12.7.07

Reação

Uma delegação de empresários paroaras - à frente os presidentes da Fiepa, Faepa,e Confederação Nacional da Pesca - vai se encontrar hoje à tarde com o ministro do Trabalho, Carlos Luppi.
A pauta da reunião é o caso Pagrisa. A empresa foi autuada pelo ministério sob acusação de trabalho degradante, o que motivou a demissão de mais de 1000 trabalhadores.
A embaixada, que acompanha o titular da Pagrisa, Marco Antonio Zancaner, deverá contar com a presença de parlamentares da bancada paroara e vai levar vídeos, documentos e depoimentos que contestam as acusações dos auditores que realizaram a fiscalização.

9 comentários:

Anônimo disse...

A mobilização em favor da Pagrisa comprova: o empresariado paraense definitivamente é a favor do trabalho escravo. Afinal, como o Estado espera se desenvolver se não for às custas de mão de obra gratuita? A cultura do coronel de barranco ainda impera.

Anônimo disse...

Juca,

A estratégia do Governo Federal é claríssima – e rasteira, diga-se. Não quer que a comunidade internacional acuse o Brasil de destruir a Amazônia – até aí, tudo bem. O problema é que, como sempre, o lulismo escolhe a forma mais fácil (e canalha) de resolver suas questões. A ação na Pagrisa foi arbitrária, o resultado foi fabricado. Os agentes do MT induziram os pobres dos funcionários – que depois admitiram que tudo não passou de uma farsa – a se manifestar contra a empresa, oferecendo aos mesmos valor correspondente a três vezes seu rendimento mensal. O homens do governo forjaram até o cenário, fazendo com os alojamentos parecem sujos e desorganizados. Mentira! Os empregados da Pagrisa dispõem de infra-estrutura adequada e de trabalho digno – o trabalho, obviamente, é pesado, mas corresponde as condições normais da prática canavieira. Claro que um trabalhador com pouca instrução não tem condições de se proteger da malícia governista, e por isso, num primeiro momento aceitou a proposta mentirosa.

Esclarecida a arte-manha, todos os funcionários voltaram para a empresa. Pela lógica, conclui-se que na Pagrisa eles encontram um lugar de boas oportunidades, onde seus direitos são respeitados. E eles voltam a cada nova safra. Muitos ficam na região, atendidos por ações que a empresa oferece permanentemente.

O Governo não se interessa pela verdade real, mas pela sua (dele). Pouco importa se a Pagrisa respeita as leis e trata bem seus empregados – milhares deles. O que importa é que no momento a empresa é um obstáculo para suas pretensões. Logo será outra, aleatória; a que estiver no caminho. O fins justificam os meios. Um pequeno exemplo da método de governar da esquerda.

Fica uma pergunta: quão melhores são as condições dos cortadores de cana nas demais regiões do País?

Um abraço. Aproveite bem o Marajó.

Anônimo disse...

AS melhores condições para qualquer trabalhador são aquelas que respeitam os direitos do cidadão. Defender o trabalho escravo, como faz o anônimo das 4:53 PM, justificando com " condições normais da prática canavieira" é a confissão de defesa intransigente da escravatura. Sempre foi assim, não cândido anônimo? Assim os senhores de engenho enriqueceram.
Dizer que as condições que a empresa oferece são tão maravilhosas que os trabalhadores "voltam a cada safra" é debochar da inteligência do leitor.
E ao atribuir a ação contra a Pagrisa a uma ação articulada do Governo Federal, o anônimo escancara seu cinismo e falta absoluta de seriedade. Ele pertence à mesma elite desavergonhada que não abre mão de seus "direitos feudais".
Aliás, com uma defesa como essa a Pagrisa está lascada! É mais uma confissão de culpa e, se não foi escrito por alguém da empresa, ou de sua assessoria, não é nem uma defesa, mas uma acusação.

Anônimo disse...

