Caminha rapidamente para a falência a energética do vizinho estado do Amapá - Centrais Elétricas do Amapá, CEA - que não cobra dos consumidores e não paga a ELETRONORTE.
Se e quando a CEA quebrar, é provável que a ELETRONORTE seja chamada para assumir o pepino da distribuição, como já fez antes aqui em Nova Déli e faz até hoje em Manaus (compra da El Paso e distribui por uma subsidiária).
Mas há outras situações igualmente graves na Amazonia.
A estatal estadual de energia elétrica de Rondônia compra energia elétrica geradas pelas pequenas hidrelétricas do governador Ivo Cassol ( sem partido). Compra e paga religiosamente. Compra também da ELETRONORTE e não paga.
O resultado é que a ELETRONORTE dá lucro no Pará, mas o lucro é engolido pelo prejuízo das operações de sistemas isolados de Roraima, Rondônia e Amazonas, com o detalhe agravante dessa, digamos, esperteza seletiva que acontece em Rondônia.
Para mais de um diretor, a ELETRONORTE já deveria ter jogado duro com a concessionária de Rondônia.
Há, ainda, mais uma queda de braço na região: a oposição da Petrobras e do ex-governador Jorge Viana (PT) à geração hidrelétrica e à interligação do Acre. Menos por florestania ou florestanismo e mais por interesse no ICMS gerado pelo combustível consumido nas térmicas do Acre, do qual depende o Governo do Estado. Com a geração hídrica a Petrobras perderia essa venda garantida e o Acre o ICMS do combustível.
Um comentário:
Ou seja, o de sempre: uma meia dúzia de safardanas que têm poder de mando em alguma coisa fazem única e estritamente o melhor para seus bolsos, em detrimento das empresas públicas, dos usuários do serviço, do meio ambiente - do país, enfim.
Sou contra a pena de morte. Mas se ela existisse...
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