
Por aqui, nem sinal.

Fala Quem Entende

Sábado, véspera do segundo turno, 7 da noite.
Um procurador da República entra no prédio em que mora e recebe a folha nariguda de domingo. Enquanto espera o elevador, olha a manchete - o IBOPE com a vantagem de 14 pontos do prefeito - e diz: "Esse prefeito não tem jeito".
Tem razão o ínclito procurador.

28.10.08

Socorre os Bancos? Estamos Aí!

Na Agência Estado, o óbvio

O DEM, que faz oposição sistemática ao governo, não obstruirá a votação da medida provisória 442 - que amplia os poderes do Banco Central para socorrer bancos em dificuldades -, na sessão de hoje à tarde, na Câmara, informou o líder do partido, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).

Patinho Feio

No blog do Cjk.

Algumas alas do PMDB não ficaram muito tristes com a derrota do candidato do seu partido na capital

E no blog do Alaílson.

Nem Ana Júlia nem Jader Barbalho queria a vitória de Priante.

Última Ceia

Flagra do blog do Alaílson nas tratativas da eleição da Mesa na casa de Noca santarena.

Um homem foi visto perambulando pela Câmara Municipal de Santarém com trinta moedas de prata no bolso.Todos corriam para não ter o rosto beijado.

Com Quem Será?

No blog do Cjk.

Dona Flor

A noiva de 2010, o PMDB pode ter 'dois maridos': o governador de São Paulo, José Serra e o presidente Lula.
O PMDB terá a opção de manter a coligação com o PT ou nacionalizar a união com o PSDB. Provavelmente ocorrerão divisões ditadas pelos interesses regionais. Por exemplo, o PMDB de São Paulo deverá estar com o Serra. Mas não dá para dizer o mesmo para Roberto Requião no Paraná e Sérgio Cabral no Rio.
No Pará, vai depender...

Lápis da Memória

J. Bosco, um craque, em seu blog Lápis da Memória.

Perdeu Por Que?

O blog Espaço Aberto analisa a derrota de Pirante, enumerando oito razões para tal.

For Obama

Vale a pena dar um pulo aqui, no blog do Ronaldo Salame, pra ver os posters que designers americanos fizeram para a campanha de Barack Obama.

Boca de Abiu

O Seventy continua fustigando o MP junto ao TCM, em razão das denúncias de nepotismo cruzado contra o parquet. Que, para variar, cala-se.

Tião de Volta

O prefeito de Marabá, Tião Miranda (PTB), já saiu do fundo da rede. Na quinta e sexta passadas, pagou fornecedores e serviços prestados da municipalidade.
Deixa os cofres da prefeitura em bom estado, por assim dizer, diferente do reeleito na vizinha Parauapebas, que deve R$ 100 mi na praça.
Tião diz que ainda não sabe se sai candidato a estadual ou federal em 2010.

Rádio Rouca

A FUNTELPA quer que o veterano locutor, ator e professor Walter Bandeira, a voz número 1 do Pará, peça demissão.

Discurso e Prática

Não publicou as pesquisas contratadas na reta final da campanha; só abriu o arquivo Falsário quando a rosca apertou; requentou matérias investigativas.
Nestas eleições, o Diário do Pará não foi extamente o que apregoa seu publisher, Jader Filho, em conversas pela aí.

Quebrada

No blog do Cjk.

"Os assinantes de um grande jornal não receberam os seus exemplares no dia de hoje. Ao ligar para a sede da empresa jornalística receberam a informação de que hoje "não teria jornal, pois a máquina quebrou".

Cjk refere-se ao notório O Liberal, que se diz o melhor jornal do norte e nordeste.
A edição de ontem apareceu nas ruas no final da manhã.

27.10.08

Quem Dera

É delicioso o nariz de cera da matéria do Diário online, publicada às 17:31. Parabéns ao editor!

A Prefeitura de Belém montou hoje uma grande operação para recolher o lixo eleitoral que ficou espalhado pelas ruas da cidade, após o resultado do segundo turno.

Perdeu Ganhando

O aparente paradoxo embutido no título, muito usado na política, está no cerne da análise do cientista político Roberto Correa, da UFPA, concedida ao Globo online.

Ressaca

Veio algo ressabiada a folha sobrancelhuda após a derrota eleitoral de ontem na capital.
Diz que Pirante é a maior liderança de oposição na capital, mas não diz que se tornou oposição ao prefeito há menos de trinta dias.
Alfineta o ex governador Jatene e o reeleito Duciomar, dizendo que eles são mais que amigos. Ora, além de amigo, só parente, caso ou sócio. Sabe-se que Jatene não tem parentesco com Duciomar Costa e que ambos são espada. Devem ser , então, os negócios da política que uniriam a dupla.
Mais comedido em relação ao PT - Barbalhovsky já percebeu que há resistência, e tem que dar a volta - exibe a musculatura respeitável com a qual emergiu das urnas em 5 de outubro.

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Atualizada às 12:15

Já o Seventy dedica quase a totalidade (?!) da coluna nariguda aos derrotados.

Cumpra-se!

O grande vencedor destas eleições, em todo o Brasil, foi a compra de votos, sob as mais variadas formas. Tem nas mãos, a Justiça, uma excelente oportunidade de sentar a maçaranduba nos compradores comprovados, recusando-lhes a chance de assumir mandatos ilegalmente conquistados.
Pra depois não ficar chorando a insegurança das comarcas, ou delas se escafedendo na calada da noite. Autoridade não é apenas uma delegação mas também, e principalmente, seu efetivo exercício, que só é materializado na aplicação da lei.

Nesta Data Querida

Logo mais, a governadora Ana Julia deverá ligar para o deputado Jader Barbalho e cumprimentá-lo pelo seu aniversário. Dezenas de autoridades e lideranças de quase todas as legendas deverão fazer o mesmo.
Jader, noiva cobiçada, vai atender a todos com a mesma elegância, mas vai aproveitar a deixa para colocar em ação a estratégia 2010. Com um olho na cena nacional e outro no quadro pelo interior do estado.

O Cerco Continua

Tem pelo menos uma vantagem a reeleição de Duciomar Costa em Nova Déli: não será preciso abrir uma nova pasta no Ministério Público Federal.

Transferência de Votos

Importante categoria do marketing político, a figura do garantidor - aquele que transfere votos ao candidato pouco conhecido - foi posta em xeque nestas eleições. Prefeitos bem avaliados ou não elegeram seus candidatos ou o fizeram com a metade, às vezes menos, do percentual de sua avaliação.

Na Média

De volta a blogosfera, Cjk analisa os números do segundo turno em Nova Déli e conclui, acertadamente, que o contingente de brancos, nulos e abstenções não saiu do padrão histórico das eleições na capital.

26.10.08

Amanhã...

Pra que acompanhou as pesquisas divulgadas aqui no Quinta nos últimas dias, a eleição encerra sem novidades. Duciomar levou por 20 pontos de diferença, prognóstico das internas do reeleito, do DataUnama e do IBOPE.
As dúvidas, a ira, a torcida, e até a abjeta conjugação do verbo tripudiar - de partidários de um ou outro candidato - parte dos processos eleitorais, ficam pra trás.
Vamos comentar o segundo turno destas eleições durante a semana.
Obrigado a todos os visitantes, comentaristas e fontes, pelo interesse e generosidade - ou ambos...rs - em investir nessa condição absolutamente central na poliarquia: a informação.
Até amanhã, um outro dia.

Bocão?

Informação de um anônimo na caixinha do post abaixo:

Boca de urna do Ibope.
Dudu 58 Pirante 42
Check Mate

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Atualizada às 18:41.

Quero agradecer ao anônimo que enviou, meia hora antes das emissoras divulgarem, o resultado da boca de urna do IBOPE. Foi muita gentileza antecipá-lo aos leitores do Quinta.
Este é o espírito da blogosfera, que o anônimo soube muito bem interpretar.

Abstenção

A classe média não foi ao paraíso.
As folhas de votação da Assembléia Paraense, o clube, onde vota o poster, estavam cheias.
Cheias de comprovantes de votação dos eleitores que tomaram Doril. O poster votou.

Cansei!

A eleição terminou por volta do meio dia no blog do Bacana.

Cadê os Caras, Meu?

"O PT sumiu das ruas, meu irmão!", foi a frase que ouvi no meu boteco, agora a pouco, de um pirantesco que saltou de um carro todo adesivado do 15 e entrou no recinto, suado, tirando o chapéu engalanado com uma bandeirinha azul.
"Ora", devolveu na hora um vermelho que comia um peixe frito, calmamente, no fundo do bar. " Voce queria o quê? Já não tá bom?", arrematou, referindo-se à performance eleitoral peemedebista no dia 5 deste mes.
Acertando antes, o PMDB arriscou e se deu mal.
Para o PT, conclue-se, o PMDB não é Pirante. É o Sobrancelhudo.
E o candidato do partido era o Mário, certo?

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Sim, há botecos abertos em Nova Déli.
Felizmente.

Nos Pampas

A fotógrafa e professora (FAP/FEAPA) Flavya Mutran se prepara para uma longa temporada fora de Nova Déli. Fora e longe. Aprovada em terceiro lugar na seleção do mestrado da UFRGS, Flavynha vai armar a tenda em PA.

Impacto Regional

Por diferentes razões, a crise mundial não traz boas notícias para duas grandes cidades paroaras, Santarém e Marabá.
A iminente desaceleração da Zona Franca de Manaus empurra muitos santarenos de volta pra casa, e o abafamento dos fornos do pólo siderúrgico marabaense desemprega parte da mão de obra, atingindo, por tabela, as carvoarias da região.
Os prefeitos daquelas cidades, e de todas cuja economia está vinculada ao carvão - feito Tailândia, Goianésia e Jacundá - que se preparem.

Na Rua

O mercado informal fecha as portas pra milhares de trabalhadores a partir de hoje. Os bandeirantes das esquinas, que recebiam R$ 80 por semana, em média, voltam a ralar.

