23.8.07

Perdoai, Pai

De Lucio Flavio Pinto, na mais nova edição do Jornal Pessoal, nas bancas de Nova Déli e no Estado do Tapajós.


O VICE-GOVERNADOR DO ESTADO QUE FALA MUITO E MAL

Quando candidato, o atual vice-governador Odair Corrêa não apareceu uma única vez nos programas da governadora Ana Júlia Carepa. Foi um dos mistérios da campanha eleitoral do ano passado. Mistério menor, ainda assim intrigante. Se não era usado na propaganda em busca de voto, era porque não somava? Quem sabe, podia até diminuir a votação da cabeça de chapa? Mas por que, então, foi escolhido como seu parceiro? Seria porque, sendo de outro partido, o PDT (já em trânsito para o PMDB), mas sendo também inócuo, não comprometeria a sempiterna estratégia do PT de não dividir o poder, mesmo quando em coligação compulsória, como a que foi obrigado a fazer em 2006?

Se foi por isso, Odair está começando a adquirir contornos inesperados, com elementos de Carlos Santos (em relação a Jader Barbalho) e Hélio Gueiros Júnior (diante de Almir Gabriel). Politicamente, ele sempre foi inexpressivo: sequer conseguiu se eleger vereador em Santarém, sua terra natal. Para tanto, não precisava nem ter mil votos, meta que sempre ficou à distância do seu cacife. Mas era um dos líderes da campanha pela criação do Estado do Tapajós (ou do Baixo-Amazonas), liderança que talvez se baseie na fragilidade desse movimento, e assim foi apresentado à aliança - e assim se apresenta agora.

Mas se vê que o vice-governador é um daqueles que empunhou a bandeira sem um conhecimento mais profundo quanto ao seu significado. Seu conhecimento é superficial, com fundamentação empírica, por intuição ou entusiasmo, não por reflexão adequada. Sem outras armas, ele se deixa levar pela onda da oportunidade, onda que o levou ao mais polêmico de seus movimentos: ir ao vizinho Amazonas defender a redivisão do Pará.

Se o comparecimento tivesse sido a um seminário ou a uma mesa-redonda, era uma coisa. Tratava-se, porém, de uma audiência pública. A designação procura dar a idéia de que o ato faz parte de procedimentos para o processo de retalhamento do Pará, como são as audiências públicas no rito do licenciamento ambiental. Não possuem apenas caráter acadêmico: têm intenção deliberativa. Visam conseqüências práticas, não só blá-blá-blá.

O vice-governador sustentou que o Amazonas se tornou lugar legítimo para audiência pública sobre a reconfiguração territorial do Pará porque já abriga um contingente demográfico representativo de pessoas originárias do que pode vir a ser o Estado do Tapajós. Numa entrevista a Mauro Bonna, no Diário do Pará, o vice disse que, "nos últimos anos, mais de meio milhão de paraenses da região Oeste e Baixo-Amazonas migraram para o Amazonas". Já para O Liberal ele declarou que "o número de paraenses, seus descendentes e familiares, já ultrapassou 300 mil na cidade de Manaus".

A imprecisão é grande, demasiada. Na primeira entrevista, fala "nos últimos anos", sem esclarecer quantos. Na outra declaração não há referência temporal. Na primeira, em dado período, que não especificou, mas tem duração restrita, a migração foi para todo Amazonas e somou 500 mil. Já na outra entrevista, a referência é a um saldo histórico acumulado, talvez desde quando moradores da parte ocidental do Pará começaram a se estabelecer do outro lado da divisa estadual, chegando a "apenas" 300 mil, mas só na capital amazonense.

Pode-se confiar nessas avaliações, exageradamente abstratas e imprecisas? Claro que não. Admitindo-as, entretanto, apenas para efeito de raciocínio, que significação tem essa grandeza populacional se esses paraenses não estão no Pará e, por conseqüência, não poderão votar no plebiscito, restrito aos residentes no Estado?

Aí está o grave da questão. O vice-governador pode ir ao Amazonas defender suas idéias separatistas (espera-se que não o faça com ônus para o erário paraense, por questão ética, moral e de coerência), mas não pode violar os compromissos legais a que está sujeito. E o que ele defendeu é ilegal.

