7.8.06

Meia Volta

Um clima de mistério, e alguma perplexidade, cerca a desistencia do publicitário Francisco Cavalcanti da campanha de Edmi50n Rodrigues ao governo do Pará, uma semana antes da estréia do horário eleitoral.
Chico Militante, informou corretamente o colunista Mauro Bonna em sua coluna na edição de ontem do Diário do Pará, vai engrossar as fileiras da campanha de Ana Júlia, do PT, ao governo.
Chico comandou as campanhas petistas no Pará desde 96, exatamente com o então petista Edmilson.

18 comentários:

Anônimo disse...

A GRANA fala mais alto, a campanha da ANA JULIA vai ter muita,até hoje
não consequi digerir os comentários desse Sr. no Quinta.

Anônimo disse...

Rei morto, rei posto...

Unknown disse...

Ao Anonimo das 19:10, com certeza não foi essa a questão.Mas depois o blog saberá,e contará aos leitores.

Ao Anonimo das 22:57,que se há de fazer? Procurar outro rei, ora...rs

Anônimo disse...

Então a campanha de Ana Júlia será comandada por Chico Cavalcante? Se for isso, ao arremata-lo de Edmilson sabe lá como, a Estrela do Pará fez uma jogada de mestra. Reduziu a níveis preocupantes a chance de um PSOL enfrentar os Tucanos no segundo turno. Aguardo necessários complementos da notícia, uma verdadeira bomba, e atômica, para as eleições no Pará.

Anônimo disse...

Infelizmente há quem meça os outros por sua própria régua. Gente despreparada e ganaciosa, acha que todo mundo é despreparado e ganancioso. Dizer que Chico Cavalcante está se movendo no cenário eleitoral apenas por dinheiro é desconhecer não apenas seu passado, mas sua importância para a atividade de marketing político e sua profissionalização em nosso estado. Cavalcante dirige as campanhas do PT desde 1994, quando Valdir Ganzer foi o candidato, Pedro Peloso o coordenador geral e Edmilson o candidato ao Senado. Cavalcante não começou com Edmilson. Se o ex-prefeito fez a opção aventureira de ir para um micropartido, que terá menos de um minuto de TV e talvez nem chegue a 10% dos votos, por que todos os que foram seus colaboradores devem fazer o mesmo? Quantos dos ex-secretários de Edmilson o acompanharam na aventura? Dois, três? Eram 33. Por que de todos esses não se cobra com a mesma veemência? Ou seja, por que cobrar que um profissional de marketing cometa suicídio apenas para demonstrar fidelidade a um lider que tomou uma atitude impensada, achando que o PT afundararia com os pedardos do mensalão? Não afundou. Nem afundará. Se estivesse no PT, Edmilson seria um canditado à altura de disputar com Almir. Ana Júlia é um saco vazio e não resistirá a um confronto com o ex-governador. Nem com Chico nem sem ele. Mas tampouco Edmilson chegará lá, porque é conhecido apenas em Belém e desconhecido no Estado.

Anônimo disse...

Já disse para os meus amigos e familiares que meu voto é o seguinte: Ana Júlia governadora e Mário Cardoso senador em 2006 e Edmilson Prefeito em 2008. Ele tem que voltar para o PT. Se fizesse uma enquete, entenderia que esse é o anseio do povo que o apoia. Edmilson foi o melhor prefeito que Belém já teve, mas não tem um partido à sua altura. Dirigido por uma louca, o PSOL é uma gaiola pequena para Edmilson e sua capacidade de realizar sonhos. Bolsa Escola, Banco do Povo, Pronto Socorro do Guamá, tantas ações e obras memoráveis que agora são destruídas pelo jardineiro infiel, que planta grama para o povo comer pela raiz. Sou PT. Respeito Edmilson. Mas não posso admitir carros sons pela rua, enfeitados com bandeiras do Edmilson a denegrir a imagem de Lula e do PT e a poupar a direita, poupar o PSDB e a roubalheira amarela. É inadmissível. Chico Cavalcante, até onde sei, é filiado ao Partido dos Trabalhadores e foi o autor do ótimo mote da campanha de Mário Cardoso (Com Lula, pelo Pará). Era natural que também assumisse a campanha de Ana Júlia. Afinal, quem não quer essa arma apontada contra os adversários? Parabéns, Ana Júlia! Jogada de mestre!

Anônimo disse...

Esse Chico Cavalcante... É um gênio! Não é que o cara conseguiu virar notícia quando a notícia seria os candidatos? Vai dizer que ele não é bom de marketing? O cara é muito crâneo. Paguei!

Anônimo disse...

Não sei não! Acho que Ana Júlia agora tem sim como sustentar o debate com Almir num eventual segundo turno. Tenha feito o que for para ter ao seu lado um quadro como esse, a ida de Chico Cavalcante para a campanha da Estrela é a melhor notícia para a campanha do PT desde a homologação do nome da senadora como candidata.

Anônimo disse...

