17.10.05

Homem Centenário. Obra Imortal

Lá pelos idos dos 60’s, uma livraria se destacava na paisagem intelectual de Belém. Chamava-se Dom Quixote e pertencia a uma curiosa sociedade: o escritor Haroldo Maranhão e o ex senador Juvêncio Dias.
Com o apoio do escritor e filósofo Benedito Nunes, à unamidade o maior intelectual paraense em atividade, os livreiros pegaram uma carona da passagem de Jean Paul Sartre pelo Brasil trazendo-o, Simone de Beauvoir a cotê, até Belém.
Deixo que Bené Nunes conte a história e as repercussões acadêmicas e políticas dos cinco dias em que se demoraram na cidade, alertando para a sutileza de seus comentários.
Mas acrescento alguns que detalhes que Bené não revelou.
Sartre já não exibia o brilho do filósofo inexpugnável de antes, tinha um ar alquebrado e Simone, além de não despertar muita simpatia, não seria exatamente o que poderia se chamar, sem sutileza, de uma mulher cheirosa.
Essas observações me foram passadas há poucos dias, quando comentava com Juvêncio a mesa redonda que comemorou o centenário do nascimento do filósofo existencialista.
Juca, meu querido tio, pouco entende de filosofia, mas é um profundo conhecedor da existência humana e, por acaso, um excelente médico otorrinolaringologista. Uma boa fonte, n'est-ce pas?Ta vendo como Sartre tinha razão? O inferno são os outros

4 comentários:

Lívia Condurú disse...

Sim, agora eu estou blogada. Visite a minha inicial tentativa. Quem sabe eu não permanece batalhando contra as palavras.
Até. um bjo.

Jana disse...

Aqui em Vitória também tivemos, em tempos idos, uma bela livraria chamada Dom Quixote. Sucumbiu, junto com as lojas de discos, que também foram substituídas pela maldita Laser... Nostalgias literárias e musicais... Beijos.

Anônimo disse...

J,nostalgias né? Não seriam as pás do moinho as folhas por onde hoje nos escrevemos,todos nos,uns para os outros,os que gostamos da palavra ..e da memória?Valeu a lembrança...D.Quixote,500 anos,boa pauta...rs.Bjs.

Anônimo disse...

O senador Juvencio Dias leu o blog e pediu que registrasse um crédito.As passagens do casal foram custeadas pelo jornal Folha do Norte,de propriedade de João maranhão,pai de Haroldo.