Pelo e.mail,o jornalista Miguel Oliveira, titular do Estado do Tapajós, encaminha sua análise sobre as candidaturas proporcionais nas eleições de outubro, que o blog divide com seus leitores.
Previsão e torcida
Meu caro Juvêncio,
Os analistas políticos, abrigados na web ou no jornais, à vezes sãoconfundidos com torcedores deste ou daquele candidato. No teu site, sempre atualizadíssimo, tenho acompanhado a reação de alguns de teus leitores, a maioria, anônimos que, sabe lá por quais motivos, tentam atribuir à publicação de uma pequena nota motivos ocultos tendenciosos, quando, na verdade, o serviço que presta aos leitores nada mais é que a reprodução daquilo que, à vezes, está no intramuro, que só uma observação acurada como a tua, transforma em uma grande notícia.
A propósito, assim com tu, vislumbro uma disputa acirrada pelas vagas doPará na Câmara dos Deputados. Sem o condão do visionarismo, quem acompanhaa política paraense há alguns anos, pode arriscar certos palpites que o leitor deve absorver ou não, com ou sem as ressalvas necessárias de que se trata de uma simples conjectura.
No caso das coligações anunciadas, o PMDB ao que parecer largou na poleposition e pode fazer uma superbancada, talvez cinco ou seis deputadosfederais.
O PSDB, pelo que se apurou até o momento, não repetirá a
performance das eleições passadas, podendo, no máximo, eleger três ouquatro parlamentares.
O PFL, coligado ao PL, PSC e PMN, deve ficar tambémna faixa de três vagas, podendo almejar a quarta se o deputado Vic PiresFranco ‘estourar’ nestas eleições, o que não é improvável devido aosbenefícios advindo do trabalho da mulher dele através do Presença Viva,que muitos já apelidaram de ‘presença vic’.
Quanto ao PT, é público e notório que só uma reviravolta poderá mudar o quadro trágico que avizinha ao partido, cujos nomes expressivos da legenda– José Geraldo e Paulo Rocha- terão muitas dificuldades em atingir o coeficiente eleitoral que possibilite a eleição dessa dupla, uma vez que o restante da chapa é de pouca densidade eleitoral.
Aos demais partidos, no caso o PPS e PDT que se coligaram no apagar das luzes, trata-se de um abraço de afogados, podendo se salvar o ex-deputadoGiovani Queiroz, dependendo do trabalho que fizer no sul do Pará.
Nesse caso, o PPS ficará com a suplência.
Mas, como previsão é previsão, e de favoritismo em favoritismo a seleção brasileira voltou mais cedo para casa, nada mais natural que tais previsões fiquem apenas no terreno das conjecturas.
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