The Last

Já me preparava para dormir ontem a noite quando tocou o celular. Do outro lado uma fonte, no bunker de Duciomar, passou o resultado da última interna petebista - 800 questionários aplicados sábado, 25.
O atual prefeito tem 19 pontos de vantagem, já apanhando o debate da Tv Liberal e os desdobramentos do episódio PS da Quatorze. Nulos e brancos somam 7%. A fonte desconfia que os nulos podem aumentar. Acha que muitos eleitores petistas, convencidos da derrota de Pirante, vão rever a posição e votar nulo, ou nem vão aparecer nas urnas.
O Climatempo diz que hoje não chove na capital.

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É estatisticamente significante a diferença dos resultados entre Ibope e Datafolha em Belo Horizonte. Para o primeiro, há uma diferença de 3 pontos entre Lacerda (PSB/PT/PSDB) e Quintão (PMDB). Já o segundo instituto diz que a diferença, pró Lacerda, é de 18 pontos.

Será Que Ele É?

Por Mino Carta, em seu blog.

O Partido dos Trabalhadores, cujo nascimento acompanhei de perto, surgiu com um ideário fortemente esquerdista, embora Lula me diga hoje nunca ter sido de esquerda. De saída, e por largos anos, secretário e orientador do PT foi Francisco Weffort, professor da USP, casado com a filha de Paulo Freire, marxista convicto. Conheci Weffort muito bem e fui eu quem o convidou a colaborar com Istoé quando a dirigi nos anos turvos da ditadura, até fevereiro de 1981. Eu saí, como seria óbvio ao confrontar o novo patrão, Fernando Moreira Salles, mas Weffort não arredou pé. “Preciso manter espaço”, explicou. Era então o grão-mestre dos congressos, conferências e reuniões petistas, era o verbo encarnado do partido. A trajetória de Weffort é terrivelmente emblemática. Para encurtá-la observo que lá pelas tantas tucanizou e virou ministro de Fernando Henrique Cardoso. Enredo tipicamente brasileiro. Tais são, em boa parte, os nossos varões de Plutarco. O PT, no seu desenvolvimento, não repete Weffort. Mudou bastante, porém. Em princípio, não enxergo nisso o seu pecado. O partido teria de adequar-se a tempos novos. O Partido Comunista Italiano, o maior e melhor partido de esquerda ocidental, mudou bastante no pós-guerra, de Togliatti a Berlinguer. Adaptou-se. Para mim, o pecado do PT está na passagem de oposição a situação. Naquela condição, foi a primeira agremiação política brasileira com feições de partido autêntico, no meu entendimento. Nesta, igualou-se aos demais. Tenho dúvidas de que lhe caiba, agora, a definição de social democrata. Quanto a mim, aviso que nunca militei no PT.

25.10.08

Profissionalismo e Bom Humor

Do jornalista e publicitário Walter Junior, diretor da mídia eletrônica da campanha do PMDB, comentando o apelido ( Pirante) do candidato do partido.

Sobre o post Bom Humor, por pouco Pirante não foi um personagem e um bordão da nossa campanha. O termo Pirante foi sempre muito bem aceito por aqui, inclusive pelo próprio candidato. A equipe, com ótimas revelações, é muito bem humorada. Rimos muito da “viagem“ do Liberal de que foram apreendidos panfletos aqui na produtora e na casa do Priante. Como diria o candidato, isso só ocorreu dentro do Liberal.
Fiz um compacto da das batidas da PF, acionada pelo Duciomar, via TRE e coloquei no Youtube como tira-teima.
O Link é http://br.youtube.com/watch?v=AHwV8EuJG9Y .
Quando fui informado da visita da Policia Federal aqui na produtora alertei toda a equipe, mas ninguém em momento nenhum falou em panfleto...
Seja qual for o resultado cumprimos com a nossa missão com o profissionalismo de sempre e vamos comemorar hoje a noite com uma festa para toda a equipe até o sol raiar. Você está convidado.

Só Amanhã

É de 12 pontos percentuais - 14 nos votos válidos - a diferença pró-Falsário, segundo o IBOPE/Nariguda, divulgado agora a pouco pelo JL 2ª edição. Foram ouvidos 6oo eleitores, ontem e hoje. Margem de errro de 4%.
O Falsário vai esperar até o último momento para confirmar sua reeleição.

Presidente do Mundo

O site do The Economist abre a urna para o mundo inteiro.
No Brazil tá dando Obama. De capote.

Lá Vem Ele

Tem Ibope logo mais, na edição domingueira de O IVCezal que chega às bancas no final da tarde de hoje.
É um Ibopão, viu Pirante?
Coisa, dizem, de quinze pontos.

Recordar é Viver

Uma edição pra lá de especial de O Paraense, que está sendo distribuída na periferia da cidade, mimoseia a dupla Barbalho-Pirante. Com direito a entrevista do ministro da Justiça, Tarso Genro, cujo título é "Chega de Fachada".

Me Conserta

A FUNTELPA não exibiu ontem, 24, o telejornal das 18:30.
Pifou toda a rede de computadores e aparentemente não havia um sistema de back up em provedor externo. Uma cartela entrou no ar informando que, por motivos técnicos, o programa não iria ser exibido.
E cortaram para a TV Cultura de SP.

Sem Dogmas

O artigo abaixo encerra a série que cobre as alternativas do voto - além de Pirante e Falsário - do eleitor da capital paroara.

Votar ou Não Votar, That is The Question

Breno Rodrigo de Messias Leite*

O sistema político brasileiro apresenta uma particularidade: combina a existência de um sistema presidencialista de coalizão, um sistema eleitoral em lista aberta (voto personalizado), um federalismo robusto, um sistema multipartidário fragmentado e deformação da sub-representação para os estados mais populosos e sobre-representação para os menos populosos na Câmara dos Deputados.
As variáveis político-institucionais devem importar na hora de se debater a relevância do voto no Brasil. Nas democracias modernas, onde o sufrágio universal é uma norma intrínseca ao ordenamento social, conquistada pelos direitos políticos do século XIX, o eleitor tem a oportunidade de tempos em tempo, variando de acordo com o desenho constitucional do sistema político vigente, renovar ou manter quadro político. Nas democracias de massa como a brasileira a cidadania vai às urnas e escolhe seus representantes.
Ao contrário do que ocorre nos países de sistema parlamentarista, no presidencialismo o nível do accountability (responsabilização) é mais elevado e transparente: o eleitor tem a oportunidade de punir determinado político de forma pessoal e direta, separando o joio do trigo, deixando de lado a organização partidária. Segundo o cientista político David Samuels, “dada à separação dos poderes no presidencialismo, uma questão pertinente é, portanto, que a clareza da responsabilidade afeta a capacidade do eleitor de premiar ou punir o governo do presidente, nas eleições executiva ou legislativa”. (Presidentialism and Accountability for the Economy in Comparative Perspective, APSR, 2004: 426)
Atualmente a democracia municipalista brasileira passa por um momento muito difícil – diria mesmo paradoxal. Dos grupos mais conservadores aos mais progressistas, todos estão órfãos de uma candidatura que represente a volonté générale, o momento da mudança e renovação nos quadros dos poderes executivos dos municípios. A ausência de projetos consistentes e viáveis para a gestão dos municípios salta aos olhos de todos.
Em geral, as candidaturas não mostram a cara para os eleitores. Em função das regras do jogo, quase todos os partidos estão envolvidos em algum tipo de corrupção na esfera do poder político. Os grupos de pressão, os movimentos sociais, os sindicatos, associações empresariais, em suma, as organizações da sociedade civil, encontram-se recolhidos, e também não apresentam projetos plausíveis para sustentar uma ou outra candidatura. De fato, estamos num barco à deriva e sem perspectivas de encontrar uma migalha de terra firme.
Diante desse quadro, gostaria de apontar algumas razões da decisão do voto nulo e/ou válido. Penso que a primeira razão é de ordem programática: os partidos e as candidaturas não apresentam plataformas para superar a atual situação dos municípios. Os eleitores, que são movidos pela racionalidade, optam por tomar uma posição clara e jogam as suas responsabilidades nas costas dos outros. Ou seja, o não engajamento do eleitor transfere para outrem a responsabilidade pela escolha pública.
Portanto, numa inferência lógica, a segunda razão é a negação de primeira, à medida que formaliza mais claramente o interesse do eleitor em manifestar-se nas urnas, quer no primeiro turno quer no segundo turno. Neste caso, votando em candidaturas e partidos racionalmente eficazes para atender aos seus interesses imediatos.
Uma razão bastante perceptível é de ordem ideológica: o voto nulo como o exercício da crítica ao procedimento eleitoral, uma vez que coloca em xeque a legitimidade majoritária do pleito e naturalmente do próprio jogo democrático, que intrinsecamente exige a participação do cidadão no processo de deliberação da res publica.
O voto ideológico é importante na contabilização dos votos válidos. O eleitor fiel e militante vota aconteça o que acontecer no seu candidato ou no seu partido. Num momento de polarização, no segundo turno das eleições majoritárias, p. ex., este voto é a garantia do êxito ou da dívida após as eleições.
Uma terceira razão diz respeito ao voto nulo de protesto. Ou seja, o eleitor percebe a ascensão de determinadas candidaturas mais fortes e que não lhe agrada, e decide votar nulo como uma forma de protesto. Trata-se do voto como instrumento de protesto, ou mesmo, como a rejeição da algum candidato que já participa do status quo.
A partir destas três perspectivas, penso que a questão do voto nulo ou válido, ao invés de tomar um caminho obscuro e até mesmo folclorizado, como uma atitude de indiferença, deve ser encarada e revisto com mais seriedade pelas organizações partidárias e pela opinião pública corrente. O voto nulo e o voto válido são potencialmente votos programáticos, ideológicos ou mesmo de protesto.
A minha posição e interpretação é, portanto, o inequívoco: o voto (nulo ou válido) funciona como um instrumento de participação no processo de escolha pública; que, por sua vez, deve estar vinculado a um projeto e a uma visão de mundo do eleitor. O voto também se transforma numa arma à medida que subverte e questiona as normas políticas vigentes. As eleições, os partidos e candidatos, numa concorrência imperfeita, agindo de acordo com suas escolhas e preferências, optam muitas vezes, e esta é a tendência dominante, a não criar questionamentos ou dúvidas: a sua missão é demonstrar aos eleitores que suas plataformas são as melhores e que o voto, na verdade, é o voto de confiança, e não de compromisso. Por isso, o eleitor mediano é convencido de votar em X e não em Y.
Portanto, o tema do voto nulo ou voto válido não é dogmático, nem no sentido de defendê-lo a qualquer custo, e muito menos de refutá-lo radicalmente. Penso que o exercício da democracia pode ser um instrumento da livre escolha dos cidadãos para o aperfeiçoamento do desempenho político-institucional para a promoção do bem-estar social. Democracia não é ditadura: o cidadão deve se preocupar com os que estão legitimamente na representação e não lhes delegar toda a virtù e toda fortuna da república a qualquer custo.


