Do blog do Noblat, citando a Folha de São Paulo.
"O diretório do PT de São Paulo informou ter apresentado ontem uma notícia-crime ao Ministério Público Eleitoral contra a ONG Transparência Brasil, pela campanha na internet em que orienta eleitores a não votar em candidatos envolvidos em escândalos como o do mensalão e dos sanguessugas.
Em nota divulgada ontem, os petistas dizem ver excesso da organização ao chamar os candidatos ao Legislativo de "mensaleiros, vampiros e outros animais da mesma família".
De acordo com a nota, "alguns" deputados foram envolvidos "nos episódios que a mídia denominou "mensalão", mas todos foram absolvidos", e o PT se baseou na "presunção da inocência" para aceitar os nomes de "deputados absolvidos por seus pares", princípio constitucional não respeitado agora pela Transparência. O partido pede liminar para a retirada dos termos ofensivos do ar."
Bem, o diretório paulista do PT, principal foco da corrupção que assola o partido, reacende sua mais stalinista chama.
Alegar o princípio da "presunção da inocencia" é presumir que todos somos idiotas.
São notórias e públicas as imagens, as provas, as mentiras, as safadezas de toda ordem perpetradas pelos mensaleiros, cuequeiros endolarizados, sanguessugas, vampiros e outros animais, que agora querem calar a voz da Transparencia Brasil.
Mas o país inteiro acha isso...e aí?
Vão"tirar" a opinião pública do ar?
Não tiveram a humildade e a espírito público para punir e afastar, com a coragem e a seriedade que a situação exigia. Agora, sentindo nas pesquisas o cadafalso que se aproxima, arreganham os dentes contra a Transparencia Brasil.
Tivesse um pingo de vergonha aquele diretório e deveria apoiar as ações - transparentes, elucidativas, educativas - da TB.
Realmente, não há razão para o PFL voltar ao poder. Este PT dá conta.
Que vergonha!
15 comentários:
Torquemada faria coro no queime-os todos vivos, ainda que parte deles fosse condenado sem provas ou com base em provas para impressionar a turba.
Talvez dissesse Millor - Que importa se para conquistar a cidadela é necessário ser vesgo?
Afinal, não faz tanto tempo assim, um ilustre personagem da terra se auto-convenceu de mandar às favas os escrúpulos de consciência e aconselheu um presidente-general a mergulhar o Brasil nas trevas do AI-5, e nela a vida de muito brasileiro arrazada por acusações inconsistentes de ser comunista e ladrão.
As provas com robustez jurídica, Juvêncio, lute e labute por elas que melhor bem farão a democracia. Do jeito que hoje são apresentadas só reforça a suspeição que quem acusa e quem julga não tem o interesse de esclarecer a opinião pública.
Lutar por mais provas provas,Anonimo?
Que palhaçada é essa? Voce não viu os dólares na cueca daquele meliante cearense, que agora sabe-se, ainda participou de uma série de contravenções e patifarias?
Não lhe bastam as confissões?
As imagens dos roubos? As variações patrimoniais de párlamentares envoilvidos nos crimes acima citados?
Fique voce com os ladrões e censores,estes sim,filhotes de Torquemada.
Defenda os ladrões, e vote neles.
É seu direito.
Mas sem ondinhas tá?
Assuma. Não há outra saída.
Aliás, há sim: defender a censura e a pilhagem generalizada.
O que Stalin tem a ver com "presunção da inocência"?
Stalin "presumia" que seus inimigos eram inocentes até prova em contrário?
Que eu saiba, Stalin era absolutamente democrático: matava a todos, amigos e inimigos, com a mais serena eqüidade.
Stalin era profilático: matava os inocentes, antes que estes cometessem a besteira de se tornar culpados de alguma coisa.
Lamento, mestre Juvêncio, mas agora você pisou na bola: é só um caso de gatunagem e de acobertamento à gatunagem. Coisas que qualquer ladrão e advogado de porta de xadrez estão "cansos" de saber e fazer.
Do alto de sua bestialidade, Stalin estava alguns degráus acima disso.
Mestre Anonimo, Stalin tem a ver com a violencia da presunção do diretorio petista de SP.
Tem a ver também com o cerceamento à liberdade da informação.
E voce está correto no restante: é caso de gatunagem e tentativa de acobertamento, evidentemente mal sucedida.
Obrigado pelo comentário.
A saída está sempre na democracia, na defesa da consistência das provas que protege a sociedade contra o arbítrio e no uso da serenidade para responder às intervençoes dos frequentadores desse blogue. Para seu conhecimento não sou adepto de incineramento em massas ou de marchas pela família e pela propriedade, muito menos de cerceamento da liberdade de expressão de quem quer que seja, de qualquer corrente política. Mas enquanto cidadão procuro me distinguir da turba e luto para não pensar com o senso comum que as ordena, e de quem sempre desconfio pela precariedade de suas construções mentais, frágeis demais para não servir a interesses obscuros.
