11.10.07

Tudo Legal

A propósito do post Os Blogs, o "Povo", e a Opinião Pública, de segunda feira,9, escreve o jornalista e professor Fábio Castro, titular da Coordenadoria de Comunicação Social do governo do Pará.


Para acertar o passo do debate, informo que a CCS utiliza os serviços das 5 agências licitadas, exclusivamente. A licitação em vigor abrange a todos os órgãos da administração direta (secretarias de estado) e a alguns órgãos da administração indireta (empresas públicas, fundações, etc). Outros órgãos da administração indireta têm recursos próprios para publicidade, sendo esse o caso do Hangar. A publicidade referida foi feita com recursos do Hangar, e não com os recursos destinados à publicidade governamental por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2007. A CCS poderia participar dessa campanha ou de outra qualquer, movida por órgãos do Governo que façam parte desse grupo de instituições que têm recursos próprios e que não está abrigada na licitação existente. Poderia fazê-lo pagando a mídia na sua integralidade ou como verba cooperada, e desde que o serviço fosse comandado a uma das agências licitadas, mas não participou. A CCS também poderia terceirizar os serviços de uma das agências licitadas, recurso contratual existente, mas dentro de certos limites percentuais. Porém, também não o fez. Em resumo, o anúncio referido não foi pago e nem qualificado pela CCS. Ademais, esclareço que a marca do Governo ali presente foi usada pela OS licitamente, cabendo ver que, sendo parte do Governo, a OS tem o direito e o dever de fazê-lo.
Quanto à reflexividade dos blogs, concordo com vc, observando que, para testá-la, é preciso dispor de ao menos um dispositivo qualitativo (referência, debate incitado, marcação de posições, grau de inferência) e de um dispositivo quantitativo (consulta ao blog pela variedade e constância de acessos)

13 comentários:

Val-André Mutran  disse...

Um bom Círio mestre Juvêncio, abraços na esposa e na garotada.

Mais um ano em que não poderei ir apesar de ter comprado as passagens com meses de antecedência.

Acompanharei por aqui mesmo.

Unknown disse...

Bom dia, mestre Val-André.
Mas que pena!
Assim mesmo um ótimo Círio tb prá vcs aí em BSB.
Abs

Anônimo disse...

É um desclabro o dinheiro gasto com propaganda governamental, o governantes usam esta verba para propaganda própria.
Governo que presta não precisa dizer que fez, todo mundo vê.
"o homem que diz, sou não é, porque quem é mesmo não diz" música de Pery Ribeiro.

Unknown disse...

Grande Pery Ribeiro, pos doutor em Contabilidade Pública, Comunicação e Psicologia...rsrs.

morenocris disse...

Caramba...nunca fiquei tão feliz em uma caixinha de comentários.

Juro, Juca !

Você é uma pessoa ímpar !

Beijos.

Unknown disse...

rsrs...e vc torcendo sempre pelos pares, né espertinha?
Bjão grande e ótimo Círio.

Anônimo disse...

"O homem que diz sou, não é / porque quem é mesmo, não diz."

Isso aí não é um trecho do "Canto de Ossanha"? É do Pery Ribeiro?

Parece que que a biritada do Círio já começou a fazer vítimas...

Anônimo disse...

Ana "glub" Paula "hic" Ribeiro, voce é parente do Pery?

Anônimo disse...

Juca querido,

o texto do Professor Fábio Castro, ainda que se preze a rapidez e a delicadeza dos esclarecimentos, é um show de imodéstia e arrogância. E não explica o principal.

O professor se apresenta como quem dará o passo do debate, mas sua régua e compasso ficam muito, muito distantes daquelas da Bahia do Gil.