É preciso conhecer todos os fatos, todos os cenários por trás da decisão do Governo Federal na cruzada contra a Pagrisa. Desconfio muito das ações retumbantes, repentinas, que acontecem com estardalhaço para depois desaparecerem. A fugacidade da boa vontade dos governos - e da justiça deste país - daria uma enciclopédia de muitos volumes. Há uma miopia crônica na opinião pública nortista. Ela nos permite a crítica fácil, como acusar a Vale do Rio Doce de levar as coisas para fora do estado, de deixar apenas buracos ou apitos de trens. Mas quem vai à Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá, por exemplo, pode perceber que muito ali foi feito por causa da Vale ou pela Vale. Já a parcela de responsabilidade do poder público acaba ficando com a fatia podre da maçã. Tudo o que falta, falta pq ele não fez ou não agiu. Se a Vale sair, aí sim fica um buraco no Pará. E assim como a Vale, muitas empresas terminam tendo que "compensar" a omissão do poder público. Precisamos reconhecer, termos a capacidade verdadeira de nos indignarmos, para então reagirmos, exigindo atuação responsável de nossos representantes. A Pagrisa, até onde pode se provar, é uma empresa idônea. As acusações de trabalho escravo feitas contra elas foram desmentidas por documentos e materiais apresentados. Do que se trata tudo isso, então? De repente nos indignamos com a condição de trabalho dos cortadores de cana? Sem que nem pra que? E quanto tempo vai durar essa indignação? O mesmo tempo que dura uma denúncia do Jornal Nacional - apenas o suficiente até a próxima notícia interessante? Precisamos ser mais honestos e perenes em nossas indignações. Pelo bem da Amazônia. Do Brasil.

Val-André Mutran  disse...

Participei da audiência acompanhando o deputado Giovanni Queiroz.
Amanhã publicarei nos Corredores a reportagem, friso, reportagem, sobre o assunto.
Surpresas. Farsa grosseira e irritação do Ministro com as provas apresentadas.
Detalhe: A imprensa paraoara praticou - como tem sido comum e já faz parte de seu cotidiano - uma aula de anti-jornalismo, a qual está ficando notabilizada.
Vergonha as matérias veiculadas. Matérias não, editoriais contra o Estado do Pará, contra o Brasil e, acima de tudo contra uma empresa com 40 anos de existência.
Apuração zero, não ao contraditório e vazamento vergonhoso à Agência Reuters por parte dos auditores.
Tudo será apurado com rigor e te adianto que essa parada vai até as últimas conseqüência na Câmara e no Senado.
Veremos como se posicionará o Governo da Mudança. Veremos.
Até amanhã.

Anônimo disse...

O anônimo dos comentários das 10:52 e 18:33 faz algumas considerações sobre meu comentário (16:53) e eu, claro, rebato. LEIAM O MEU COMENTÁRIO e procurem algum trecho que diz "condições maravilhosas de trabalho". Não está lá. E não está, por que não escrevi tal bobagem. O fulano é leviano. Distorce meu texto. Muda o contexto das minhas afirmações a favor da sua (falsa) causa politicamente correta. As maiores atrocidades já cometidas contra a humanidade tiveram o mesmo pretexto: a luta pela igualdade, pelo socialismo...Deus meu!! Foi assim na Rússia, China, Coréa... Ainda é em Cuba (Fidel já matou mais de 70 mil pessoas fuziladas e outras milhões fugiram a nado de sua pátria, tentando escapar da ditadura comunista). Hugo Chaves arrasta sua Venezuela para o buraco, penalizando toda a população do seu país, fechando TVs, censurando a imprensa, perseguindo e matando seus adversários políticos, tudo em nome da mesma mentira que o anônimo vomita em seu texto.
Se me permitem adivinhar, o anônimo em questão deve ter mais 50 anos e mantém a mente de um garoto de 16, 17 aninhos (que fique claro: não tenho nada contra pessoas mais velhas, pelo contrário ). Aquele típico pensamento de adolescente, sem qualquer embasamento concreto ou lógico, que quer apenas polemizar, falar de algo que não conhece, mas que imagina ser sonoro aos ouvidos – isso, na melhor das hipóteses. Na pior, ele simplesmente usa o episódio para favorecer sua causa fajuta, canalha, maquiavélica. Defende um raciocínio que eu defendia quando tinha 16, 17 anos. Hoje, com 27, tenho vergonha da maioria dos absurdos que propaguei por aí. hehe.
Cortar cana sob sol quente jamais será um trabalho maravilhoso, “gênio”. Ninguém diz: quando eu crescer vou ser cortador de cana. Claro que não! Mas cortar cana e receber um salário, fruto de um trabalho honesto é algo digno, ou não? Viver dessa atividade é algo digno!!!!!
Por favor, alguém entendeu que defendo o trabalho escravo? Acho que não, né? Sou acusado também de ser parte, ou ter algum vínculo com a empresa em questão. Sabem por quê? Porque pela lógica da esquerda, só se defende alguém em troca de algum benefício. Para o anônimo, se defendo a Pagrisa, tenho algum envolvimento com a mesma. Pouco importa se me baseio em fatos ou evidências que me credenciam a discutir a questão. Enfim, essa é uma questão muuuuito extensa, que ocuparia demasiado espaço no blog alheio.
Abraços.

