9.1.07

Educação Correta

“Como educador não posso admitir que exista um setor criado para ameaçar e punir os servidores”. A proposta é estabelecer um departamento com psicólogos, assistentes sociais e advogados, voltados a ouvir o servidor e buscar soluções para seus problemas.

(Trecho de release da Assessoria de Imprensa da Seduc)

A frase, do novo secretário de Educação do Pará, Mário Cardoso, referindo-se à extinção da Corregedoria da secretaria é, no mínimo, polêmica.
Primeiro porque sugere um equívoco com a finalidade da Corregedoria, que não é a de resolver problemas de funcionários, senão os que eles causam.
Segundo que a função de uma corregedoria não é ameaçar. Se assim estava procedendo, era só recolocar nos trilhos.
Terceiro pela quantidade, magnitude, diversidade e longevidade dos abusos e sacanagens lá cometidas, não necessáriamente pedagógicos.
Em quarto lugar, pela natureza sabidamente profilática de setores de controle e correição, que existem aonde quer que se tenha lei, e se queira manter respeito, com os recursos públicos e com projetos de trabalho, não necessáriamente pedagógicos.
Em quinto, é o tipo da frase que um gestor público jamais deveria pronunciar, pois mostra uma escolha, uma preferencia, no caso pelos servidores, em detrimento do público demandante, da população, da sociedade.
Que estória é essa de servidor não poder ser punido?
Então continuasse professor, e não gestor, pô!
Professor Mário, é o seguinte: errou, tem que consertar, não interessa se é professor ou não.
Aliás, quem ensina deveria errar menos, para ensinar melhor.
E a Corregedoria deveria ajudar, e não ser extinta.
Mas todo mundo se enche de dedos quando aborda o tema, ora ora...

22 comentários:

Anônimo disse...

O Mário é um cara sério mas já começou o jogo corporativista do PT esquecendo que mais importante que o funcionário é o aluno. Corregedoria no Mário.

Unknown disse...

Mério é sério , preparado, e muito civilizado.Mas precisa esquecer a condição de sindicalista, e assumir a condição de secretário de Estado.

Anônimo disse...

Opinião pessoal: A instituição Corregedoria devria ser uma política de estado, independente de governo. Essa é uma boa oportunidade para um debate governo-sociedade. Acho que várias pessoas dessa gestão topam!!
Um grande abraço,

Anônimo disse...

Juvêncio,

Parabéns pela sua lúcida análise. O professor Mário está com a visão embaçada. Não o conheço. Pode ser um bom professor, mas como secretário, iniciou um ciclo de merdas.

Anônimo disse...

Corregedoria para quem precisa de correição.
Pedagogia para quem precisa de pedagogia.
E vergonha na cara para quem precisa de vergonha na cara.
Não é mesmo, professor Mário.

Unknown disse...

Concordo com voce, caríssimo.
E acho que este governo tem todas as condições para abrir o debate.
As pessoas que topam chamam as que relutam,e assim a anda a roda.
È o processo.Vamos a ele.
Grande abraço prá voce, e apareça sempre que puder.

Unknown disse...

Anonimos das 9:20 e 9:21.
Não há a menor necesidade de pesar a mão.Mário Cardoso tem todas as condições de discutir a questão com a civilidade subtraída pela impaciência dos dois últimos comentaristas.

Anônimo disse...

Psiu, dê uma escutadinha nos bastidores da Rádio Cultura...
O "aparelhamento" (e não é o de equipamentos novos, não)também já chegou por lá.
Triste, muito triste.

Anônimo disse...

Acho que a questão passa também pela visão da Assessoria de Comunicação do Secretário. A frase está até em coluna social, como se fosse um grande mérito. Uma grande sacada. O tiro saiu pela culatra. O que importa ser divulgado são as ações, os resultados. As impressões ficam para serem analisadas no gabinete. É preciso ter cuidado com as palavras.

Anônimo disse...