* Breno é amazonense, sociólogo, e o mais jovem aluno da turma de Mestrado em Ciência Política da UFPA.

Bom Humor

Pirante , apelido que um leitor do anônimo do blog pespegou ao candidato peemedebista, era uma das senhas dos computadores da equipe de produção dos programas eleitorais da campanha do próprio.

Universo de Papo Furado

A insegurança continua a rondar o colégio Universo.
E a desfaçatez de um de seus diretores, Julio Reis, permanece.
Nada de convocar a prometida reunião de pais para discutir alternativas à violência que ameaça os alunos da escola.

24.10.08

Nomeio-me "Delegado"!

O advogado Walmir Brelaz encaminhou nesta manhã uma carta ao secretário de Segurança do Pará, delegado federal Geraldo Araújo, mais uma aposta equivocada para enfrentar o problema da violência no estado, provam-o os números e o cotidiano da população em todo o estado.
Na carta, uma grave comunicação: cansado de esperar pela ação desta puliça, Walmir decidiu realizar sua própria investigação. Segue:

Ao

Excelentíssimo Senhor
Geraldo José de Araújo
Secretário de Estado de Segurança Pública

Ref.: Nomeio-me "delegado"

Desejo, inicialmente, que o senhor jamais seja vítima de um furto ou assalto, como são, diariamente, dezenas de pessoas em nosso Estado. E como foi, por duas vezes, nestes últimos sete dias, o meu irmão Laurimar Brelaz.
Em 14 de setembro, ele teve sua moto furtada no centro de Belém. Tratava-se de seu único meio de transporte, quitado após 60 infinitas parcelas mensais.
Com ajuda de amigos, adquiriu – financiada em mais 48 meses – outra motocicleta. Mas, no dia 21 de outubro, no conjunto Cidade Nova, foi assaltado por três marginais, espancado e, novamente, levaram sua moto.
O que agrava esta situação por si só, degradante, é a fase da procura pelas providências policiais, quando se conclui que o momento exato do crime é apenas uma parte do sofrimento de cidadãos honestos e que pagam seus impostos. É a fase em que nos deparamos com uma estrutura de "segurança" pública incapaz de fazer cumprir o que determina o art. 193 da Constituição Estadual: "a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio".
No primeiro caso, apesar da cordialidade dos servidores da delegacia especializada, estes se limitaram a fazer um Boletim de Ocorrência e um diagnóstico melancólico: "vamos esperar a moto aparecer, se aparecer". No segundo, mesmo identificando o carro usado para dar cobertura ao assalto e as pessoas que ali se encontravam, foram estranhamente liberados. E o caso só recomeçará quando o delegado voltar de sua merecida folga, três dias depois, ou seja, quando a moto já estiver toda desmanchada, isto se ela "não aparecer".
Idêntica história provavelmente ocorra com outras vítimas, inclusive comigo, que neste ano já fui assaltado três vezes com direito a arma de fogo apontada na cabeça e todos os ingredientes dessa forma revoltante de violência, que nos faz, por um bom tempo, perder a auto-estima.
No ultimo caso percebeu-se, também, a falta de pessoal. Por isso tomo uma atitude necessária: nomeio-me "delegado". E mais: um grupo de amigos "investigadores". Isso mesmo, vamos investigar esse caso por conta própria. Se é correto? Não me interessa!
Senhor secretário, infelizmente me falta tempo para ficar divagando sobre os vários fatores que comprovariam a falência da segurança pública, pois, tenho que reunir com meu pessoal, traçar um plano de investigação, que não nos limite a ficar tão somente "esperando as motos aparecerem". Se possível, lhe encaminharemos um relatório circunstanciado.
Pensando bem, tenho dúvidas se mantenho o desejo lá de cima!

Walmir Moura Brelaz

Advogado – OAB/PA 6971

A Tecla Que Falta


Do blog Xinelão, do cartunista Franklin.

Todos os Caminhos Levam a Roma

Pelo que apurou o blog nesta manhã, é de dezoito pontos a diferença pro-Duciomar no DataUnama, dezesseis na interna do Falsário, e oito na interna encomendada pelo PT.

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Atualizada às 16:08.

Acabo de falar com uma fonte vermelha de bolinhas pretas (@ by Cjk). Ele me disse que as internas de Pirante dizem que ele tem 1 ponto na frente de Duciomar. E contam com o efeito PSM para consolidar a vitória no dia 26.

Equívoco

No blog Página Crítica

Sniper zarolho

Perder o timing costuma ser fatal. O atirador de elite que perde o momento exato para fazer chamado tiro comprometimento na testa do seqüestrador estará condenando à morte o refém. Da mesma forma, em política, perder o momento exato para desfechar o ataque mortal contra o adversário – se é que existe mesmo este ou aquele ataque que, isoladamente, pode levar o contendor à lona -, pode encurtar o caminho para a derrota quase certa.A bateria de comerciais da campanha de Priante relembrando alguns dos aspectos mais tenebrosos da folha corrida de Duciomar, 72 horas antes do pleito, tem tudo para ser inócua. A esta altura, com as intenções de voto em grau adiantado de cristalização, a elevação de tom dificilmente surtirá o efeito desejado. As cartas, afinal, estão todas sobre a mesa e o jogo já vai longe, com seu elevado grau de vício e, salvo o imponderável, com o final pesaroso praticamente selado.

A Prostituta da Administração

Existem dez matutinos em São Luís do Maranhão.
Dois deles, nas edições de hoje, 23, publicaram o mesmo editorial.
Poderia ser em Nova Déli, onde a situação é a mesma.
Segue, do Blogue do Colunão.

Foi-se o tempo em que a imprensa chegou a ser denominada de Quarto Poder. Um tempo em que havia respeito mútuo, que levava a uma permuta negociada, fundamentada no binômio divulgação/pagamento da coluna/centímetro. Havia um respeito recíproco, no qual a empresa jornalística era tratada como empresa, não como uma prostituta de ínfima categoria, sujeita aos caprichos do usufruidor de seus serviços de alcova.
Eis, portanto, em que se transformou a Imprensa de São Luís, no que diz respeito a seu relacionamento com as administrações estadual e municipal, bem como as autarquias, empresas, institutos e demais organismos adstritos àquelas esferas de poder público. Uma vulgar cortesã, que perdeu o respeito por ser benevolente ao extremo, e que se deixou levar por promessas não cumpridas e prontamente esquecidas.
Hoje, usada e abusada quando seus amantes administrativos dela precisam, a Imprensa vive de migalhas esparsamente atiradas, qual fossem restos de fautos banquetes ou sobras de homéricas bacanais, feitas para o prazer de amantes de ocasião. São assim nossos administradores — ressalvadas, é logico, as exceções que confirmam a regra. Servem-se da imprensa a seu bel-prazer, impõem condições e exigem cumprimento irrestrito das ordens dadas, porém esquecem-se que todo trabalho, quando executado, merece o ressarcimento em dia.”

Jogando a Toalha

No blog da Franssinete Florenzano, agora de manhã.

Algo aconteceu na esgarçada relação PMDB x PT. A assessoria de Priante convidou ontem à noitinha toda a imprensa para acompanhar a participação do candidato hoje de manhã, no Crowne Plaza, no encontro de lideranças petistas. E perto da meia-noite um outro e-mail da assessoria informou que ele não mais irá ao evento, "devido a um compromisso de última hora".

Bom Momento

Jornalismo e Relações Públicas, habilitações de Comunicação Social da Unama foram comtemplados com estrelas do Guia do Estudante, da editora Abril. Ambas com três estrelas. O curso vive um bom momento também no tocante à produção científica. No Intercom de 2008, que ocorreu em Natal em setembro passado, quatro professores do curso apresentaram trabalhos: Lucilinda Teixeira, Manuel Dutra, Ana Prado e Neusa Pressler.
A tese de doutorado da profa. Larissa Latif acabou de receber menção honrosa no Prêmio Nacional Mário de Andrade, prêmio do Minc/Ipham/Associação Brasileira de Antropologia. Larissa foi convidada para fazer parte do comitê científico do "Colóquio Internacional Amazônias Brasileiras: Imaginários e Criação Contemporânea", da Universidade Paris Ouest Nanterre, na França.
E no próximo encontro da Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo, em novembro, em São Paulo, Ana Prado e Vânia Torres, professoras do curso, apresentam mais dois trabalhos.

As Melancias e a Carroça

Festa da Carta Capital em Sampa, convênio políticamente correto com o corrupto governador maranhense Jackson Lago ( PDT), e outras agendas do tipo.
Há vários dias a governadora trabalha e flana pela aí. Na boa.
Cumpriu sua palavra: no segundo turno, ficou bem longe do candidato de seu partido. De seu partido. Já seus meninos...
Podem fofocar, espernear, se aborrecer, podem fazer o que quiserem. O diabo velho vai engolir. Tem duas vagas pro senado e a vaga de vice pra negociar bacana ( adeus, Odair!).
Dá pra todo mundo se arrumar, e continuar junto.
Brigando sempre ( afinal tem os PT's pelo meio) , mas junto.

