Amiga do blog, filha da terra há décadas morando longe de Nova Déli, conta sua decepção com a nova administração do São José Liberto, um dos mais relevantes equipamentos de turismo e cultura da cidade, e pólo de comercialização do setor joalheiro do estado.
Além da retirada dos painéis de informações da Capela, emocionantes segundo ela, as jóias apresentadas atualmente estão perdendo o conteúdo regional, o traço amazônico, diferencial do pólo.
"O que está lá agora, Juca, não cairia bem nem no mostruário da Romanell", avalia a fonte.
4 comentários:
Hey,Juva, gostaria de sugerir à sua amiga que, juntamente com a OS-Organização Social, que administrou o São José Liberto, nos governos Almir e Jatena, e deixou um rombo (ou u) de milhões para nós pagarmos, abrisse uma loja diferenciada aquí em Nova Deli, com joias com conteúdo regional e traço amazônico, auto sustentável, com dinheiro próprio e não público, evitando, dessa forma, causar mais decepção em outros moradores das nossas longinquas e além mar, Metrópoles, que de vez em quando aportam por aquí.
Vou fazer isso.
Mas acredito que espaços públicos podem se administrados com honestidade...e inventiva.
Romanell não.
Saia dessa,meu caro.
Estou discutindo o espaço público e não quem "toma conta" agora, ou se vê como o "pai" dele.
Inteligência não precisa "aportar por aqui".
Se foi essa a intenção, agora entendo porque de boas intenções o inferno está cheio.
Juca,
Me sinto na obrigação e até mesmo desabafo falar de algumas coisas que passam no Espaço São José Liberto, que durante quatro anos e seis meses foi um lugar que me dediquei de corpo e alma, e hoje eu vejo que daqui alguns meses pode fechar.
O Governo anterior cometeu pecados graves, como salários baixo, falta de incentivo, e até mesmo me desculpe a expressão “um belo pé na bunda” quando houve a troca de mandato.
Quando o processo transição começou, o que nos achávamos que seria a solução dos nossos problemas, seria uma das piores pressões psicológicas que uma pessoa pode passar no seu ambiente de trabalho, essa verdadeira tortura chinesa começa no dia 12/01 – Dia do aniversário da cidade, onde foi montado um espetáculo ao lado do pólo que até hoje penso que isto foi uma alternativa de massacrar ainda mais os funcionários, a festa rolando na praça e a choradeira lá dentro. No final da tarde a diretora executiva da época Ana Catarina, pede para fechar o espaço e nos dá a noticias que grande parte da família São José Liberto estava sendo demitida ficando apenas as vendedoras e a equipe do Museu, até por que o “ o pólo não podia fechar...” “....a as pessoas não podem saber o que está acontecendo...” palavras ditas na ocasião, vê amigos indo embora as pressas como se fossem intrusos, são cenas que batem a mente neste momento, as incertezas , angustia que seriamos os próximos ficava no ar e a partir deste dia começaria o processo de “Banho Maria” sem data prevista para acabar. No inicio tudo flores grandes expectativas de ganhos, reconhecimento do trabalho, aumento relativo em alguns salários, algumas pessoas promovidas,tudo o que não acontecia com a equipe que ficará “mantendo o espaço aberto”, enfim, SUCESSO!!! Mas sempre a pulga atrás da orelha, “quem são eles??” e aos poucos as mascaras foram caindo de forma que hoje posso dizer com todas as palavras, formos usados. Primeira surpresa, contrato de salários até o dia 15/04, pagamentos em atraso, geralmente recebíamos no dia 20, os nossos compromissos começaram a criar juros e mais juros, fora o Serviço de Proteção ao Crédito ( SPC) passáramos a ser clientes nos últimos meses, segunda parte, ADITIVO, o prolongamento da nossa agonia por mais um mês, 15/05 a noticia que o Instituto de Gemas e Jóias da Amazônia (IGAMA) passava a surgir faltando apenas a assinatura do Governadora, a nova Diretora Executiva assumia e o novo presidente Profº Evaldo ( que até hoje eu não sei quem é) e o programa com uma nova visão de administração seria o novo desafio, tudo parecia que iria funcionar perfeitamente, mais passou o final do mês de maio e nada da carteira assinada, nada de salários, faltava dinheiro para ir trabalhar, para comer, se não fosse a solidariedade de alguns amigos ou parentes, nós não cumpriríamos o nosso dever de trabalhador, o IGAMA? Só nos falávamos “... tenha paciência... tudo vai melhorar”, realmente melhorou, começa Junho as cobranças aumentam, pessoas passaram a faltar, não tinha para quem pedi dinheiro emprestado, a menina grávida que trabalhava por lá teve um sangramento, por conta de estresse que estava o nosso ambiente de trabalho, e para completar o Chá de Bebê da Cicília filha tal funcionária foi adiado quatros vezes por falta de dinheiro para fazer a festinha da criança. Passa o dia 15/06 e nada dos salários sair, justificativas de bastidores, a pessoa que estava tratando desse processo esqueceu de abrir uma conta no nome do IGAMA, pode? Pode! 20/06 nada do dinheiro a justificativa da vez foi “ ... o número da conta estava errado... a verba de repasse voltou...” Erro de quem? Meu que não foi, afinal nessa altura do campeonato, eu não era uma pessoa confiável. 25/06 – Reunião de apresentação oficial da nova diretoria e uma noticia que seria mais tormento em nossas vidas. “ Vocês irão passar por um processo de seleção para medir a capacidade de gestão nos cargos que vocês ocupam ” , a partir daí começa o Processo seletivo do IGAMA, quem fica? Quem sai? Quem será transferido? – Parece cômico, pessoas como eu com mais de quatro anos de trabalho e convivência, passar por essa. E agora? Pessoas que viram o São José na planta passar por isso também, o que vocês como leitores do Quinta acham disso?, pois bem, vamos lá, para mais uma batalha.
30/06 – nada do dinheiro – 45 dias sem vê o salário, até que em belo dia eis que surge pela metade e com descontos consideráveis do Banco do Estado, reaparece o nosso tão suado rendimentos mensais. Aleluia! Milagre!!! E na semana seguinte dia 10/07 sai do mês de Junho, as coisas pareciam voltar ao normal, até que a circular interna, Processo Seletivo IGAMA 2007 – 30 vagas ofertadas – diversos cargos. Ultima chamada, as provas foram feitas por um profissional bem honesto (Gostei do que ele me falou). Sexta sai o listão, muito espertos, esperam o fim de semana para dar a notícia, mais expectativas, e hoje finalmente a minha tortura acaba, fui manda embora, por não está apto as novas exigências do Instituto, como diria o comercial de carro “Tudo bem”.
O que o Polo perde com a nossa saída ?
1 – Excelentes profissionais, que avaliam as peças que ali são comercializadas e criadores de grandes projetos de sucesso do São José, que não é mais São José é o IGAMA!
2 – Profissionais treinados e capacitados durante 5 anos que faziam o seu trabalho de forma coerente, principalmente a comissão de frente do Espaço que sempre foram muitos cobrados a dá resultados com bom atendimento, uma boa aparência e capacidade de resolução dos problemas momentâneos.
3 – E a qualidade que sempre foi fator impar no São José.
Enfim... fazer o que? Lamentar e desejar sucesso para os que ficaram.
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