É anacrônica e ridícula a postura de parlamentares que culpam a imprensa pela rejeição da opinião púbica ao festival de convocações extraordinárias Brasil afora.
Mostra que eles acham que seu voluntarismo é o suficiente para conferir legitimidade às suas ações, deixando-os a um palmo da truculência.
Indica certa esperteza ao atribuir a culpa à “imprensa” sem falar em “empresa”, apesar de suas semelhanças ultrapassarem os limites da grafia, esquecendo, por conveniente, de dizer que um terço do Congresso é ligado às empresas de comunicação.
O ridículo fica por conta da tentativa de desconsiderar o inegável poder de escuta, percepção, e previsão que a comunicação tem em relação à dinâmica social.
Os parlamentares querem culpar a janela, pela paisagem.
Ora, contem outra! Até porque suas excelencias sentiram sim,no fígado, a reação da opinião pública.
3 comentários:
Como eu odeio política e acabo não me informando, preciso de uma explicação. O que vc quer dizer com "um terço do Congresso é ligado às empresas de comunicação"?
Olá, Françoise.
Quero dizer que aproximadamente 150 congressistas são acionistas ,abertos ou não,de concessões públicas de veículos de comunicação.
Hove até o caso do ex deputado Sérgio naya,aquele do Palace II,no Rio,que detinhauma concessão de uma TV Cultura no sul de Minas.
Há outros que,via contratos de gaveta,tb possuem concessões.isto sem contar meios que não são concessões públicas,como jornais mas que,como sabemos,exercem considerável influencia junto a opinião púbica.
Adorei os mouses.r
Fran,e todos os interessados em políticos donos de veículisde comunicação,na modalidade rádio e tv.
Um excelente artigo que se reporta à Bahia está aqui:
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=361IPB002
E as listas com os mais visíveis estão aqui:
http://www.mc.gov.br/rtv/licitacao/controle.htm
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