Crise no Ar

São ruidosos os sinais emitidos pela FUNTELPA.
As entrevistas com os candidatos ao segundo turno das eleições da capital, previstas para o jornal da manhã da Rádio Cultura, foram canceladas depois que as chamadas foram veiculadas e as perguntas terem sido gravadas com jornalistas.
Também faz barulho - há algum tempo - a relação entre a estatal da mídia eletrônica e a secretaria de Comunicação do governo.

Leia as Duas

Pirante ou Falsário, a verdade sobre cada candidato está sempre no jornal do adversário.
As edições de hoje, por exemplo, estão fartas de casos que estamos fartos de saber, embora seja sempre muito agradável ler um juiz federal afirmar que o deputado Jader Barbalho é o chefe da quadrilha onde Pirante atua, ou que Duciomar Costa desviou recursos públicos.

Emergência!

Procuram-se quartos de Pronto Socorro.
Tratar no comitê de Duciomar Costa.

Estranha Aliança

Menos de quatro anos depois do assassinato da freira americana Dorothy Stang, em Anapu, oeste do Pará, seu afilhado religioso e herdeiro político mais importante, Chiquinho do PT, aliou-se, para eleger-se prefeito nas últimas eleições, a fazendeiros que chegaram a ser investigados como suspeitos do crime. Um deles, Délio Fernandes, personagem constante nas denúncias da missionária, foi escolhido seu vice. Educado desde a adolescência pela missionária, Francisco de Assis dos Santos, seu nome civil, atuou como dirigente sindical e foi o principal auxiliar da religiosa no combate ao ruralista.


Na íntegra aqui, no Pará Negócios.

23.10.08

Vai Sair Hoje

Está a 300° o forno do DataUnama. A pesquisa está pronta pra sair em alguns minutos.
O blog não foi informado dos números, mas Pirante não vai gostar dos resultados.

PT Esclarece "Mico" de Santa Luzia

Da Assessoria de Comunicação do deputado estadual Carlos Bordalo (PT).

O presidente do Partido dos Trabalhadores, João Batista, dará entrevista coletiva amanhã pela manhã, às 10 horas, sobre o processo eleitoral no município de Santa Luzia do Pará. Também participará da entrevista o cacique Naldo Tembé. Os dois pretendem esclarecer as denúncias veiculadas na imprensa local, que acusam o prefeito reeleito do município Lourival Fernandes, o Louro do PT, de esquema de fraude na aldeia Tembé, supostamente utilizando os índios e as polícias civil e militar que atuam em Santa Luzia. As denúncias foram feitas pelo candidato derrotado Aldemir Aires (PR), mais conhecido como Mico, cujo irmão, deputado Adamor Aires, propôs a criação de uma comissão externa na Assembléia Legislativa para acompanhar a apuração das denúncias pela Justiça Eleitoral. Louro do PT foi reeleito com 50.31% dos votos válidos em Santa Luzia.

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..."mais conhecido como Mico" é ótimo...rs

Mentiroso na Toca

Depois do flagrante, o prefeito falsário recolheu-se ao seu novo apartamento, na Av. Generalíssimo Deodoro, quase esquina da Conselheiro Furtado. Perambulam por lá, diuturnamente, o secretário de Esportes, Carlos Cunha, o marginal Paulo Castelo, e o ambientalíssimo Jean Nunes.

Enquanto Isso, na Sala de Justiça

Vejam isto aqui.
E aguardem as manifestações do TJ e do MPE.
Sentados, é claro.

Flagra 3

Do jornalista Carlos Mendes, em comentário ao blog:

Que coisa, hein. O flagra na rua está repercutindo até em São Paulo. O Estadão e várias rádios de SP estão atrás dos detalhes. Só assim a nossa modorrenta campanha eleitoral sairia da fronteira papa-açaí.

Flagra 2

53 visitantes online no Quinta Emenda neste momento.

Flagra

Sobre o post abaixo, que relata o flagrante que comprovou a reles mentira do falsário, manifestam-se:

Prof. Alan

Se eu, na minha condição de servidor público, comparecesse a um evento público e soltasse uma mentira dessas tão deslavada, eu responderia um processo disciplinar por isso.O Ministério Público certamente iria querer investigar o que estava por detrás da mentira. Iriam querer saber, por exemplo, se eu declarei 150 leitos e só havia 30, onde estavam os outros 120 - e os recursos correspondentes a eles.Ou então iriam querer saber porque eu menti sobre a Administração, violando os princípios constitucionais da legalidade, da moralidade e da publicidade. Pois o homem público, quando mente sobre suas funções, está violando estes princípios constitucionais.Mas, enfim, Duciomar sente-se no direito de fazer o que queira, quando queira, porque parece que a única punição existente neste país, para os homens públicos dessa estirpe, é a morte natural...

E Roberto Souza

O Duciomar pegou corda do Priante. Não tinha, no debate do SBT, de aceitar o desafio de ir no PSM. Assim teve, inevitalmente, de cumprir com a palavra. Aí criou um fato político desnecessário, para ele Duciomar, nessa altura do campeonato, faltando poucos minutos pra acabar o jogo e tendo uma vantagem de pelo menos 10 gols. Uma cerazinha numa hora dessas, como nos jogos decisivos, leva qualquer adversário ao desespero. Com isso, deu fôlego para o primo do Anhanga que, agora, vai querer tirar proveito disso até no dia da eleição. Quem viu a parada diz que a onda foi braba mesmo. A thurma do Priante entrou com tudo pra cima do Dudu. Quase que tem braçada. E os mais exaltados, pelas imagens já mostradas na Tv, eram o vice Zeca Pirão e um assessor peso-pesado.Uma coisa é certa: apimentou a campanha num momento em que todos já estavam se arrumando: uns pra chorar , outros pra festejar.Vamos acompanhar os próximos passos pra ver quem se sai melhor para o grande público. Nessa hora, o marketing passa a ter um papel fundamental.

Está Quase Acabando...

Postagens de comentaristas e e.mails enviados ao poster comentam a fuga do falsário Duciomar Costa, agora de manhã, do desafio que lhe foi lançado por Pirante ontem, no debate do SBT.
Dudú mentiu ao dizer que iria construir mais 150 leitos no PS da 14 de Março. Pirante disse que eram apenas 30, e convidou o oculista a comparacer hoje, às 9,00 h, no pronto socorro, para tirar a dúvida.
Pois não é que o prefeito foi?
Foi e fugiu, debaixo de vaias, segundo e.mail que acabo de receber de um amigo petista, e da DS, viram? Pirante gravou um depoimento da arquiteta responsável pelo projeto, confirmando a acusação de Pirante.
Excitados, os pirantescos correm atrás da maior divulgação possível do episódio.
Muito bem, o Quinta repercute o fato. É sempre uma delícia divulgar mais alguma falcatrua deste irremediável nacional.
Que terrível tragicomédia assola a cidade, com protagonistas imundos e seus atônitos figurantes.

Duciomar? Priante? Nulo?

Por Jefferson Teixeira (*)

A democracia representativa pressupõe a liberdade de escolha do eleitor quanto a seus representantes no parlamento ou no executivo. Apesar dessa liberdade de escolha, nas sociedades democráticas existem dois tipos de votos: o obrigatório que “é aquele em que a participação eleitoral não é deixada ao arbítrio do eleitor, mas assim determinada por lei que assim prevê sanções no caso de não-cumprimento”, conforme palavras do cientista político Cícero Araújo; e o facultativo, onde o eleitor não sofre qualquer tipo de sanção legal ao se eximir de participar do processo de escolha de seus representantes.
No Brasil, uma regra que parece ser intocável à legislação eleitoral é o caráter obrigatório do voto, adotado desde os tempos getulistas, precisamente desde 1934. As razões a favor ou contra o voto obrigatório, continua Cícero Araújo, podem ser classificadas em dois tipos: a) “questões de princípio (que levam em conta o significado e o estatuto mesmo do ato de votar)” , b) “razões prudenciais (que consideram os efeitos benéficos ou danosos da obrigatoriedade ou não da participação)”. Se o voto é um direito ele deveria ser obrigatório? Dentro dessa questão surge o seguinte conflito: temos um direito e somos livres para exercê-lo ou não; ou somos compelidos por uma legislação a votar, assim o voto torna-se uma obrigação.
Faço essa introdução, pois, mesmo ausente de dados empíricos, considero o voto obrigatório uma variável importante para explicar o voto nulo, mesmo quando esse não alcança índices que possam definir o resultado final. Destarte levanto pelo menos duas questões que aqui merecem ser expostas:
- Num processo eleitoral, em que o voto fosse facultado, onde uma parcela do eleitorado não se identificasse com as propostas de nenhum dos candidatos e/ou partidos que competem, esses eleitores se dariam ao trabalho de saírem de suas residências até suas respectivas seções de votação simplesmente pelo fato de ali manifestar seu protesto?
- Num sistema de obrigatoriedade, o eleitor compelido a votar e sem identificar-se com os candidatos e/ou partidos em disputa não iria anular seu voto, tendo em vista que essa é uma alternativa dada pela urna eletrônica e, não muito tempo atrás, pela “nada saudosa” cédula eleitoral (quem não lembra a dificuldade de interpretar os nomes escritos nas cédulas pelos eleitores menos instruídos nos votos para os parlamentares?)?.
Outra questão não menos importante deve-se ainda a dificuldade de muitos eleitores em dominarem a urna eletrônica, o que pode resultar numa opção de voto nulo contra suas vontades e não tão menos numerosa.
Em Belém, o percentual de voto nulo atingiu os 4,57% na eleição para prefeito e 5,10% na eleição para vereador, não se diferenciando muito da média nacional e do que ocorreu em nosso estado no dia 5 de outubro. Entretanto, os candidatos que disputarão a cadeira principal do poder executivo carregam em seus currículos variáveis que podem determinar o voto nulo: um carregou durante 4 anos um alto índice de rejeição (caso do atual prefeito que busca a reeleição); outro tem o apoio de Jader Barbalho, o que para o eleitor belenense isso pode ser um motivo para ser rejeita-lo expressivamente. Isso explicaria o índice de votos nulos que muitos imaginam ser alto no próximo domingo? Se considerarmos os três últimos pleitos, onde “Vermelhos” e “Amarelos” polarizaram a disputa municipal, onde a escolha do eleitor ganhava contornos partidário-ideológicos, e esse eleitor se sentia um provável decisor, podemos dizer que sim. Porém, acredito que o mesmo não atinja uma marca que definirá o resultado do pleito. Diferentemente se somarmos os votos brancos, nulos e as abstenções: aí sim poderemos ter um percentual decisor.
Hoje o debate partidário-ideológico e da forma como gestar a cidade foi susbstituídos por discursos vazios, que não alcançam o imaginário do eleitor: é o candidato “eu fiz e vou fazer mais”, contra o candidato “ele não fez e não vai fazer”. Tal debate, ou a ausência de um debate que resulta numa política propositiva que resolvam problemas (que se tornaram “não tão básicos” mas urgentes) para a população de Belém pode ser uma saída protestante para o eleitor.