Anônimo disse...

O anônimo das 1:50 AM além de dormir tarde, é o grande paladino da causa anti-comunista, com o viés moderníssimo de que comunista come criancinha. A la Bush, despeja suas verdades criacionistas como a salvação da humanidade. Moleque, ataca quem tem mais idade, demonstrando que não passa de um preconceituoso sem argumento a não ser o "sou a favor do progresso", típico de mentalidades vazias conquistadas pelas teorias de líderes como os do Banco Mundial. Ele diz falar baseado em fatos, que fatos? A crença de que se trata de uma empresa honesta é fato? Ele se diz credenciado para falar sobre o assunto, quem o credenciou?
Genial, hoje está arrependido das coisas que defendia com l6,l7 anos, e, aos 27 anos se declara maduro e apto para propagar a verdade aos 4 cantos do mundo.
Abra uma igreja, dono da verdade, vais ganhar muito dinheiro. Pode começar pregando aos felizardos cortadores de cana da Pagrisa, que têm condições de trabalho excelente, tanto que os proprietários têm prejuízo com isso. E o Ministério do Trabalho, formado por comunistas criminosos, que fique no seu cantinho sem incomodar os preciosos empresários que só buscam o bem da Nação. Amém

Anônimo disse...

Seria um bom começo se a Pagrisa demonstrasse que:

a - assina a CTPS de todos os seus empregados;

b - paga uma remuneração igual ou superior ao mínimo permitido em lei;

c - não realiza "descontos" ilegais sobre essa remuneração;

d - obedece a legislação em vigor sobre Saúde Ocupacional, aí incluído o fornecimento de roupas profissionais e EPIs, quando devido;

e - paga os adicionais legais referentes a trabalho extraordinário, trabalho perigoso, trabalho insalubre, etc;

f - recolhe todos os encargos previdenciários e trabalhistas incidentes sobre a folha de pagamento.

Se a Pagrisa expuser publicamente documentos que comprovem o cumprimento das 6 condições acima, vou começar a duvidar da acusação de que ela pratica trabalho escravo.

Enquanto não expuser -- ou se os documentos apresentados demonstrarem que as 6 condições são cumpridas apenas para uma pequena parcela dos empregados -- continuarei acreditando que as acusações são procedentes.

Elias Granhen Tavares

Anônimo disse...

O anônimo (10:52, 18:33 e 11:45 de hoje) parece não ter grande capacidade de interpretação. Ora, eu não fui desrespeitoso com as pessoas de mais idade, isso está bastante claro no meu texto (não preciso explicar de novo) – se ele não entendeu, paciência.

Poxa vida, só faltou o cara escrever em caixa alta: FORA BUSH, FORA FMI, VIVA O MST. O que é isso? Para mim é clara a preguiça intelectual deste senhor. Acho que ele só lê as partes em negrito dos livros, se muito. Talvez sua leitura seja somente de cartilhas petistas. Coitado!

Ele demonstra ter ódio da classe empresarial. Deve ser um homem frustrado, sustentado por um cargo de confiança que algum “companheiro” lhe arranjou – ou talvez seja profissional partidário com carreira no Estado, daqueles que sobrecarregam a máquina pública. Ele odeia o Capital, a globalização... Burro, quem proporciona desenvolvimento, em qualquer país, é a iniciativa privada! No Brasil então... A iniciativa privada que você tanto abomina carrega o país nas costas. É ela a responsável pelo crescimento, tímido, do país do futebol. Não fossem os “preciosos empresários”, como você diz, o Brasil já teria ido para as cucuias faz tempo.

Ele tenta ser irônico (não consegue), dizendo que a Pagrisa só é bem sucedida por que abusa dos seus empregados, os expondo a condições degradantes de trabalho a fim de cortar custos. Quer dizer que toda empresa que consegue obter lucros o faz explorando pessoas? Faça-me um favor. Isso é de uma leviandade descarada.

Ah, no início do seu comentário, o anônimo diz a meu respeito: “além de dormir tarde” ...!?!? Estaria tentando me ofender? Quanta imaginação, hein !? Durmo tarde sim. Estudando, lendo...tomando umas, vez ou outra, claro, mas acordo às 7 da manhã. Trabalho cedo. Não sou sócio do banco Mundial nem pertenço à elite, como imagina o empulhador.

Outro comentário extenso. Não tive escolha.