6.2.06

Ceteris Paribus*

No site Deu No Jornal, link ao lado, vários jornais brasileiros publicam hoje matérias a respeito da suposta desvalorização dos marqueteiros em 2006. Leia aqui a fonte dessas publicações, o Estado de São Paulo.
O Estadão errou, ou foi plantação dos interessados, preocupados em sair da mira da Receita, da PF, do Ministério Público, do TJE e tudo o mais.
Os doadores não vão cair fora porque precisam doar, se me entendem.
Brindes e out doors pouco influenciam no custo das campanhas e serão imediatamente substituídos por outras mídias, que abundam e nunca foram utilizadas.
Os candidatos precisarão, mais do que nunca, dos serviços dos profissionais da ilusão, dado o lodaçal em que se enfiaram até o pescoço, deixando-os muito parecidos entre si.
E ainda vão ter que montar as estruturas de prestação das contas, on line.
O que vai regular o mercado dos profissionais do marketing político é o mesmo e único instrumento que regula qualquer mercado de trabalho: as curvas de demanda e oferta.
Em 2006, além da campanha presidencial, teremos campanhas majoritárias nos estados. E só.
Como só? perguntaria o desavisado.
Explico. O que inflaciona o mercado de trabalho são as campanhas municipais, pois o número de grandes cidades brasileiras que comportam três e até quatro campanhas profissionais é enorme. Só aqui no Pará identifico seis cidades, além da capital, onde as campanhas são profissionais. Em 2008 a procura será aumentada o suficiente para que os preços atinjam os níveis de demanda correspondentes.
Então vamos combinar, não é a crise política, ou as restrições pífias que estão em discussão no Congresso, que vão diminuir em 30% o preço dos “malditos marqueteiros”. Nunca vi regular mercado por decreto, ainda mais num serviço relativamente inelástico à renda,para usar uma categoria economica.
É o “superávit” na oferta, pela pequena quantidade de campanhas em 2006, que vai ditar os preços.
O resto, como se dizia na Economia, mantém-se constante*.

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