Alguns pensadores anarquistas defendem a idéia de que o voto nulo é um voto libertário, anti-sistema e contra o estado. A posição de quem é de esquerda é que na falta de alternativa o voto nulo seria um ato libertador-revolucionário, contra candidatos que representam interesses de classe dominante.Num célebre ensaio sobre o governo representativo quando afirma que “o voto deveria ser um ato de confiança”,John Stuart Mill, acrescenta ainda que “ se o sufrágio é um direito, se pertence ao eleitor em seu próprio benefício, com que base poderíamos culpa-lo por vende-lo, ou usa-lo para recomendar a si próprio a quem seja de seu interesse agradar?”
Sem anarquismo ou esquerdismo, defendo a idéia de que o voto nulo é um ato consciente do eleitor que obrigado a participar de um pleito procura maximizar os ganhos e reduzir os custos. No caso do voto nulo a maximização dos ganhos seria não votar num governante que não atenderia suas demandas e da grande maioria da população.

A redução dos custos seria não carregar em sua consciência moral o fado de ter contribuído com seu voto a eleger um governante que não considerou os valores éticos e morais que devem fazer parte do mundo político.


(*) Cientista Político, Especialista em Partidos e Eleições na Democracia Contemporânea e Mestrando em Ciência Política na Universidade Federal do Pará

JP

Já está nas bancas a mais nova edição do Jornal Pessoal, de Lucio Flavio Pinto. Na matéria de capa, uma análise do segundo turno das eleições na capital.

Unanimidade

A jornalista Úrsula Vidal foi a vencedora do debate, ontem, no SBT. Com todo o respeito, é claro.

Em Campanha

O ex chefe da Casa Civil do governo do Pará, Charles Alcântara, que também se notabilizou pela rápida e fulgurante passagem pela blogosfera, é candidato à presidência da entidade que congrega os auditores fiscais do Pará.

Ministro Paciente

Esperou 53 dias o ministro Raimundo Carreiro, do TCU - entre a publicação da Súmula Vinculante n° 13 do STF, a que trata do nepotismo - pela exoneração da mulher, de uma filha e de um filho.
Ontem, o trio dançou.

Prognóstico

Tem novo IBOPE/Nariguda programado para sábado, no Jornal Liberal segunda edição.

22.10.08

Branco, Opção em Quadros Extremos

O primeiro dos tres artigos prometidos aos leitores do Quinta, versando sobre as alternativas de voto no próximo dia 26, segue abaixo.

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Porque Votar em Branco

Por Rodolfo Marques (*)

Num sistema político-legal-eleitoral como o brasileiro, em que há a obrigatoriedade do exercício do direito de votar (nada mais confuso, não?!), o eleitor pode ser perguntar, mesmo que não ciente da idéia da escolha racional, a seguinte questão: que candidato, se eleito, trará benefícios para mim?
Se não houve uma resposta positiva ou específica a este intento, a tendência é buscar as fugas institucionais, que podem se solidificar com um Voto Branco, um Voto Nulo ou uma Abstenção.
O Voto Branco só é alternativa quando há uma rejeição muito grande aos candidatos em questão. Num segundo turno eleitoral, como o que estamos vivendo em várias capitais brasileiras, ganha maior espaço porque há uma polarização que, para o eleitor médio, pode não permitir uma diferenciação maior entre uma ou outra opção. É um quadro que aparenta ser o mais perceptível em Belém.
Então, por que votar branco e não se abster? Posso apresentar duas premissas básicas para defender tal tese:
a) entrar para a contabilidade eleitoral: pois o voto branco é tabulado, contado, e expressa uma rejeição em questão, sem se auto-alijar do processo, algo que na abstenção não é possível perceber, pois esta pode estar ligada a várias outras causas, como uma viagem ou uma doença. É uma espécie de um protesto da "minoria silenciosa", tese defendida pela alemã Elisabeth Noelle-Neuman(1).

b) buscar a legitimidade, já que essa idéia pode ser espraiada por outros grupos sociais, até mesmo numa lógica de ação coletiva, como defende o autor Mancur Olson (2).
O eleitor busca, muitas vezes, algo em que possa acreditar – e votar em branco pode ser um desses caminhos: é uma forma ter conceitos claros e o que defender num pleito eleitoral.
A partir da leitura de pesquisa e visualização do mercado eleitoral, tenciono a dizer que, nas eleições deste domingo, 26 de outubro, o índice de Votos Brancos, Nulos e Abstenções beire os 40% - num universo de quase 1 milhão de eleitores na capital paraense.
E isso acaba por beneficiar o candidato situacionista - Duciomar Costa (PTB) - pois, apesar de ter um índice de rejeição maior, tem um recall maior, ou seja, uma lembrança maior do eleitorado, para o bem e para o mal. E quem o rejeita (não votando, “embranquecendo” ou anulando o voto) acaba por não elevar o candidato da oposição, no caso, José Priante (PMBD).
Então, votar em branco, pode ser, em si, uma opção real em quadros extremos.
E quadros extremos requerem medidas extremas.


(1) Autora alemã da Teoria da Espiral do Silêncio.
(2) Autor do livro A Lógica da Ação Coletiva

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(*) Rodolfo Marques é jornalista, professor universitário e mestrando em Ciência Política.

Bateu, Se Mancou

Um estudo feito na Suécia (sempre eles) e relatado hoje no blog Freakonomics aponta: lugares onde a imprensa faz uma cobertura política mais agressiva tendem a ter representantes menos corruptos. A conclusão do estudo de David Stromberg e James Snyder Jr. parece lugar comum, mas ela basicamente quantifica uma impressão (justificada) do senso comum.
Você pode baixá-lo aqui.
Este é o resumo que o blog de Steve Levitt e Steven Dubner fez:
- Eles descobriram que parlamentares de distritos cujos jornais cobrem agressivamente a política local tendem a trabalhar mais duro para representar os interesses de seus eleitores.

- Tais parlamentares estão mais propensos a romper com seus partidos, mais dispostos a fazer emendas ao Orçamento beneficiando sua localidade e mais provavelmente participarão ativamente das audiências dos comitês do que os representantes de distritos sem uma imprensa local forte.
- No estudo, o efeito sobre a prestação de contas é mais forte onde os limites de um mercado de mídia são mais parecidos com os limites de um único distrito eleitoral. Em grandes cidades, onde um jornal pode cobrir diversos distritos, ou em áreas rurais, onde pode haver cobertura nenhuma de jornal, a cobertura da imprensa sobre os parlamentares locais "torna-se mais seletiva e superficial", segundo os autores.
- Nesses distritos, menos eleitores conhecem o nome de seu representante, ou mesmo como ele ou ela vota no Congresso. Isso reduz o incentivo para que ele responda às necessidades de seu distrito.
- O estudo também aponta que a cobertura do noticiário na televisão tem quase nenhum efeito sobre o conhecimento do eleitor sobre seus parlamentares. Houve resultados mistos sobre a cobertura na internet.

Tem muito mais aqui, no E Você Com Isso?, o blog de Marcelo Soares.

Detran Atende Justiça

Diligente e atenciosa, a Assessoria de Comunicação do DETRAN, comandada pela jornalista Bernadeth Lameira, satisfaz a curiosidade do poster na caixinha do post Mais Uma da Coleção. Role a barra de rolagem. É o último comentário.

Fim do Caminho

A Funtelpa tirou do ar o programa Cultura Pai D'Égua, depois de seis anos de exibição. O apresentador do programa, jornalista e ator Alberto Silva Neto, lamenta a decisão.
O blog idem.

Olho Vivo

Um alentado e.mail enviado a 71 destinatários, entre jornalistas, blogueiros e redações da capital e do interior, conta parte da trajetória política da família do deputado Adamor Aires (PR/G-10).
Subscrito pelos vereadores reeleitos Edson Farias, Maria Lucia Machado e Robson Roberto da Silva, o dossiê também remete à querela recente, instalada na cidade de Santa Luzia ( nordeste do Pará) berço eleitoral do deputado, após a abertura das urnas na reserva dos índios Tembé.
Ontem, no Plenário da Assembléia Legislativa, foi aprovada a visita de uma Comissão Temporária Externa para apurar denúncias de fraude naquelas urnas.
É que não houve nenhum voto nulo, abstenção ou em branco.
E só recebeu votos o candidato à reeleição, o Louro, do PT.

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Olha, pode até ter havido fraude, e já foram abertos os procedimentos (Proc. 091/2008) para investigar o caso. Mas convém destacar que há mais um round entre o G-10 e o governo do Pará nesta parada.

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Santa Luzia, na tradição católica, é invocada como a santa protetora dos olhos.

