A candidata do PSOL à presidencia, senadora Heloísa Helena (AL) , faz campanha hoje em Florianópolis, na esteira da reunião anual da SBPC.
Podia aproveitar e explicar as ações de seus seguidores, que adoram passar o cadeado nas portas das instituições em que comandam greves.
Nem hospitais universitários eles dispensam.
11 comentários:
Afora os dentes de fora para os petistas, a Senadora HH bem poderia esclarecer aos eleitores qual o projeto que o PSOL tem para o Brasil, que não fosse o velho slogan de "fora os imperialistas" e "fora lacaios de Bush". Tá na hora de falar sério!
Já já chega a hora do PSOL mostrar seus projetos para a sociedade,Anonimo.
Não é só a questão dos cadeados, não. O HU é um petisco para eles SEMPRE. Acham que os mais de 1000 funcionários do HU são um caldeirão de votos. E vivem lá tentando parar serviços essenciais à população. Sem dó nem pena. Melhor é deixar a PF de sobreaviso logo.
A imagem dos grevistas tentando passar o cadeado na porta do Barros Barreto, na greve de 2001, é emblemática.Está nos arquivos da UFPA, que certyamente não a cederá.Mas o PSOL precisará explicar essas estratégias para a população durante a campanha.
Abs
Greve não se resolve com polícia. Legalmente sabemos que esse direito não foi regulamentado para os servidores públicos. Contudo, na prática, coibir seria um exercício de descabido abuso de autoridade, estranho a vida democrática. Erram também aqueles grevistas que paralisam serviços essenciais, desrespeitando os limites de greve estabelecidos em lei.
Essa situação de confronto demonstra de forma clara que espernear não é suficiente. Necessário é que os dirigentes do Hospital adquiram conhecimento gerencial no assunto, visto que ele é ponto permanente na agenda da administração da unidade.
Recomendo que façam um curso de competência conversacional, negociação e conflito. Ajudaria em muito a enfrentar esse tipo de saia justa, reservando à polícia a última opção para solução do problema.
Seu comentário é uma pérola...de georeferenciamento.
Acaso o sr,(a) estaria na Suíça? Não tem a menor idéia do que são, e como agem,os grevistas no Hospital Barros Barreto.
Eles sim é que deveriam fazer um curso de civilidade e repeito aos bens e seriços públicos,e não seus dirigentes,certamente ocupados em fazer funcionar um hospital de referencia regional, função para o qual são pagos.
Só prova que o Sr.(a) notívagos tem toda a razão. Acho que a contribuição foi clara e bem intencionada. Não há como enfrentar o problema dos grevistas do HUJBB partindo de uma posição tão reativa que proponha como solução primeira chamar a polícia para dentro do campus universitário.
Chamarão também "a dura" para conduzir os universitários e os professores às salas de aula, se considerarmos que a paralização deles também cria transtornos no desempenho das funções univesitárias, ainda que o exemplo seja incomparável à inviabilidade de um serviço essencial de saúde? Sem paixões está claro que não.
Segundo, uma greve jamais será a última, o que obriga a abordagens mais profissionais do problema.
Portanto, o aprendizado das técnicas sugeridas de modo algum seria desnecessárias aos dirigentes do hospital ou de qualquer empresa que tivesse o fator greve como instabilizador de seu funcionamento.
A propósito, recomendo que você assista CRISIS, disponível em DVD. É o documentário sobre a solução que o governo Kennedy dá ao episódio racista na Universidade do Alabama, quando o governador do Estado praticamente se acorrenta na porta da universidade para impedir a matrícula de dois estudantes negros e põe a polícia estadual dentro do campus, desafiando as leis federais no intuito de desmoralizar o governo de JFK. Se não servir para ilustrar essa questão, ao menos servirá como cinema de boa qualidade.
O blog não duvida - nem questionou - a clareza e a boa intenção do comentário do Anonimo notívago.
Como o senhor(a) mesmo diz, não há comparação entre a paralização do hospital - objeto da pretensão de impedimento preventivo de Barreto, com a minha concordância- e a suspensão de aulas.
Partindo o suposto que uma greve nunca será a última é que discute-se seu refinamento, em termos de estratégias, até porque - e exatamente por isso - o sucesso de qualquer greve depende, em boa medida, da adesão da opinião pública, claramente contrária a estrupícios como o fechamento de um hospital.
Conheço, e admiro, o documentário recomendado, embora concorde com o Sr.(a) que o caso em tela por aqui é de natureza diversa.
Quanto ao treinamento sugerido, mais uma vez permita-me discordar.Não são as greves que desestabilizam o funcionamento da instituição, senão sua condução desastrada.
Aliás, duvido que exista alguma insituição tão "experiente" no convívio com greves quanto a UFPA.
Prefiroque o treinamento do pessoal do hosítalseja irigido às suas atividades fins:o atendimento da saúde pública.
Obrigado por seu comentário.
De fato, não tenho nenhuma dúvida de que o comportamento dos atuais diretores do SINTUFPA, reinseridos no cargo por eleição majoritária (que adianto, tenho o maior respeito), não os autoriza em nenhuma hipótese a agir da maneira que agem, tratando o hospital como um verdadeiro "pitéo" político, abraçando causas de oportunidade, sempre que lhes convém. Tenho e guardo fartos exemplos desta estratégia, que é velha, degastada e em alguns momentos, cabíveis de atos policiais mesmo. É só esperar para ver. E acho ainda que o exemplo citado pelo anônimo, apesar de elegante, afasta-se da realidade da colônia, que é colonia inclusive do ponto de vista sindical em todos os aspectos (sejam de trabalhadores ou patronais). Ou será que estou assim tão míope? De nada adianta estabelecer negociações profissionais pois elas nunca se manifestam bilaterais. Sei bem disso. Quando contestados em suas atitudes disparatadas e chamados à razão, os protagonistas do PSOL no SINTUFPa simplesmente afirmam: "Me desculpe mas o Sr. sabe que eu sou sindicalista e tenho que agir assim".
????????
O seu argumento mistura administração hospitalar com prática docente-assistencial.
O treinamento sugerido é para quem dirige o hospital, não para quem assiste aos doentes nos ambulatórios, enfermarias, treina os alunos de graduação e pós-graduação e faz pesquisa.
A condução desastrada de uma negociação pode se originar exatamente na interveniência da fragilidade de quem está sentado na mesa de negociação, seja ele o gestor do hospital ou a comissão de greve.
Não entendo, portanto, a reação à proposta, acima desqualificada como fora de tempo e lugar, se busca fortalecer a gestão hospitalar.
E em tempo: competência conversacional e gestão de conflitos é instrumento válido não apenas para tratar com grevistas, é aplicável em diversas situações da administração pública e privada.
Observação aos leitores: o educado comentário do Anonimo acima é dirigido a mim, e não a Carlos Barretto.A pequena diferença de seis minutos entre eles nada significa, e o Anonimo não leu o comentário de Carlos,mesmo tendo escrito depois.É que modero os comentários, em média, de meia em meia hora.Eles ficaram "juntos" no mesmo balaio.
De qualquer maneira, com muito interese deixo o debate à conta dos especialistas que são, mantendo minhas reservas,já enunciadas.Fiquem à vontade,Carlos e Anonimo.
Postar um comentário