Diferente do que informou a Rádio Rural em matéria veiculada na manhã de ontem, a Polícia Militar manteve no último final de semana alerta para evitar excessos, como a invasão de propriedades particulares, em uma possível manifestação do Greenpeace em áreas de plantações de grãos nos municípios de Santarém e Belterra. O alerta teve o aval do Comando do Policiamento Regional (CPR-I), Cel. Luís Cláudio Ruffeil.
A matéria da Rádio Rural omite a participação do Ministério Público Estadual que intermediou o encontro entre Cel. Luís Ruffei e representantes do Sindicato Rural de Santarém (Sirsan) e da Associação Comercial e Empresarialde Santarém (ACES). A reunião aconteceu na sede do Ministério Público e resultou num termo de audiência assinado pelos participantes, dentre eles o promotor Aldo Saife, o presidente da ACES, Renato Dantas, o presidente doSirsan, Adinor Batista, e o coronel Luís.
Veja agora o trecho do Termo de Audiência:
Pelo comando do CPR-I, foi dito que a PM acompanha as ações de organizações ambientais como forma de garantir orespeito a ordem pública. Ressaltou ainda, que o efetivo do 3º BPM, incluindo os alunos do curso de formação de soldados da PM, estarão (sic) de prontidão na data de 08 de abril de 2006, bem como na data de 17 de abril de2006, a fim de garantir a realização de qualquer manifestação de natureza pacífica, bem como coibir atos que violem o direito a propriedade.
Isto posto, o blog pergunta:
1. Quem, afinal, fala pela PM de Santarém? É o capitão Risuenho ou o Coronel Ruffeil?
2. Porque a Rádio Rural não comentou, ou não apurou, o Termo de Audiência?
3. Não fica claro, na matéria do Diário do Tapajós, de onde saíram as informações sobre o possível envolvimento do Exército , Marinha, Polícia Federal e Polícia Civil na questão, cuja participação na operação foi desmentida pela Rádio Rural e não foi contestada. Teria sido do presidente do SIRSAN, o sindicato patronal da agricultura santarena? Ou foi o repórter do Diário do Tapajós que apurou?
O blog está aberto para receber maiores informações. Mas antecipa uma opinião: protestar pode, e deve. Invadir e depredar não pode, nem deve. Sob pena de se igualarem aos predadores, e perderem a batalha mais importante do movimento ambiental: a da opinião pública. Estão abertas as portas do Ministério Público Federal,Estadual e da Justiça.
São essas as portas por onde devem entrar as manifestações. Além das pacíficas e espetaculosas,é claro.
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