1.12.06

O Palácio

( Imagem do Palácio de Versailles, no dia da assinatura dos Termos de Paz, em junho de1919 - Foto do US National Archives)


O novo prédio do Tribunal de Justiça do Estado custou 32 milhões de reais aos cofres públicos. O governo do Estado, proprietário do imóvel, entrou com R$ 17,5 milhões para bancar a restauração do antigo colégio Lauro Sodré, uma suntuosa construção que ficou com sua feição definitiva no início do século XX, sem uso há vários anos.
A parte do judiciário na obra foi de R$ 13 milhões, usados para levantar um prédio anexo, que completou os 37 mil metros quadrados de área construída a serviço da cúpula do poder judiciário paraense.

Leia na íntegra aqui o artigo da mais nova edição do Jornal Pessoal, do jornalista Lucio Flavio Pinto, que já circula desde cedo em Santarém nas páginas do Estado do Tapajós, que hoje estréia uma nova tipologia de letras na capa.


7 comentários:

Itajaí disse...

O Lauro Sodré está salvo de virar entulho de construção. Porém, o outro lado da história do seu salvamento é que o governo tucano não criou nenhuma instituição de ensino que o substituísse em número de salas de aula, fosse para ao menos manter o equilíbrio do que deixou de existir quando ruiu, fosse quando a ele foi conferido outro papel social.
Trata-se, portanto, de luminoso exemplo do modo tucano de governar.

Unknown disse...

Bom dia compadre.
O comentário joga luzes nos dois lados da questão.
Preserva-se um prédio histórico - embora com alterações em seu interior, adequando-as às novas funções - mas distancia-se de suas finalidades originais:a escola, o ensino.
Nada contra a Justiça paraense melhorar suas condições materiais de funcionamento.
Merece e precisava, sem dúvida.
Mas o patrimonio público poderia ter sido acrescido de outro ediício,mais apropriado ao funcionamnto dos gabinetes dos desembargadores.
Bom almoço.

Anônimo disse...

A suntuosidade do predio revela a importancia q se dá a sua função.
Bons tempos aqueles em q se dava importancia à educação.
Só um Dracy Ribeiro ressucitado, faria a mesma reforma, para abrigar uma instituição de ensino.

Itajaí disse...

E quem diria, naquele momento, que esses senhores da foto construiam o ante-ato de uma das piores tragédias da Humanidade:a Segunda Guerra Mundial.

Anônimo disse...

8 x 23 disse...

A bem da verdade: foi, sim, construída e inaugurada no apagar das luzes do segundo governo de Almir Gabriel, em dezembro de 2002, uma escola para substituir o "Lauro Sodré", quando o prédio deixou de ser escola por causa daquele incidente com a queda de uma parte do telhado. Tem até o mesmo nome: "Lauro Sodré", um prédio bem moderno, grande, alí mesmo no Marco, numa das transversais entre Marquês e Duque. Como fica meio-escondido, pouca gente conhece.
Agora, Juca, é preciso ir conhecer o "Casarão". Na minha opinião a adaptação não poderia ser melhor. Deu para restaurar àquele belo prédio e introduzir toda a modernidade necessária para o perfeito funcionamento da Justiça. Vamos torcer para que ela funcione a contento e atenda, com justiça, às necessidades dos pobres cristãos...

Anônimo disse...

Juca tu que é um camarada "pai d'egua" me diga: esses predios santuosos é para afugentar o povo, não é? Acredito que o cidadão fica até assustado com tanta opolencia!

Anônimo disse...

A arquitetura nazista, bem como a do colonizador, impôe altas escadarias de acesso ao edifício, para dar a sensação de algo que está acima do homem comum. Tem que ter aspecto sólido, estável, para dar a sensação de algo perpétuo e imutável no seu poder: vira ruína, mas não se desestabiliza,nem acaba, assim como as pirâmides do Egito.
O arquiteto Oscar Niemeyer na sua arquitetura moderna e democrática reagiu, contra essa arquitetura da opressão, criando os palácios de Brasília sem escadarias, mas com passarelas sobre as águas, no caso da Itamaratí; com rampas leves, no caso do Congresso e do Planalto; sem nada, com acesso direto,(viu senhores desembargadores?) no caso da Justiça e do Alvorada. Com relação ao aspecto, nada de sólido, ou estável,ou perpétuo, as colunas tocam o chão de leve, num ponto; ou estão flutuando sobre lagos; os edifícios com aspecto totalmente instáveis, como no caso do Senado, que é uma cuia assentada sobre um plano, se alguém se encostar, dá a sensação de se mexer.
Essa arquitetura, tão querida do povo brasileiro, encarna a vontade do povo, escravizado e colonizado, por tantos e tantos anos, de voar, se desprender do solo e alcançar alturas nunca atingidas.
Viva o Brasil!