O ministro Marco Aurélio, do TSE – em cima de um placar de 6x1- nada mais fez do que explicar melhor a verticalização, como a frear a burla, às escâncaras e em diferentes modalidades, que já se construía na arquitetura política brasileira.
Nada mais do que isso.
As conseqüências práticas da decisão da Corte, no confronto com a certeza da tunga que aplicariam - mais uma vez à sorrelfa da lei e do interesse público - agora desnorteia os políticos e partidos.
Não a sociedade, diga-se.
Aqui no Pará, por exemplo, a decisão fulmina a possibilidade da candidatura “suprapartidária” do senador Luis Otávio, do PMDB, que só a cara de pau de seus mentores achava que poderia dar certo.
Torna o apoio de Duciomar mais fragilizado ainda: ele depende, agora, do rumo nacional que seu partido vai imprimir.
Como poderão subir no mesmo palanque, a revelia dos acordos nacionais?
O que diriam seus adversários, no palanque eletrônico?
Terminaria, certamente, nas barras da Justiça, qualquer tentativa de "bater a carteira" da lei.
Nada como um constitucionalista.
O ministro Marco Aurélio, e os ministros do TSE, resgataram a face da Constituição enquanto recurso de defesa do estado e da sociedade, ao longo do tempo.
A Constituição é a Lei, e fim de papo.
Não sei se eles pensaram nisso, ou só nisso. Não sou advogado.
Mas foi a sentença que saiu de seus votos.
Voto com eles. Acompanho a maioria.
As eleições 2006 voltaram à estaca zero.
Ótimo.
4 comentários:
8 x23 disse...
Juca,
A decisão é ruim para todos os partidos. Dos grandes aos pequenos, daí eu acreditar que essa medida não demore tanto para voltar tudo como antes no quartel de abrantes. O ministro Marco Aurélio tem a fama de ser polêmico, até pelas decisões coerentes que ele costuma tomar. Mas a sua coerência na interpretação da lei atropela todos os caciques da política brasileira. Dos velhos aos novos. E aí o buraco é mais em baixo, por conta da grande confusão que isso provocaria às vésperas das eleições.
De qualquer forma, se considerarmos a decisão como definitiva e aceitando a sua boa provocação de comentar o assunto no âmbito ¨papa-chibé¨, acho que seria até interessante. Vamos lá: uma eleição puro sangue com PSDB, PMDB e PT sacudiria o pedaço. Almir, Jader e Ana Júlia de frente, no cara-a-cara, movimentariam os arraiais eleitorais. Seria o momento certo da população paraense ver quem fez ou deixou de fazer; fez para o Estado ou para os seus negócios. Quem pousa de bonzinho ou boazinha, diz uma coisa aqui para sua turma e lá em Brasília diz amém, também. Seria uma campanha animada, como se diz, com madeira (será que o Ibama vai deixar passar com àquele sêlo?) de dar em doido...
Obrigadíssimo pelo comentário.
Vou comenta-lo na ribalta.
Como é bom concordar com o blogueiro predileto.Voto com os ministros do TRE e com vc para moralizar essa casa de puta que é nosso sistema eleitoral. Só não concordo com vc na escolha política e no futebol.
Uma pergunta: vc me censurou?
Seu anon. pref.
Como é bom receber meu anonimo preferido!Obrigado.
Quanto às nossas diferenças clubísticas, lamento.Ninguém é perfeito...eheh.
Mas as diferenças políticas...quais seriam, as suas e as minhas? Escreva.
E não me lembro de ter censurado um comentarista tão...tão...preferido.rs
Às vezes o Blogger sai do ar, apronta todas, some comentários.
Se contecer de novo mande o comentário para meu e.mail, disponível no profile do blog.
Abs, preferido.
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