Gente, Nos Adoramos!

O ex governador tucano Simão Jatene, O IVCezal, e o "núcleo duro" do governo do Pará respiram aliviados com a divulgação da pesquisa IBOPE.
Os números abanam as aspirações do primeiro, aliviam os cenários de caixa do segundo e quitam a conta do terceiro, sem aumentar o já considerável cacife barbalhudo na cesta de votos paroaras.

Percepção Confirmada

Encontrei os mestrandos eufóricos na hora do recreio de hoje. Não pelo resultado da pesquisa IBOPE em si, já que é grande o contingente de colegas que vai sapecar o nulo no dia 26, mas pela confirmação da percepção do crescimento do falsário, conforme o post Debatendo-se, do dia 20.

Ligador

O celular de Pirante tocava a cada intervalo dos debates na Tv RBA.
Era o Sobrancelhudo, ora puxando as orelhas do rapaz, ora dando estímulos para mantê-lo de pé.

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Atualizada às 15:12

Walter Jr., coordenador da campanha de tv do candidato peemedebista, comenta:

Juca, É mais uma lenda de campanha. Não houve telefonema de ninguem além do coordenador da pesquisa qualitativa.

Marido Enganado

A folha barbalhuda começa a despejar, nos últimos dias, tudo o que sempre soube do prefeito Duciomar Costa e sonegou a seus leitores.

Ela, a Pesquisa

"Os votos nulos não passam de 10% neste segundo turno, Juca", garantiu ontem o diretor de um instituto de pesquisas com quem conversei longamente. Ele trabalhou bastante nessas eleições: mais de oitenta sondagens na capital e municípios de todos os quadrantes do estado. Não ganhou o que merecia. Os preços, estacionados nos patamares de 2002, não ultrapassam os R$ 8,50 por questionário.
Enfrentou problemas de toda ordem, até prefeito que corrompeu os pesquisadores, obrigando o refazimento do campo, e o inevitável atraso na divulgação da pesquisa. Recebeu telefonema de promotor pedindo os originais de questionários preenchidos, e viu despacho de juiz proibindo a realização de qualquer pesquisa no município.
Escapou ileso, e está naquela fase que eu chamo de reencontro, quando o ritmo de trabalho desacelera abruptamente depois de tres ou quatro meses sem descanso. Mas disse que nunca viu darem tanta importância às pesquisas de opinião. Citou como exemplo um cliente que encomendou uma sondagem sem que existisse sequer um jornal ou uma rádio na cidade.
Brandia a pesquisa - o relatório, bem entendido - em cima dos palanques e nos carros som da cidade. O que importava era o registro no cartório eleitoral da comarca, um número mágico, tão importante quanto as intenções de voto. As vezes mais, porque inequívoco.
Para o diretor, a pesquisa como forma de induzir a opinião, acossar o adversário, acelerar a decisão do voto, estimular a concentração do voto nos que estão na dianteira, nunca foi tão utilizada. Principalmente no interior.
O mercado das pesquisas de opinião cresceu muito nessas eleições.
Os olhos dos eleitores precisam fazer o mesmo, porque o instrumento é fascinante e cada vez mais decisivo.

Pirante Pela Bola Sete

A pesquisa IBOPE/Nariguda, divulgada a edição de hoje da folha mais liberal do norte e nordeste, caiu como uma bomba nos arraiais pirantescos.
Falsário 50 x 39 Pirante, quatro dias antes das eleições, é o mesmo que dizer bye bye.

Auditores Alertam População

A entidade que congrega os auditores fiscais de Nova Déli envia ao blog a nota abaixo.

NOTA À POPULAÇÃO DE BELÉM

A Associação dos Auditores Fiscais de Belém – AFISB, vem a público declarar que é contrária a forma arbitrária com que o Secretário Municipal de Finanças – SEFIN, Sr. Wálber Ferreira está conduzindo a implantação do sistema de fiscalização, preterindo a necessária homologação e com clara afronta à legislação tributária municipal vigente.
Relevante dizer que o atual sistema de fiscalização é administrado pela Companhia de Informática de Belém – CINBESA, empresa da administração pública municipal, que vem atendendo as exigências do fisco municipal.
A pretendida alteração de sistema transfere a uma empresa privada de São Paulo a base de dados da fiscalização e a gestão de toda a atividade fazendária, fazendo com que o município perca a autonomia da gerência tributária, comprometendo, sem dúvida, o sigilo fiscal.
A preocupação desta entidade é de ordem pública.

Pobre Keynes

Tudo indica que o crash de 2008 decretou o fim da atual etapa de predomínio conservador na história do pensamento econômico - pelo menos até que o pêndulo volte a oscilar. Foram cerca de quatro décadas de desregulamentações, de esforços no sentido da redução da presença dos governos na economia e de renovação da crença de que os mercados, livres de interferências dos governos, são os promotores superiores da eficiência, da estabilidade e, enfim, do desenvolvimento.
Não surpreende que o longo período de estreita vigilância sobre a "a apropriação privada dos recursos públicos" – mote a que os neoliberais reduziam toda e qualquer tentativa de aplicação de políticas afirmativas, seja no campo produtivo, seja no campo social – esteja chegando ao fim com a maior apropriação privada de recursos públicos de que o mundo já teve notícia. E que a intervenção, de proporções inéditas, tenha sido decidida e executada por governos conservadores. A História, afinal, é um tecido costurado com a linha das ironias. Sinal da crise das idéias econômicas neoliberais, a velha e surrada expressão "agora somos todos keynesianos", a que os conservadores lançam mão para legitimar a hipocrisia do recurso à intervenção salvadora, está de volta.


Na íntegra aqui, por José Paulo Kupfer

Derradeira

O DataUnama está nas ruas de Nova Déli.
Com registro e tudo.

Debate no 5

Amanhã, às 20:40, Pirante gostaria de ser Jader Barbalho. Porque se nenhum coelho sair da cartola do rapaz, tem asfaltamento no SBT.
Mediação da jornalista Úrsula Vidal.

Pendor

Desde ontem os eleitores só podem ser presos em flagrante delito.
Certos candidatos, porém, podem ser presos a qualquer momento.
É que eles always estão em flagrante delito.

Capitalismo, Socialismo e Democracia

Hoje é dia de Schumpeter no mestrado.
Na volta, trago as notícias da hora do recreio e, espero, o primeiro dos textos sobre as alternativas do voto no dia 26.

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O link disponibiliza, na íntegra, o texto do livro objeto do título do post.

21.10.08

Escolhido

Eleito com 40% dos votos dos associados da ADVB-PA, Marcelo Marques, o Bacana, é a Personalidade de Marketing do Ano.

Zé Jeitinho

No blog de Mino Carta.

Contarei um episódio sugestivo. Certo dia de 2005, fui visitar em Brasília o então diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda. Iam comigo meu velho companheiro Luiz Gonzaga Belluzzo e meu braço direito na feitura de CartaCapital, Sergio Lirio. Foram variados os assuntos da conversa e lá pelas tantas chegou a vez de Daniel Dantas, o banqueiro orelhudo. Já se dera há bastante tempo a Operação Chacal da PF, que recolheu nos próprios escritórios de DD o hard-disk do banco. Estávamos interessados em conhecer o paradeiro do disco, ou dos discos (não sabíamos se de um se tratava, ou de alguns). Lacerda disse que o Supremo Tribunal Federal estava em poder do butim, mas que a PF tinha uma cópia. Era aquele tempo singular em que a ministra Ellen Gracie recusava-se a permitir a abertura dos discos pelas razões mais estranhas, ou, pelo menos, assim nos pareciam. Desde quando Dantas confessou com comovedora candura ter “facilidades” no STF, a gente mergulha na conclusão de que não cabia estranheza. Aí perguntei a Lacerda se porventura sofrera algum tipo de pressão a favor do orelhudo por parte de autoridades de calibres diversos. Anuiu. Sim, recebera. Parlamentares? Também, respondeu. E ministros? Um deles, disse, tranqüilo. Acrescentou: “Não é o meu”. Referia-se ao ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos. Arrisquei: “O chefe da Casa Civil, José Dirceu”. Anuiu novamente, sem pestanejar.

Procuram-se Votos

Tratar na esquina da Av. 1° de Dezembro com a Trav. Mauriti, no comitê central de Pirante (PMDB)

Na Trave

"Saiu apenas uma mixaria, Juvencio", disse agora a pouco uma fonte do blog sobre o pagamento dos profissionais da produtora que realiza os programas eleitorais de Duciomar Costa. Por pouco o inédito veiculado ontem à noite não ficou na produtora. A galera desconfia que o falsário estaria drenando o cascalho da mídia eletrônica para a mobilização de rua.
Gosta de viver perigosamente o nacional, até na reta final de campanha, mas é cada vez maior a percepção que ele se aproxima da chegada mais firme que Pirante.
Segundo fontes, seria de 10 pontos percentuais a diferença pró-Dudu nas pesquisas internas petebistas, e de 5 pontos pró-Pirante nas internas peemedebistas.
Uma semana de fortes emoções aguarda os partidários da duas candidaturas.

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Os que vão anular o voto estão aborrecidos, mas tranquilos.
O poster estuda uma viagem para apresentar o campus da UFPA em Bragança ao filho caçula, que vai tentar uma vaga no curso de Oceanografia daquela instituição.
Lá tem uma agradável praia oceânica onde os camarões são rosados e enormes.

Festival de Nulidades

Não é verdade que a escolha entre Duciomar e Pirante é igual a escolha entre O Liberal e o Diário do Pará.

Mais Uma da Coleção

Pegou mal, muito mal, no Palácio dos Despachos, o imbroglio que levou a anulação da licitação de serviços de Call Center do DETRAN, determinada pela Justiça, parada de R$ 2,5 milhões.

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Atualizada às 18:40

A Assessoria de Comunicação do DETRAN envia nota ao blog ( postada nesta caixinha de comentários) fazendo uma retificação ao post e algumas considerações ao link do post Avanço de Sinal, de ontem.
O blog do Bogéa, que também recebeu a nota, faz novas considerações.