Tenha claro que onde existem provas incontestes de crimes - e você citou algumas delas - não há como não reclamar atenção da Justiça e o peso da lei. Como não tratei desse assunto em meu post, é pré-conceito seu fazer as considerações lidas em sua resposta.
Por outro lado, a principal questão destacada no post você não atentou pelo acesso de fúria que lhe obscureceu o tino. Está exatamente na última linha, quando considero que a condução dos processos de corrupção no Congresso Nacional carecem de robustez porque foi nítido o espírito de corpo para não esclarecer as suspeitas.
Nesse sentido, como cidadão, você não se pergunta quais os critérios que levaram, por exemplo, a retirada de alguns parlamentares da lista de cassações? Ou você está plenamente satisfeito com a transparência do processo?
Quem de fato esteve próximo desse processo sabe muito bem dos vieses ali praticados, a exemplo, o manuseio de processos e documentos pela imprensa sem qualquer controle de confidencialidade. Isto é inconcebível para garantir a lisura de qualquer processo de apuração, mesmo a mais reles sindicância. Existem pessoas que dão gargalhadas e outras estão até hoje indignadas como foi "produzida" a lista de cassados que a imprensa repercutiu e que jornalistas como Noblat, sua fonte, tinham orgasmos subentrantes na arena do blogue que ele conduz.
Mas, essa polêmica ilustra bem o risco do uso de argumentos baseado em generalizações, só válido em países como o nosso, destituído de memória e conseqüência, em que publicamente atitudes são movidas por circunstâncias. Neste caso a generalização cai como uma luva.
E aqui dou por encerrado esse diálogo tornado absolutamente desagradável pelo tom grosseiro de seu post resposta.
Doeu o Stálin, hein Anonimo?
É assim mesmo.Os homens tem um nervo, absolutamente central, que comanda grande parte do sistema neurológico.Chama-se vago.
À menor compressão vagal, [advém a náusea, que deixa essa sensaçao desagradável, tipo a resposta ao seu comentário.
Quer dizer que o defensor das liberdades democráticas pode acusar outrem de Torquemada...mas detetesta ser cpomparado a Stalin...eheh
Mas uma coisa voce está certo: definitivamente perdi a paciencia para tratar civilizadamente os defensores de bandidos, os que reclamam pelo sigilo nos processos, aqueles que transformam direitos democráticos em escudos a blindar a ladroagem e, assim, mantém e aprofundam a patifaria que rola no país.
Voce deve, realmente, procurar blogs mais à sua feição, diferente deste aqui.
Menos, Juvêncio, menos. Estou de pleno acordo contigo em relação à lista divulgada pela Transparência Brasil e igualmente indignado com a atitude reacionária do PT paulista, querendo calar a boca dos insatisfeitos com a roubalheira que grassa no parlamento. Mas leia com calma os argumentos do anônimo 12:57 e procure responder com o cérebro, não com o fígado. O anônimo tem carradas de razão quando diz que os processos na Câmara Federal são viciados. Basta ver que todos os petistas acusados e comprovadamente ( e é isso que o anônimo quer esconder) beneficiários do mensalão, à exceção de Zé Dirceu, cassado mais politicamente que por seus desmandos (reais)quanto ao trato do dinheiro público e dos covardes tipo Paulo Rocha que renunciaram, repito todos os outros foram absolvidos por criminosos da mesma laia que tomaram conta do Congresso.
Ele tem toda razão quando diz que não se deve condenar sem provas e total acesso à defesa por parte do acusado. Só esquece que as provas abundam, e a absolvição, no Brasil, não é atestado de idoneidade. E o fato de não estar condenado tampouco, taí o Maluf e outros pra atestar isso.
Obrigado pela concordancia com alguns de meu pontos de vista, Anonimo.Quanto a esse lenga-lenga de "acusação sem provas", que realmente expõe o fígado, não só do poster, mas de qualquer cidadão mínimamente descompromissado com a patifaria tomo a liberdade de reproduzir o texto da Transparencia Brasil que detalha o porque da ação e da campanha para dificultarv a recondução de pulhas ao Congresso.
A absolvição pelo Congresso dessa cambada deve ser respondida com energia, e não como um lenitivo a apoiar uma paciencia desmedida, como desejam os acólitos dos meliantes, ou pessoas de boa fé, como voce parece ser.
Valeu sua visita.
"Tendo o vista a inclusão, nas chapas partidárias que concorrerão às eleições de outubro, de todos os implicados nos escândalos recentes, a Transparência Brasil exorta o eleitor a não votar em mensaleiros, sanguessugas e implicados em outros escândalos.
Alvos de processos movidos pelo Ministério Público, indivíduos responsáveis tanto pela distribuição quanto pela recepção de subornos buscam na reeleição proteção contra a Justiça.
