28.3.06

Ouçam!

Essa é uma história de amor por Belém.
É uma lição de cidadania. Fala por um milhão de almas que moram aqui.
E não aguentam mais o barulho, a violência, a frouxura, e a negociação sob o abafa.
A Câmara reúne, de fato, um número surpreendente de adeptos das aparelhagens.
E, mais grave, da cachaça.
Um e.mail de Rejane Bastos, presidente da Associação dos Amigos do Silêncio, para o filho do vereador que apresentou o projeto que disciplina a questão.

Prezado Nehemias Junior

Estava escrevendo uma mensagem e deu um problema,não sei se chegou uma parte,se não chegou eu dizia:Do jeito que as coisas foram e estão sendo conduzidas,fica impossível levar alguém ao plenário,até porque,as pessoas trabalham e estudam,não podem perder as manhãs nisso.
Quem espera pela Lei,não é uma minoria articulada,que pode ser levada para qualquer lugar a qualquer hora,de forma ensaiada.Trata-se do conjunto da sociedade,que tem suas obrigações.
Seu pai está correndo o risco,de gravar o nome na Lei "Samba do Crioulo Doido II",confusa e ineficaz.
Essas emendas causam confusão e acabarão por legitimar a baderna,com respaldo legal.
A emenda da Vanessa por exemplo,é muito infeliz,pois,está dando direito ao sujeito de fazer barulho em postos.Os 65 decibíes são muito altos,além do mais,existe uma Lei Federal que regula isso.
E por aí vai.
Quando aceitei participar do processo,não imaginava o quanto a maioria dos vereadores está voltada apenas para suas bases e alguns apenas para seus umbigos.O bem estar social passa ao largo.
Parabenizo seu pai pela iniciativa,mostrou sensibilidade ao se preocupar com a sociedade como um todo,mas infelizmente,vou torcer contra esse Frankstein que estão costurando,pois,
dificilmente a polícia vai ter condições de agir de maneira eficaz diante de tanta confusão:dia tal,até tal hora,no posto,barulho até tantos decibéis.
Sinceramente,fiquei preocupada.Estamos perdendo uma grande oportunidade,a CF no art 30,incisos I e II e a Súmula 645 do Supremo,ratificam o poder Municipal de regular o horário de funcionamento do comércio,estamos jogando fora a oportunidade de organizar Belém.

sds

Rejane Bastos

2 comentários:

Jota Ninos disse...

Juventy,

Incrível como nossos representantes tomaram as dores dos donos de bares. Assim como em Belém, aqui em Santarém também está em processo de discussão uma lei municipal que vai contra a resolução da polícia civil. Você pode até acompanhar as notícias da Câmara local no blog do assessor de imprensa da Câmara Municipal (www.ruineri.blogspot.com).
O delegado regional de polícia civil, Carlos Mota, tem declarado por aqui que a lei que está em debate vai causar problemas à polícia para cumprir a resolução.
Valha-nos quem?

Unknown disse...

Espere só até saírem as primeiras pesquisas de opinião sobra o assunto.Duvido se esses "nossos representantes" não vão ver o quaão pouco nos representam.
E vou verificar as novidades no blog do Rui Néri´.
Mas, preliminarmente, convém ouvir com atenção o delegado Mota.Se ele será o responsável pela fiscalização,pô, ele tem que ser ouvido.
Temos que nos valer de nos mesmos.Ainda acredito que essa parada não tá resolvida.Acho que ainda teremos surpresas por aí.
Abraço,Grego.