Fui tantas vezes lá, mas não ontem, quando ele fechou suas portas.
Era o mais próximo dos lugares onde morei na infância e juventude.
Foi dele que fui expulso – a única vez, que vergonha! -pois estava ao lado de um amigo bagunceiro, mas nele sempre voltava.
Foi lá a primeira vez que pus as mãos nos peitinhos de uma garota, felizes da vida, eu, ela e eles.
Mas deixo as cenas finais da história do mais antigo cinema do Brasil, que ontem fechou suas portas, para as letras cinematográficas de Luzia Miranda Alvarez.
Leia aqui.
6 comentários:
Qual cinema? voce nao fala e nem o texto da Luzia Miranda também.
Desculpe Dudu, e obrigado.Tá refeito o link.Abs.
Lendo o teu comentário Juca, sou invadido por uma onda de nostalgia, que se tem algum fundamento, são semelhantes aos teus. Tambem morava perto do Olimpia. Muitas vezes ouví seu prefixo musical com inebriante ansiedade. Primeiro porque ia começar o filme propriamente dito, e segundo porque ia ficar escurinho e aí eu começava minha atavica "conquista". Um abraço aqui, um cheirinho no cangote ali,uma deitada no ombro da amada, etc.,etc. Observe como os homens ao se enamorarem ficam meigos, dóceis. Estavam certos os que preconizavam "faça o amor não faça a guerra". Aproveita para mandar esse recado para o Bush, naquele site aí em cima.
Aha ah, voce foi ainda mais nostalgico do que eu,Anonimo.Eram bons tempos,hein?
Acho que agora nem na paixão os homens ficam dóceis omo naquela época...a competição aumentou muito..rs.Mas eu concordo com voce: continuo achando que é melhor o amor.Muito melhor.
Valeu o comentário.
Juvêncio, que notícia triste!
Morador que fui do Edifício Manoel Pinto da Silva, era assíduo freqüentador do Olympia nas matinês, assim como ia ao antigo Palácio (que já virou templo evangélico).
Sou um cinéfilo obrigado a viver numa cidade (Santarém) com um único cinema (Cineramma) que resiste à tentação de fechar, porque seu proprietário (Raul Loureiro), mantém os prejuízos com recursos de uma herança que recebeu de seu avô português, mas não sei até quando. Ele mesmo tinha um Cine Olympia, que teve de fechar em meados dos anos 1980 e hoje é um restaurante.
Mas voltando ao meu queirdo Olympia de Belém, como esquecer a primeira "barrada" em filme proibido para 16 anos (se não me engano era o "Inferno na Torre", com Paul Newman), já em 1975, por eu ser um baixinho de 12 anos (enquanto minha irmã, de 13, passou sem problemas por ser alta!). Foi a maior frustração da minha pré-adolescência! (Anos depis assisiti o filme pelo menos uma dezena de vezes, como uma espécie de vingança ao porteiro que me "barrou".
A "barrada" era o maior mico que um garoto da minha época podia pagar...
Mas ali tive momentos felizes, assisitindo filmes clássicos para crianças como "A Fabulosa Fábrica de Chocolates", "O Pequeno Príncipe" ou os nacionais "Os Trapalhões", quando Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, nos faziam rir. E os Irmãos Marx?. Sem esquecer do velho Mentex à boca...
O primeiro beijo, também roubei lá, assistindo "Romeu e Julieta", a versão glamourosa de Zeffirelli.
Ir ao Olympia era mágico. Depois havia a parada obrigatória no carrinho de cachorro quente na rua transversal.
Infelizmente, passa agora um filme na cabeça: o mesmo Paradiso, citado pela Luzia...
Estou de luto...
Que beleza, poeta.Vou posta-lo, com um comentário.
Mas fique frio.O que muda é a base técnica.A emoção continua.
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