Após uma atenta leitura, espremo: a CCS poderia ter entrado no jogo para evitar, moralizar u conter- mesmo entendendo perfeitamente e exaustivamente a procupação do professor em explicitar que legalmente isso não era necessário e que, trocando em miúdos, a CCS não tem nada com isso! - a gastança e o desperdício.
Mas, em não sendo sua atribuição legal e constitucional, não sendo essa a missão institucional da CCS(será mesmo?) e em não tendo sido convidado a opinar, ele não tem responsabilidade na confusão. E está corretíssimo, seguindo a teoria do Grande Lider nacional, aquele que se vê, não acha nada errado e se está errado, ele não viu.

Lamento, Juca. Do professor Fábio eu só tinha as boas referências deixadas sempre aqui por você.
Com essa nota, o professor ficou devendo uma paródia ao dito atribuído ao cada vez mais saudoso Stanislaw Ponte Preta - ou nos locupletamos todos ou restaure-se a moralidade - que é: ou nos responsabilizamos pela missão a nós atribuída ( a de disciplimnar e moralizar a comunicação pública, no caso da coordenadoria dele) ou esgrima-se o rigor do cumprimento da lei.

Quanto à reflexividade dos blogs e a científica indicação do professor de como poderemos testá-la, acho que podemos utilizar sua sugestão para medir a o bom ou mau uso dos recursos públicos: o dispositivo qualitativo é o que a sociedade merece e o quantitativo é o orçamento público, tantas vezes legalmente ludibriado.

Beijão

Unknown disse...

Olá, querida.

Temos algumas discordâncias sobre a questão. Vou explicá-las de modo ligeiro, que já me alcançam os preparativos do feriado.

Antes, porém, uma consideração: não discutirei a necessidade da mídia, a revista Latitude, senão as condições de sua realização.
Considero razoável que um empreendimento do porte do Hangar, e no mercado em que ele concorre, disponha de uma revista com a "latitude" apresentada.
Durante muito anos o trabalho do melindroso secretário Paulo Chaves temperou extensas discussões acerca de suas primorosas publicações.
A discussão, lá como cá, se volta para as condições de realização das empreitadas, e não em seu mérito
Isto posto,

1. De acordo com Fábio, a CCS não tem nada a ver com as verbas de comunicação de algumas entidades, OS's ou não.
A CCS não cobre todas as instituições do estado.
Veja bem que ele diz que a CCS não qualificou nem autorizou a mídia. Cobre-se, então, o próximo passo, de Joana Pessoa, titular do Hangar.

2. Mas, se poderia entrar e não entrou, talvez queira indicar um limite, da CCS e/ou de si próprio, no jogo do poder e/ou de gestão, ou os dois juntos. Pode não ser mais uma questão específica ou exclusiva da CCS.


3.Daí a expressão "acertar o passo do debate", para mim entendida como o seu (dele) próprio passo, definindo suas atribuições e limites com sinceridade e naturalidade.


4. Quanto a menção sobre a reflexividade, talvez - e é uma suposição, apenas - Fábio a tenha entendido no sentido de Giddens, a acepção mais conhecida da categoria.
Minha intenção, e o link é bem claro, foi no sentido de "pensar-se a si próprio", um movimento que altera, em primeiro lugar, os sentidos de quem escreve e de quem lê blogs.
Minha intenção não retira, entretanto, uma possível interpretação no sentido do autor inglês, que também pode ser aplicada ao caso, com as restrições que Fábio fez.
Ao contrário, também corrobora o que diz o post, tema, aliás, de algumas conversas que mantenho com o reitor Alex, estudioso de Giddens, e que, muito mais do que eu, percebe a "reflexividade" dos blogs. Percebe, e curte.

Louvo a atitude de não qualificar nem de pagar tal mídia, pelas condições de realização e não pelo meprito, e registro sua consideração ao blog e seus leitores em dize-lo de público.
Com base no amparo legal de sua não participação, aponta a direção da responsabilidade da peça: a titular do hangar.
E aí acerta sim, olhe lá, o passo do debate.

Lembre-se do que disse no post que eu origem à discussão: o Estado não é monolítico.