Mário Cardoso é um bom nome para secretário da SEDUC, mas realmente extinguir a Corregedoria foi, no mínimo, um ato preciptado. Trata-se de um órgão (ou Unidade), de certa forma, de controle interno, junto com a Auditoria, Ouvidoria, e até mesmo o Tribunal de Contas. Deveria analisar mais o papel da corregedoria. Todo governo sério institui esse mecanismo, que, como já disseram, não se trata de Unidade punitiva, inquisidora, mas de fiscalizador e aplicador de penas ao servidor que comete irregularidades, qual o problema. Se a atual composiçao e comportamente da Corregedoria estava equivocada, então que se reestruture, mas extinguir ...

Anônimo disse...

Em defesa dos anônimos das 9:20 e 9:21.
A mão até que foi levíssima, caro Juvêncio Arruda.
Bem mais leve do que os discursos que o professor Mário fazia na assembléia acusando a esmo integrantes da então situação.
Tão leve que nem se compara ao silêncio contra o nepotismo no atual governo, que o professor Mário, tão ativo e combativo, esqueceu de denunciar.

Anônimo disse...

É a velha hipocrisia petista. Na campanha, bravata. já com a caneta...

Anônimo disse...

Prof. Mário, não faça vergonha para o papai!..

Anônimo disse...

O Mário Cardoso esquece que todo órgão público vem criando três novos setores fundamentais para a gestão pública: Corregedoria, Controladoria e Ouvidoria.

A Corregedoria não foi feita para punir e sim para apurar e averiguar “eventuais irregularidades”. Quem pune é o Processo Administrativo Disciplinar - PAD.

Tanto é assim que o Governo Lula resolveu reforçar a Corregedoria criada no governo FHC.

Esse outro órgão “um lugar de atendimento ao funcionário, com psicólogos, assistentes sociais e advogados” pode ter outro nome, menos de corregedoria.

Salutar a medida do professor Mário para criar um mais um espaço de atendimento aos servidores da SEDUC, mas lamentável a extinção da corregedoria.
Isso é falta de Assessoria Jurídica competente.

Anônimo disse...

O ato (na minha opinião equivocadíssimo) do secretário ainda não foi posto em prática. Acho que a sociedade deveria se manifestar e evitar essa barbaridade.

Anônimo disse...

O ato equivocado do novo secretário ainda pode ser evitado. Cabe às pessoas de bom senso se manifestar contra essa barbaridade!

Anônimo disse...

Ao anônimo das 11:07,

Vc poderia ser mais claro quanto ao "nepotismo"? Afinal, vc está anônimo mesmo...

Anônimo disse...

post by O Normal
Normal o Mário Cardoso se preocupar com a valorização dos servidores. Mas será que é normal que com o fim da Corregedoria aumentem os casos de corrupção.

Anônimo disse...

do Anônimo das 10:20 PM.

esqueci de assinar, mas meu nome é Newton Pereira. Não faço comentário anônimo, sempre assino minha opinião.

Anônimo disse...

Coluna do Guilherme Augusto de hoje(11/01):
Ah, bom!
A Secretaria de Educação, por meio de sua assessoria, esclarece ao leitor Newton Pereira, que fez críticas ontem aqui à decisão de se extinguir a Corregedoria do órgão, que houve “equívoco” da Seduc na divulgação da nota sobre a medida.

Troca-troca
De acordo com a Seduc, a determinação do secretário Mário Cardoso, “por sinal muito aplaudida pelos servidores, tem como proposta, de fato, transformar através de decreto da governadora, a Corregedoria em Ouvidoria, já que nos últimos anos, o setor teve o caráter meramente punitivo”.

Anônimo disse...

Muito boa a decisão do Secretário de Educação em esclarecer a nota sobre a extinção da Corregedoria e louvável a instalação da Ouvidoria.

Anônimo disse...

O que está em volga é o método de atuação de uma instância apuradora dos "desvios" cometidos pelos eduacadores/servidores, seja ela corregedoria, ouvidoria... Pois tal discussão perpassa pela extintinção ou transformação em outra instância, enfim. Contudo pressupõe um debate com os setores internos da Secretaria e com a sociedade. Tal instância, antes de ser uma emanadora de atos punitivos, deve ser preventiva, impulsionadora de politicas de educação inovadoras, participativa. Que transforme a triste feição de abandono que os educadores e servidores deste estado foram submetidos.