Para essas pessoas - e para os partidos que as acolhem - a eleição funcionará como salvo-conduto para procrastinar o julgamento pelos seus atos.
Cabe ao eleitor barrar-lhes essa saída, negando-lhes o voto, até que sejam julgados. Caso inocentados, então poderão apresentar-se de cara limpa ao eleitorado.
O mesmo vale para os inúmeros políticos que se abrigam nas mais diferentes legendas estaduais, e que respondem a processos judiciais, todos protegidos pela imunidade parlamentar, por delitos que variam de improbidade administrativa a assassinatos, tráfico de drogas, roubo de cargas, contrabando e todo um rol de crimes capitulados no código penal.
Pacote anticorrupção do Relatório da CPMI dos Correios precisa ter discussão ampla. Leia mais.
Recuse-se a votar neles.
Não vote em mensaleiro."
Obrigado 16:30 pelas ponderações. Se estamos discutindo corrupção no país, devemos começar a discutir se é possível controlá-la com as regras que aí estão postas, especialmente aquelas que modulam a relação parlamento - executivo. Vivemos um momento privilegiado para iniciar uma operação mãos limpas no Brasil? Quem sabe a ONG Transparência Brasil não evolua na argumentação e preste um serviço mobilizando o país em torno do tema.
O Juvêncio declara que não tem mais paciência com essa questão de mensaleiros, sanguessugas e afins. Nem eu, mas por uma razão inversa dele. Por saber que daqui a dois, três, quatro anos estaremos confrontados com situações semelhantes a estas, indignados até a medula e marcando passo porque ficamos nessa lenga-lenga de listas disto e daquilo e não vamos ao ponto crucial que é cortar as raízes mães da corrupção.
Ora, analisando todos esses fatos ocorridos no Congresso Nacional, está claro que as redes de corrupção operam há anos, sem que ninguém se dignasse a investigar, nem mesmo quando cassaram o Fernando Collor. O PC morreu, mas está óbvio que o esquema permaneceu e nem se deu o trabalho de aperfeiçoar. Para mim há um fato emblemático disso tudo e tem como figura o ACM: a violação do painel de votação. É nesse fato, quase esquecido, que temos a dimensão do atoleiro em que a democracia brasileira está enfiada. E depois ainda temos que aturar o ACM neto de porta-voz da moralidade carlista!
Por fim um esclarecimento ao dono do blogue: o que menos importou foi o stalinismo e, se quer saber, está errado o PT de SP ao se conduzir dessa forma.
Por fim, o Torquemada e o assessor do Presidente General foi a tentação de uma imagem que simbolizasse o potencial lesivo que esses inquéritos mal conduzidos possuem para a democracia. E entenda de uma vez por todas, com serenidade: tão lesivo quanto os sanguessugas, vampiros e afins que lhe derramam que le hacem mal a sangre nesses tempos.
Lamento que a crítica em foco aberto tenha terminado por lhe incluir sem a menor necessidade. Mas, como eu já disse, esses são os riscos das generalizações. Ou como se lê na Bíblia: antes de apontar a trave no olho alheio, tira primeiro a de teus olhos. E desde já puxo minha certidão de batismo: não sou evangélico!
Bem. Apesar dos fígados, neurônios e estímulos vagais que eu bem conheço, gostei deste debate. Achei que todos puderam contribuir para alguma coisa.
Quanto ao estímulo vagal, lembro que além de náuseas, existem outros efeitos principais (e não colaterais) deste estímulo, que sempre devem ser respeitados. A saber: Bradicardia podendo levar a Parada Cárdiorrespiratória (PCR). Existe contudo um uso terapêutico do estímulo vagal que é justamente no tratamento de taquiarritmias supraventriculares, em alguns casos obtendo sua reversão à ritmo sinusal (normal) com a mera compressão do seio carotídeo ou compressão do globo ocular por alguns minutos. E todo médico sabe que deve-se usar esta manobra com cautela e rigorosa monitorização cardíaca, justamente para evitar a PCR. Portanto, cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.
:-)
Abs
Socorro, Barretto!...rs
Abs
Enfermeira. Rápido!
1 ampola de adrenalina com 10 ml de água destilada no homem!
Linha isoelétrica. Parou! Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Delícia de debate, sem frescuras, com cérebro e fígado e posições que acabaram convergindo para uma só questão: tá na hora de acabar com a pouca vergonha de executivo, legislativo, judiciário, imprensa, empresas e partidos corrompidos até a medula e pra esses, doutor Barreto, sem cautela e muito menos caldo de galinha; pra eles o único remédio é prisão, mais segura que a de Catanduvas.
Juvêncio,
Como o mais besta aqui sou eu!
E o mais besta aqui em brasília fala quatro línguas: as das cobras mitológicas.
Fico com a simplicidade do Ferreira e a sua.
Eis o link:http://blogdovalmutran.blogspot.com/2006/08/ferreira-gullar-saia-justa-lula.html#links
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