Da Coluna do Estado, no jornal O Estado do Tapajós.
Alerta
Os compradores americanos do ferro gusa produzido em Carajás já fizeram o alerta: suspenderão a transação se houver novamente denúncia de trabalho escravo na produção de carvão vegetal, principal insumo utilizado pelas guseiras. Ou se o funcionamento das carvoarias acarretar a destruição de floresta nativa da região. A quebra na cadeia de comercialização seria um golpe muito duro no boom da gusa
9 comentários:
Não custaria nada ao Estado do Tapajós informar a fonte dessa notícia, nesse caso, Lúcio Flávio no seu Jornal Pessoal. Ou foi esquecimento do blog?
Excelente decisão, se isto se confirmar. Aliás, a governadora não disse nada sobre duas vergonhas sociais do estado que ela administra: trabalho escravo e assassinatos no campo - ambos relacionados aos conflitos fundiários. Ao meu ver, são assuntos mais urgentes do que aquela conversa de gênero com que ela chegou para abrir o governo.
A Coluna diz, em sua última nota:
"As notas do alto da coluna são da lavra do jornalista Lúcio Flávio Pinto."
O jornal, portanto, dá os devidos créditos.O Quinta, por sua vez, ainda não comprou a mais nova edição impressa do JP, pelo que ficou na dúvida, agora dirimida por seu comentário, ao qual aradeço e faço o reparo, com as devidas escusas, é claro, e com muito prazer.
Um reparo ao Anonimo das 1:13.
A governadora, em seu discurso de posse na AL disse sim ue vai erradicar o trabalho escravo, como pode ser lido no post Posse Discreta, aqui no Quinta,anteontem.
Quanto aos assassinatos de trabalhadores rurais, as nomeações na secretaria de Defesa e na secretaria de Justiça e Direitos Humanos,agora ocupadas por pessoas históricamente ligadas a luta contra os crimes do campo, é um sinal mais do que evidente da disposição do novo governo.
Se vão conseguir, bem...essa é outra história.
boom da gusa?
Juca, o que aborrece mesmo é o recorrente cinismo e a evidente hipocrisia dos compradores internacionais. Sabedores que compram produtos originários de trabalho escravo e da devastação ambiental, armam-se de habeas corpus preventivo, previnem-se de "culpas futuras" através de basófias como esta. Não fosse esseo objetivo, se pretendessem efetivamente usar seu poder de barganha para garantir efeitos positivos na mudança das relações de trabalho e de produção do carvão na Amazonia, suspenderiam imediatamente as compras. Valei-me, São Benedito! Não há Pondera que nos ajude! Beijão.
Concordo com você Bia. Veja se eles suspendem as percas e os diamantes africanos ou mesmo a madeira exportada daqui - que é a menor parte. E, parabenizo a Governadora se cumprir, pelo menos, a luta pela erradicação do trabalho escravo. No entanto, espero que ela mire muito bem nos promotores deste mal. E não pode dizer que não sabe quem são porque há até lista(mas não é em coluna social) com os nomes dessa gente fina e educada.
Então, se se confirmarem as ameaças, será suspensa a exportação, pois tanto o trabalho escravo quanto a produção ilegal de carvão continuam a toda, sendo estimada o dano ambiental em mais de 500 hectares desmatados POR DIA, em florestas secundária, somente para as guseiras do Pará e do Maranhão, e para a qual não existe, por enquanto, a menor possibilidade de ser atendida de maneira legalizada.
Já foram aplicadas, pelo IBAMA, milhões de reais em multas, e o setor siderurgico exige ser tratado com diferenciação pelos órgãos ambientais, com "flexibilização" da fiscalização, e o pior, por conta de pressão econômica, tem conseguido. E assim não se sentem obrigados a plantar para repor o que consomem, e acham que a reposição deve ser financiada com dinheiro público, como bons empresários brasileiros que são.
Circulam, todo dia, no eixo da PA-150, mais ou menos 300 gaiolas por dia, sem autorização para transporte ou origem do carvão. Cada uma leva em média 80m³ de carvão.
Excelente contribuição,Alex.Vai prá ribalta amanhã.Abs
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