Nem a propósito. Postei na terça 18, que a cada 50 pesquisas com margem de erro de 2% ,uma poderia estar errada.
Mesmo que todos seus procedimentos técnicos tenham sido seguidos à risca.
E não é que aconteceu?
Na véspera o placar era de 10 pontos a favor do Não.
As urnas disseram que são 28 pontos de diferença.
Pode ser que o eleitor tenha achado que o SIM era o politicamente correto, e não respondeu corretamente. Enrustiu.
Pode ter rolado, na reta final, aquele famoso efeito do “voto em quem vai ganhar.” Acontece mais nas classes C e D, numerosas.
Pode ser que no fundo o brasileiro seja conservador.
Pode ser que o eleitor tenha percebido que esse plebiscito não estava no lugar certo, na hora certa, aumentando o voto do Não.
Pode ser que o plebiscito tenha nuances diferenciados da eleição comum, e os instrumentos de pesquisa não as perceberam.
Pode ser que a questão da segurança pública seja muito mais íntima, primitiva como (diz) Roberto Jefferson, do que imagina a vã filosofia.
Pode ser que o marketing do SIM tenha piscado na hora errada.
Pode ser que a curva de intenção de votos do SIM tenha empinado com velocidade, nas últimas 48 horas, reafirmando a máxima do “quem sobe não pára de subir”. Que onda!
Pode ser que tenha acontecido tudo isso junto. Pode ser.
O certo mesmo é o seguinte: a “pesquisa 50” estava errada.
Mas as pesquisas não erram. Quem garante é a margem de erro.
Viram como é certo?
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