O mais lamentável dessa saída do Edmilson para o PSOL, além, é claro, de sua própria trajetória sofrer um hiato, é a possibilidade de Araceli, a candidata que representa os funcionários públicos do Estado, perder o seu mandato por falta de coeficiente eleitoral. A saída desses companheiros do PT foi ruim para o partido, mas, se verá, foi pior ainda para eles próprios.

Anônimo disse...

Se quem criou a marca EDMIL50N foi Chico Cavalcante, está provado porque Ana Júlia lutou para tê-lo ao seu lado: o cara é bom!

Unknown disse...

Só tres reparos ao seu comentário, Anonimo da madrugada.

1.A campanha de Ganzer em 94 foi "dirigida" por um coletivo, onde pontificaram o jornalista Eloy Nunes,o advogado Egydio Salles Filho, o ex secretario e vereador Carlos Bordallo, a companheira deste que vos escreve -a professora Marise Morbach -e, salvo engano,o jornalista Sérgio Palmquist.
Longe de querer desmerecer sua importancia em 94, mas para ser justo com a forma como a equipe se organizou,Chico era parte de um grupo.

2.Não considero um suicídio profissional um marketeiro acompanhar um político num suicídio eleitoral,o que não será o caso de Edmilson, que sairá desta eleição melhor do que entrou,porque retoma uma posição em Nova Déli,e abre espaços importantes no interior do estado.
Edmilson, hoje,já é um forte concorrente à prefeitura de Déli em 2008.
As pessoas que não são do ramo da política, e até muitos marketeiros, não percebem que a eleição é apenas um ponto da curva, se me permite a expressão matemática.A vida (política) não acaba com ela.
Acho perfeitamente normal quem aposta na fidelidade a um político,e quem trabalha para diferentes políticos/partidos.
Desconfio até, que na maioria dos casos, essa escolha não é só do marketeiro, ou do político.
E o mercado, nada?

3 Não vejo problema em "aventurar-se" num micropartido.O tamanho do tempo de tv e a menoridade do PSOL não são seus maiores problemas, embora tenha decidido não entrar em avaliações partidárias antes das eleições.Depois dela falaremos, e muito,deste tema aqui no blog.

Como voce, não concordo com a tese do interesse financeiro na decisão de Chico em mover-se no cenário eleitoral.
Mas é uma movimentação relevante.
Não é nada comum que marketeiros da envergadura de Chico Militante atravessem o Rubicão dez dias antes do início do horário eleitoral
Daí o post, e a discussão, sempre gostosa.

Unknown disse...

Enquanto digitava o comentário ao Anonimo das 02:22 entraram cinco comentaristas...rs.
A ressalva é para que fique claro para quem me dirigi.


Obrigado aos outros comentaristas, por se sentirem a vontade para fazer a catarse.
Com efeito a perda de um líder com a densidade eleitoral do ex prefeito deve ser sentida.
E o discurso anti-Lula do PSOL, vamos combinar,não só tem todo o direito,como precisam ocupar o espaço perdido pelo PT.
Que vai ter muito trabalho para retoma-lo.
Indiscutivelmente, do ponto de vista do marketing político, as campanhas petistas, Brasil afora serão as mais difíceis de conceber estratégias seguras e capazes de atravessar toda a campanha.

Anônimo disse...

Que bobagem, gente: quem ganha a leição é o candidato. O Marketing pode ajudar, ou, até, prejudicar. Aliás, o próprio Chico Cavalcante disse isso aqui outro dia.
Não é demais lembrar que na última eleição para Prefeitura de Belém, o mesmo Chico Cavalcante estava com a Ana Júlia e mais uma turma de marketing do PT nacional e deu no que deu: a Ana, com toda a estrutura e pompa, foi derrotada pelo Dudu...

Anônimo disse...

Entre defesas e ataques, é estranho e angustiante não se falar em uma coisa que considero fundamental para qualquer pessoa: a ética. Onde é que fica? Principalmente para a atividade publicitária e, especialmente, no marketing político, merece sim uma profunda refleção a mudança , em menos de 10 dias do início do horário eleitoral na Tv e rádio, e já tendo a campanha começado há pelo menos 40 dias, com marca já criada, estratégia, com certeza, discutida, linhas de programas e propaganda traçadas e aí, de uma hora pra outra, o comando do marketing pula para uma outra campanha. Não sei não, mas na minha terra isso tem outro nome...
Aliás, corrijo, em qualquer terra de gente de bem.

Anônimo disse...

Égua siri! O Juca esquentou os tamborins com a notícia da saída do Chiquinho, ou melhor, da volta do Chiquinho ao seio materno. Sinal que tá todo mundo ligado na campanha eleitoral ( pra que nada mude). Só discordo do anônimo das 9:24, questionando a ética na mudança. Pode-se sim, mudar de posição, sem ferir a ética e acredito que o Chico Cavalcante manterá toda a campanha da ana Júlia num nível ético.

Anônimo disse...

A 10 dias do início da campanha na tevê, é certo que as questões de estratégia já estão, sim, definidas.

Ao mudar de candidato, o Chiquinho levou com ele tudo o que foi definido -- com a participação dele -- na candidatura para a qual trabalhava antes.