Lá Vem Barulho

O BASA definiu as agências vencedoras da licitação - DC3 e OMG - informa o colunista Mauro Bonna, na edição de hoje da folha sobrancelhuda.

20.10.08

Assessores de Salame Foram Exonerados

As pessoas que foram contratadas a partir de minha indicação foram demitidas. E se não tivessem eu pediria. Foram indicados a mim por dois vereadores do PMDB e por dois suplentes de vereadores do PP, que fizeram a campanha da Ana Júlia.

Nunca colocamos a "faca no pescoço" do governo.

Nos resguardamos o direito de indicar um candidato ao TCM (Cesar Colares) por entendermos que esta era uma vaga da Assembléia Legislativa e não do governo. Um direito dos deputados e não do Executivo definir quem a ocuparia.

O poder, diz uma das raposas da Alepa, é para afagar, não o contrário.

Já há quem fale dentro do próprio PT em exigir prévias para decidir quem será o candidato a governador em 2010, questionando assim a legitimidade da recandidatura natural de nossa governadora.

As frases acima marcam o retorno do deputado estadual João Salame (PPS) ao blog, retificando informação do post Salame Intacto, de hoje.
Na caixinha do post citado, a íntegra do condimentado comentário.

A Vida Continua

O presidente da Vale, Roger Agnelli, encontrou-se na sexta (17) com o prefeito reeleito de Parauapebas, Darci Lermen (PT).
Detalhes aqui, no blog do Waldir.

A Grana Apareceu

Depois de tres dias em reprises, Duciomar Costa terá programa novo hoje.
Mas só o programa.

Avanço de Sinal

A licitação para contratação de serviços de telemarketing pelo DETRAN, cota barbalhuda do governo petista, derrapou e saiu da pista. Foi anulada por decisão do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Torquato Alencar.
Mais detalhes aqui, no blog do Bogéa.

Salame Intacto

O governo do Pará está demitindo os assessores dos deputados do G-10 a conta gotas. Tem parlamentares, como a tucana Ana Cunha, onde o rapa pegou geral.
Outros, como o pepessista João Salame, ainda não tiveram sua assessoria, digamos, cortada em rodelas.

Debatendo-se

Na hora do recreio de uma deliciosa aula sobre Hanna Arendt, um curioso consenso entre os mestrandos: Duciomar Costa asfalta Pirante nos debates, embora debatam-se no nível da lama. E a suspeita de que eles podem trazer dissabores ao candidato barbalho-petista no dia 26.
Será?

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Sugestão do comentarista Artur Dias - artigos sobre voto em branco, abstenção e voto nulo - foi aceita por tres colegas de mestrado do poster. Entre quarta (22) e sexta (24) serão publicados aqui no Quinta.

Enquanto Isso, no Tribunal do Júri

Tá difícil a relação entre o MPE e um dos juízes do Forum de Marabá.
Por pouco o caldo não entornou na terça que passou quando um juiz que se intitula pitbull, responde a procesos na Corregedoria do TJ, inclusive dois PAD's, deu de encontro com um promotor que tem sangue quente.
Pra completar, um dos acusados apontou a ex deputada tucana Elza Miranda como mandante do assassinato do despachante Machão.

Esquentando os Tamborins

Nesta semana, a galera do Carnaval que faz oposição ao prefeito de Nova Déli vai meter a cara no Barra Pesada, da Tv RBA.

Gêmeas

Prosseguiu, neste domingo, a guerra de acusações entre as duas maiores pocilgas da capital.
No blog Página Crítica:


O Liberal e o Diário do Pará, neste domingo (19), amanheceram pintados para a guerra. Guerra suja movida por interesses que não têm a menor chance de sobreviver se forem alçados à luz do dia.
Para o Repórter 70, principal coluna de opinião de O Liberal, Priante (muito embora não nominado explicitamente), quando deputado federal, teria sido flagrado em uma gravação - clandestina, por certo - condicionando a liberação de R$ 1,2 milhão da Funasa para uma prefeitura do Baixo Amazonas, desde que a empreiteira da futura obra já estivesse devidamente escolhida.
Por sua vez, o jornal da família Barbalho resolveu brindar seus leitores com um bombardeio de saturação: alvejando Duciomar, candidato de O Liberal, acusado de superfaturar a polêmica orla no Rio Guamá - o tal Portal da Amazônia - onde o aterro hidráulico de R$ 19,48 a tonelada teria sido substituído pelo aterro convencional, a R$ 46,20 a tonelada transportada por caçambas e balsas, gerando um acréscimo de, pelo menos, R$ 30,5 milhões; e revelando que a Justiça Federal acatou, em julho passado, denúncia do Ministério Público contra os irmãos Rômulo e Ronaldo Maiorana por crime contra o sistema financeiro, acusados pelo desvio de R$ 4 milhões da antiga Sudam, entre anos 1995 e 1997.
A virulência dos ataques sinaliza que as escaramuças tendem a prosseguir e, inclusive, aumentar o teor ofensivo dos petardos disparados mutuamente, pelo menos até que seja conhecido o resultado do segundo turno em Belém. Aí, quem sabe, poderá sobrevir um armistício entre os cada dia mais estressados barões da imprensa paraense. Ou não.

Fora da Lista

Ficou um pouco mais magra a lista de assessores especiais da governadora, com a demissão de trinta elementos vinculados aos deputados do G-10. Vem mais por aí.

19.10.08

Depois de Berlim, Nova York

Por Mino Carta.

Gostaria que os tempos fossem bem menos propícios para os especuladores do que para os economistas. Convém escolher com cuidado os vilões. Creio que a lista tenha de começar pelos grandes sacerdotes da religião do deus mercado. Está na moda dizer que os economistas falharam sinistramente nas suas análises. Nem todos.
Indispensável é reservar um capítulo especial para os jornalistas que no Brasil deitam falação sobre economia no vídeo e nas páginas impressas. Nos últimos anos atingiram um grau de prosopopéia nunca dantes navegado. CartaCapital orgulha-se de veicular nesta edição uma sugestão de Nirlando Beirão na sua seção Estilo: que as senhoras e os senhores acima tirem longas férias. E por que não, digo eu, aposentá-los?
Há os vigários e há quem caiu em seu conto. A crise pune os crédulos com ferocidade. Sabemos de antemão que muitos entre os vendedores de fumaça sairão incólumes da monumental enrascada. Como indivíduos, ao menos. E assim caminha a humanidade. Resta o fato, contudo: mais um muro ruiu. O outro muro. Wall em língua inglesa, idioma do império.
Quando o Muro de Berlim caiu debaixo das picaretas libertadoras, há 19 anos, proclamou-se o fracasso do chamado socialismo real. Agora cai o wall nova-iorquino e se busca, em desespero, a reestruturação de um Estado forte depois da ola global das privatizações. Quem fracassa no caso? No mínimo, o capitalismo neoliberal.
Na queda de Berlim, soçobra a URSS. E na queda de Nova York? O império de Tio Sam, descalço, exibe os pés de argila. Dezenove anos atrás não faltou quem, enquanto esfregava as mãos de puro contentamento, decretasse o fim das ideologias, como se não houvesse mais espaço para as idéias. E agora, que dizer? Que o neoliberalismo foi jogada do acaso, despida do apoio de qualquer idéia? Se for assim, concluiremos que resultou de uma soberba insensatez. O que, de alguma forma, faz algum sentido. O monstro criado virou-se contra os criadores. Talvez não passassem de aprendizes de mágico: conhecem o abracadabra desencadeador, mas não sabem pôr fim à magia desastrada.
Falemos do pretenso fim da ideologia. Quem sustenta mostra seus limites. Gostaria de dizer, porém, que antes ainda da idéia vem a ética. É por aí que se abre a chance de sair da selva e escapar às suas leis. É possível o ser ético em um mundo que acentua as desigualdades? Ou aceitar a miséria, a doença, a fome, a degradação humana como coisas da vida?
Cada qual faça suas escolhas ideológicas. Para ficar no campo da economia política, que seja marxista, keynesiano, schumpeteriano etc. etc., desde que o propósito não se limite à garantia da liberdade e busque a igualdade sem o temor do anátema dos donos do poder, que o pretenderá subversivo, terrorista, comunista e por aí afora.
A liberdade sem igualdade tem valor escasso e limites escancarados. Quando, no caso do endeusamento do mercado, não se torna, automaticamente, fator decisivo da desigualdade. Em detrimento do gênero humano em peso. A lição nunca foi tão atual.

Fraudador "Honoris Causa"

Renomado especialista em fraudes de toda sorte, O Liberal entra novamente de quatro patas na sucessão da UFPA acusando a gestão atual da instituição de perseguição aos simpatizantes da candidatura do professor Carlos Maneschy.
Como nas ocasiões anteriores, não pode provar o que afirma.
A pocilga perdeu todas que disputou com o reitor. Todas.
Por essas, e muitas outras, o covil impresso caminha célere para a merecida derrocada.

18.10.08

Mesa de Bar

Os diretores das campanhas de Valéria/DEM ( Orly Bezerra), Duciomar Costa/PTB ( Glauco Lima), Mário Cardoso/PT, ( Cassim Jordy) e Pirante/PMDB ( Walter Jr.) estavam na mesma mesa ontem, num espetinho na Doca. Tava também o repórter Ronaldo Brasiliense.
Imagina o que não falaram de estórias.

Crista Alta

O IBOPE/Nariguda registrou uma pesquisa no cartório eleitoral da capital. Mas cancelou o pedido. Estranho, né?
A folha sobrancelhuda tem um Vox contratado, e não disparou. Estranho, né?
A turma de Pirante está galuda, afirmando que levou a eleição.
Será?

Do Jeito Que Eu Gosto

No blog do Bacana.

O deputado federal Wladimir Costa está preparando o lançamento da marca de perfumes Wlass.
Tipo Avon, Natura.
Coisa grande. E cheirosa.

