Da lavra de Pedro Dória, do blog de nominimo.
O artigo é interessante pois mostra os escanhinhos de uma cultura muito peculiar à comunidade científica, que precisa viver longe do consenso. E essa vivência implica em tolerância, desarmamento e apêgo ao contraditório, elementos fundamentais à atividade científica.
Sem perder de vista, entretanto, as regras básicas da convivência, da renúncia, do reconhecimento dos erros. E o mais distante possível da política, partidária, bem entendido.
Sayed Rahmatullah Hashemi, vice-ministro de Relações Exteriores do Talibã, é aluno da prestigiosa Universidade de Yale. A convite.
“De certa forma”, ele declarou ao “New York Times”, “sou a pessoa mais sortuda do mundo. Poderia terminar em Guantánamo, mas fui parar em Yale.”
É a mesma universidade na qual estudou o atual presidente, George W. Bush.
Desde que o “Times” divulgou a história, uma onda de indignação tomou os EUA. Ex-alunos da universidade começaram uma campanha give Yale the finger – mostre o dedo para Yale – com adesivos representando o levantar do dedo médio.
O visto de estudante, no entanto, foi cortesia do Departamento de Estado. A Universidade diz que há muito o que aprender com o ex-ministro; assim como ele tem muito a conhecer sobre os EUA.
Hashemi era membro do Talibã que viajava para os EUA quando havia necessidade da presença de alguém para conversas. Da última vez, em meados de 2001, negou em visita à redação do “Wall Street Journal” que Osama bin Laden fosse um terrorista.
Sua presença, como ex-membro de um governo particularmente retrógrado e agressivo, é polêmica no país.
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