É quase que um episódio de venda de informações praticada por um desertor. Não é nada ético.

Quem perde? A médio e longo prazo, quem mais perde é o próprio Chiquinho. À medida que os detalhes do episódio forem sendo conhecidos, seu conceito profissional irá se esfrangalhando.

Dificilmente o staff de Ana Júlia ou do PT confiará nele. Dificilmente quem quer que seja confiará nele, daqui por diante.

E, na profissão que ele escolheu, talento é muito importante, mas confiança é fundamental.

Anônimo disse...

Juca.

Cá estou eu de novo, discorrendo acerca de mal-entendidos que envolvem meu nome. Embora eu tivesse decidido não entrar em qualquer polêmica acerca de decisões pessoais e profissionais, para as quais permito-me o livre arbítrio, vou pontuar alguns elementos para dar o contorno preciso ao tema.
1. Sou filiado ao PT desde a fundação do Partido. Como profissional, trabalho em campanhas majoritárias do PT desde 1994, não sendo, portanto, um trânsfuga ou um neófito, mas um elemento que se insere naturalmente no cenário das disputadas estratégicas que o PT travou ao longo de duas décadas e meia.
2. Desde que saí da Griffo, em 1991, jamais tive qualquer participação profissional em campanha por outra legenda que não fosse o PT. Minha participação na campanha do PT não é apenas ética, mas produto de uma trajetória de coerência e compromisso. Não rompi contrato algum com outra legenda porque contrato jamais houve, não havendo portanto, quebra de ética ou de segredo comercial com qualquer campanha ou candidato. Nunca trabalhei para outro partido que não fosse o PT. Pará, Rondônia, Roraima e Ceará são estados onde presto ou prestei serviços ao Partido. Não sei se isso é um mérito, uma especialização ou uma limitação, mas de qualquer maneira isso é um fato.
3. Minha contribuição à campanha do meu amigo Edmilson Rodrigues, candidato do PSOL, foi voluntária, decorrência de minha admiração pessoal por sua trajetória, do reconhecimento de sua coerência militante e jamais de qualquer contrato ou acerto financeiro. Nunca recebi um real por qualquer das peças que criei para a campanha do PSOL, resultado de um exercício criativo livre e desempedido de qualquer ingerência comercial. Desafio a quem quer que seja a trazer a público contratos, minutas ou recibos de depósito bancários que possam me desmentir. A logomarca "EDMIL50N" foi feita por mim, pessoalmente, e ofertada à campanha. Me dou ao direito de permanecer tendo por Edmilson o mesmo respeito que sempre tive, de reconhecer a validade de sua candidatura e dos propósitos que a embalam. Até onde sei, trabalhar para o PT não é ser inimigo de Edmilson porque até onde sei, o inimigo da esquerda é a direita e não a própria esquerda.
4. Toda essa discussão pode deitar sombra sobre a qualidade da equipe que trabalhará a campanha de Edmilson. Cassim e Elaide, que estarão à frente da campanha de Edmilson, são profissionais de grande gabarito e capacidade. Já trabalhei com Elaide em 2000, 2002 e 2004 e reputo a ela muito do mérito das campanhas que, para fora, levaram minha assinatura. Afinal, nenhum marketeiro faz campanha sozinho. Não há mágica possível nesse quadrante da vida. Apenas trabalho duro e para fazê-lo, precisamos de cérebros que trabalhem em sintonia e harmonia de propósitos.
5. Em 2006, passei a integrar oficialmente a campanha do PT apenas no dia 05 de agosto porque havia pendências de campanhas anteriores que somente agora foram resolvidas. Assumi, inicialmente, a responsabilidade pelo marketing da campanha do professor Mário Cardoso, candidato do PT ao senado. Posteriormente, tive minhas funções contratualmente ampliadas para o atendimento simultâneo da campanha de Ana Júlia, candidata ao governo do Estado.
5. Além disso, sou o responsável pela campanha da Senadora Fátima Cleide, do PT, ao governo do Estado de Rondônia, não havendo, por isso, qualquer "salto" ou "pulo", como insinuou Mauro Bonna em sua coluna no último domingo, mas um passo natural decorrente de compromissos profissionais assumidos com a legenda.
6. Agradeço as palavras de apreço e deixo as de desalento e desacato repousando na poeira dos dias. A política mexe com paixões e, invariavelmente, com o veneno que ela pode destilar. Da mesma forma como sei que são os candidatos e não os marketeiros que vencem eleições, também sei a vida não começa nem acaba em uma eleição.

Um abraço e muito obrigado.
Chico.

Unknown disse...

Obrigado a voce Chico. E meus cumprimentos pelo seu empenho em cobrar as responsabilidade$ atrasadas.
Sintoma de amadurecimento do mercado, que não
podia nem pode ficar deixando rastros,ou restos, ou beiços...rs
e sinal do que voce significa dentro do partido, e dentro da campanha.
Também estou seguro que Edmil50n estará muito bem acompanhado na Amazon Filmes.

Boa sorte no trabalho e um abraço