A Grana Tá Sumindo

As campanhas começam a sentir a falta de recursos. Ontem, numa reunião entre o candidato do PMDB e seu marketeiro, WalterJr., foram decididas agumas alterações no programa. Pirante, aliás, ficou 24 horas fora do ar, cumprindo penalty do TRE relativo à infrações ainda no 1° turno.
Mas a parada está mais séria pros lados do falsário. Por muito pouco, um motim entre os funcionários contratados pela produtora não tirou o programa de ontem do ar.
É que eles tem receio de não receber a última parcela da campanha.

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Marcou um ponto positivo o programa do falsário com as passagens de vídeo da experiente repórter Célia Pinho.

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Atualizada às 10:30.

O programa de Duciomar de ontem foi uma reprise. Segue a crise.

Erramos

Em atencioso e.mail ao poster, o professor Venício Lima, que pesquisou as fontes de informação dos jornalistas brasileiros no post Quem Faz a Cabeça dos Coleguinhas, corrige a informação: ele nunca foi docente da UFSM. Ele é professor aposentado da UnB, embora mantenha vínculo formal com o Núcleo de Estudos em Mídia e Política, NEMP-UnB.

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Assisti uma palestra do professor Venício numa reunião anual da Anpocs em1996, ao lado do professor Marcos Figueiredo, do IUPERJ, co-orientador da tese de doutorado de minha companheira, por coincidência titular da disciplina Mídia e Política no programa de mestrado em Ciência Política que realizo na UFPA.

17.10.08

Xô, Peru


No blog do delegado Protógenes ( com imagens do blog do Paulo Henrique Amorim)

“Peruada”
O Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco -SP, convida todos os brasileiros e internautas a participarem da manifestação estudantil com o tema eleito:
"MEU PERU NUNCA É PRESO COM HABEAS CORPUS SAI ILESO".
Local e concentração inicial: Largo do Paisandu, centro , São Paulo - dia 17/10/2008 - as 8:00 hs.
Obs.: A manifestação percorrerá as ruas do centro histórico da cidade de São Paulo, com uma parada do carro de som em frente a Câmara Municipal de São Paulo e encerra no Largo São Francisco, Centro, São Paulo.

Telebronca

No blog do Bogéa.

Está na mão do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, em Belém, pedido de impugnação de edital do Detran para a contratação de empresa de telemarketing. O documento é carregado de brechas direcionadas a beneficiar empresa com forte ligação e influência de gente do órgão de transito do Estado.
O blog, conforme antecipou, está monitorando tudo. A coisa é de tal envergadura que pode se transformar em escândalo no governo Ana Júlia.

São Francisco da Rocha

O STF suspendeu as liminares que obrigavam a governadora Ana Júlia dar um jeito nas cadeias paraenses e o Procurador Geral de Justiça, Geraldo Rocha, não recorreu. Quieto, negociaria melhor a efetivação dos novos promotores que aguardavam chamada. Enquanto isso, licenciou-se do cargo para concorrer à tri-reeleição. Assumiu o Procurador Pedro Pereira da Silva, o mais antigo do MPE.

A Prosa e o Verbo

Na coluna Repórter Diário, edição de hoje da folha sobrancelhuda, a propósito das relações entre o governo do Pará e a folha nariguda.

"Aliás, mais uma vez, abriram as portas dos cofres do governo"

O pretérito mais que perfeito do indicativo - abriram - não esconde o alvo: a governadora Ana Julia. Usando o futuro do pretérito do indicativo, não custaria nada ao secretário de Comunicação, Fábio Castro, perguntar ao Diário por que o cofre pode ser aberto para um e fechado para o outro.
Ou isso é particípio passado?
Fala, Fábio, no imperativo afirmativo.

Bêco Sem Saída

Um horror o debate da TV RBA. Não dá pra dizer quem ganhou - talvez o falsário tenha se saído um pouco melhor em razão da prepotência medular de Pirante- mas é possível afirmar, com margem de erro zero, quem perdeu: a cidade.
Quem sabe ela aprende a lição, depois de viver mais quatro anos no bêco?

Direito Fundamental

Nunca se falou tanto em voto nulo na cidade de Nova Déli.
O poster entende tal sentimento, antes de tudo, como reação do eleitor frente a obrigatoriedade do voto. Afinal, ninguém pode ser obrigado a fazer o que não quer, muito menos com quem não se quer.

Barcarena na Mira do TCU

Movido pelo bamboleante deputado federal Wladimir Costa, do PMDB, o TCU vai investigar os recursos federais utilizados na gestão de Laurivalzinho Arapariu Cunha, em Barcarena, cidade de quase 100 mil habitantes a 63 km de Nova Déli.
Em janeiro o prefeito deixa o cargo depois de oito anos sem ter nenhuma prestação de contas de seus dois mandatos julgadas pela fantasmagoria que é este TCM paroara, submerso em acusações de nepotismo e corrupção.
Se o TCU cavucar direitinho vai encontrar coisas incríveis, tipo uma conta da prefeitura numa agência do Banco do Brasil no município da Vigia, a 200 km de distância, ou valores astronômicos na conta de óleo diesel. Tem mês que teriam sido gastos mais de R$ 2 milhões em combustível.
Sob acusações de compra de votos, com flagrante de distribuição de cestas básicas e tudo o mais, o prefeito elegeu seu sucessor, João Carlos, indiciado no inquérito que apura o incêndio no Forum de Barcarena, ocorrido após as eleições de 2000.
Laurivalzinho, o prefeito investigado, é irmão da deputada Ana Cunha (PSDB/G-10).

Avermelhando

Tá faltando apenas o vento pro PT botar o bloco na rua, coisa que deve ser resolvida neste final de semana. Sim, porque sem dinheiro o PT já não levanta mais bandeira alguma. Uma reunião do diretório municipal na quarta feira decidiu a parada. Só uma pequena parte do partido não vai atrás do bloco: fica trabalhando, no governo do estado.

Pé no Freio

Se tiver um pouquinho de atenção com as contas públicas, o governo do Pará deverá chamar o presidente da AL, o ultra processado Domingos Juvenil (PMDB), e dizer-lhe que não há recursos para a construção da nova e dispensável sede do Poder. Ou que há coisa melhor e mais urgente pra se fazer com ele.

Disputa Pela Mesa

Fonte vermelha do blog, bem instalada no Palácio dos Despachos, atribui à disputa dos peemedebistas Domingos Juvenil "versus" Martinho Carmona pela presidência da Assembléia, o resultado da votação que preteriu o deputado Luis Cunha (PDT) para o TCM, e não às promoções ao coronelato da PM, como informou o post Lá e Cá, de ontem.

Agência Canudinho

Duas acusações de plágio agitam o mercado publicitário paroara. A publicitária Renata Segtowick teve uma peça de 2007 chupada este ano pela agência C8. O anunciante é a empresa de concursos Exemplo.
Detalhes aqui, no Pó de Vídeo, ou aqui, no blog Oportunidades Belém, onde a C8 - de novo?! - chupa outra arte, da agência Dahás, numa peça de 2007. Nesta, o cliente é a própria C8.

16.10.08

Tchau, Ambiental!

Os programas eleitorais mentem, e não mentem.
A campanha de Duciomar McCain Costa faz água por todos os lados.

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O computador do poster entra em manutenção a partir de agora.
Voltamos amanhã.

Em Chamas

Enquanto garçons desfilam com resplandecentes bandejas, repletas de sofisticadas guloseimas nas sessões do Pleno do TJ paroara, o populacho, reagindo a qualquer solavanco em cidades do interior, dirige-se aos foruns para incendiá-los.
Barcarena, Vizeu, Goianésia,Tomé Açu e tantas mais.
Ora, tem alguma coisa errada aí. Nas ruas e nas bandejas.
Sabe o que é? Não há um incendiário sequer na cadeia, e nenhum desembargador sem bandeja.
Bancamos nos, a reconstrução dos foruns e as pantagruélicas merendas de suas excelências.

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Linomar Baía, assessor de site do TJE, tenha a bondade de informar aos leitores do blog quanto estamos gastando com estas, digamos, bandejas. Mande também, por fineza, a especificação dos itens que podem ser degustados na merenda da Corte.

Sorria, Saúde

O vereador eleito Fernando Dourado (DEM) é Pirante desde criancinha.

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Atualizada às 9:00

Embora se assinando como anônimo, o vereador eleito Fernando Dourado (DEM), rápido, curioso e bem humorado, desmente a nota acima.

Ao senhor que além de jornalista conhece bem os bastidores de uma campanha eleitoral, pois, inclusive, já participou, até mesmo, da operacionalização de muitas delas e, ainda, em respeito aos mais de 4.400 eleitores que confiaram em meu trabalho, ao contrário de meia dúzia de donos de jornais (será que são jornais mesmos)e outros menos aquinhoados que adoram usar meu nome indevidamente, bem como, pela condição que obriga um homem público a se manifestar diante de situações públicas, informo que, não participei de nenhuma reunião ou almoço com qualquer um dos atuais candidatos a Prefeito de Belém, nem mesmo, pretendo fazê-lo, e muito menos pretendo apoiar a qualquer um deles, pois, considero que, por vontade popular (ainda, que eivada de suspeitos acontecimentos) minha opção para Prefeita desta cidade (Valéria)já está fora da disputa, ainda que, tendo obtido quase 100 mil votos, sem dúvida um grande reconhecimento de nosso povo ao trabalho de nosso grupo e a certeza de que eu não estava só em minhas pretensões. Aliás, acho que até você está no meio desses cem mil. Ou não? Oh, desculpe, me esqueci que o voto é secreto. Como vereador e em respeito a vontade popular terei que conviver com o vencedor procurando orientá-lo nas ações públicas de interesse da população, além, de fiscalizar sua performance procurando minimizar os prejuízos que continuo acreditando nosssa população terá por não ter escolhido melhor seus governantes. Essa será minha obrigação e devoção no exercício de meu cargo.