No mais, fique inteiramente a vontade para lamentar a conduta do prezado Fábio.
E eu, a vontade para continuar nele depositando minha confiança, até porque não vejo Lula em todos os petistas, ou em todos os seus atos. Absolutamente.

Mas, admito, humilde, posso estar completamente equivocado.
A questão está aberta, e nela todos podem caminhar. Passo a passo, com deve ser.

E, como vc bem percebeu, com a delicadeza das palavras do Fábio, uma pessoa educada.

Bjão prá vc, bom feriadão e até a volta.


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Suponho que as hordas, de várias procedências, vão tentar "apertar o passo do debate".
Sugiro que não percam tempo.

Anônimo disse...

Juca querido.

o que me resta é mesmo continuar apostando na sua avaliação do professor Fábio, que, pelo seu comentário, continua merecendo sua confiança e apreço. E fico contente por merecer também, pela sua carinhosa e longa defesa dele e pela enorme condescendência comigo.

Entendi perfeitamente no texto do professor o que você justifica, quanto aos limites da CCS e quanto à importância dele colocar publicamente o limite pessoal e funcional dele. Mas, a questão central ficou e ficará do jeito que sempre foi.

Quando critico o professor não estou louvando e incensando seus antecessores. Quando acho mesquinharia e deslumbramento autoridades ou convidados estarem trepados num palanquinho a dois metros do chão, sendo servidos por garçons, num show público e gratuito do Pablo Milanês, na área aberta do Hangar, não estou louvando o Paulo Chaves. Você sabe disto, mas algus leitores podem confundir-se a meu respeito.

Juca, fui governo e ainda que não teha sido no escalão do professor - a minha era a sexta ou sétima trincheira - discordei muitas vezes e o fiz internamente. A minha vantagem foi que na minha sexta trincheira eu tive autonomia absoluta para fazer somente o que a missão institucional e a minha consciência determinavam.
Se as discordância ou limites tivessem interferido no que eu havia me disposto a fazer, teria pedido demissão, como o fiz em dezembro passado, por ter a convicção de que o governo que viria não me permitiria exercer dessa forma o meu trabalho. Não haveria nunca confiança e respeito recíprocos.

Na verdade, você tem uma parcela de culpa nesta confusão. Depositei no professor expectativas exageradas, pelo apreço transferido por você. Mas, você tem razão. Peço desculpas ao Professor Fábio. Espero que ele continue a dar o passo que pode dar, nos limites que tem. Ninguém precisa ser Dom Quixote quando os moinhos nem sequer tem a forma que deveriam ter. E isso não é ironia.

Quanto aos que vierem acertar o "meu passo", não se preocupe. Depois de quase 8 meses de boca e teclados fechados, o que penso e escrevo e falo hoje sobre o atual governo (lá e cá) é exatamente o que penso e precisamente uma manifestação de melancólica frustração por aaquilo que eles não são. E não serão.

Obrigada a você, renovo minhas desculpas ao professor, e um bom Círio para todos nós.

Beijão

Unknown disse...

Queridona, moderei seu comentário pelo celular, através do meu filho, e só agora retorno ao lar doce lar...rs
Obrigado por seu gentil retorno ao blog, e nenhum outro comentário foi moderado...eheh.
Alv[issaras.
Bjão.

Blog do Paraense disse...

Gostei do comentário da Bia quando assume ter uma posição definida qunto a uma leitura da disposição e potencialidades do governo Ana Júlia acerca da carta do coordenador da CCS. O que justifica muitas vezes uma leitura demasiadamente apressada da realidade, que não a permite ver o que todos vimos, que a estrutura jurídica OSCIP criada no governo FHC, e implementada com galhardia por PC nos governos tucanos, promove este tipo de situação, de autonomia frente ao poder público.
Não entro no mérito se a publicidade veiculada nos jornais de domingo é legal ou ilegal, pois não li os jornais de portanto não via a publicidade.
Considero contudo que a publicação Latitude está adequada para o mercado em que concorre, um mercado movimentado onde se busca o máximo de qualidade.