Ele quer que a consulta sobre a criação do novo Estado se restrinja aos moradores dessa área que propõe emancipar. Já é manso e pacífico o entendimento de que o plebiscito se aplica a toda a área do Estado e não apenas ao pretendido território novo. Feita a consulta geral, o Senado decidirá sobre a mudança, submetendo a deliberação ao presidente da república, para confirmação ou veto.

A discrepância manifestada pelo vice representa, ela, sim, uma violação aos seus compromissos legais, não só como autoridade pública, que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição paraense (além da nacional), mas também como cidadão, que não pode ignorar a lei.

Se sua interpretação fosse legal e legítima, a que ela o conduziria a partir daí? A, como um Moisés mocorongo, trazer de volta ao Pará os 300 mil ou 500 mil paraenses que estão do outro lado do mar verde, para aqui votar no eventual plebiscito sobre a criação do novo Estado? Ou tentar fazer com que possam votar sobre o destino de um Estado, encontrando-se em outro? A primeira hipótese seria crime: transportar eleitor na véspera ou no dia da eleição. A outra, também: romperia o princípio federativo, que é cláusula pétrea na organização constitucional do Brasil.

O vice-prefeito Odair Corrêa é como aquelas pessoas pelas quais Cristo pediu a clemência compreensiva do Pai: não sabe o que diz.

43 comentários:

Marcos disse...

Excelente texto ... como sempre!

Unknown disse...

Sim, Marcos.
Marca do Lucio.

Anônimo disse...

A tragédia já estava anunciada desde a campanha eleitoral, quando a governadora Ana Júlia escondeu o seu vice a sete chaves.
Ninguém sabia quem era Odair Correa, e o pior, nem fez questão de saber.
Deu no que deu.
Elegemos um vice governador despreparado, aloprado e deslumbrado. Um vexame.
E agora ainda tem mais um problema. O nosso deslumbrado vice está nos braços do que há de pior na política, Jáder Barbalho.
Tem coisa pior ?
Tem sim. A nossa governadora morrer.
Mas aí é o Pará cair de costas e ainda quebrar o nariz.
Vida longa Ana Júlia !
Vic Pires Franco
deputado federal

Anônimo disse...

engraçadinho o VIC PIRES FRANCO, deveria para de falar do JADER que nem se da ao trabalho de responde-lo.
Cuide de seu caminho e de sua esposa na politica e deixe os adversarios que o ignoram para tras.

morenocris disse...

Bom dia, Juca.

Impecável, o Lúcio, como sempre !

Existem erros e erros. E esse, deixou marcas.

Beijos.

Unknown disse...

Bom dia, caríssima. Vc tem razão.
E nesse caso é a marca da Zorra.
Bjs

Anônimo disse...

Desculpa, Lucio, mas não dá para Perdoar. estamos todos noi calkvário, na Cruz. E que o Pai nos perdoe. Não dá para perdoar acrditando que o vice-governador não sabe o que faz.

Anônimo disse...

O Lucio e um ser de enorme gama intelectual, saber escrever e dizer o ponto da realidade sobre o assuntos paroaras, deveria esta no lugar deste aloprado Vice-governador, mas não e politico.
Agora quanto a divisão do Pará o pessoal realmente que trabalha pela separação do estado não tem vinculo de nascencia com este solo, não enterraram aqui seus umbingos ao nascerem, então deveriam volta a suas origem e neste locais fazerem o retalhamento territorial.
Ambicões politicas na terra do outros, paciência.
Povo do Pará plebicito ja para acabar de vez com estes congeneres interistaduais separatistas.

Ximangos com Amor disse...

Sou fã do Lúcio Flavio Pinto, de quem aempre se pode esperar artigos aempre meuito bem redigidos e com informações sempre muito precisas, mas há três reparos a fazer, embora de somenos importância, ainda assim, para corrigir as imprecisãoes do articulista: primeiro, o Odair apareceu sim, no programa eleitoral da governadora, duas vezes, mas apareceu; segundo, para se eleger vereador em Santarém o caboco tem que ter, isso há muito tempo, bem mais que os mil votos citados pelo LFP; terceiro, o Odair não é filiado ao PDT.
No tocante aos números de paraenses que migraram e migram, todo ano, para Manaus, o número é sim, elevado, não sei se, nos últimos 10, 15 ou 20anos, 500 mil ou 330 mil, mas é um número que sempre preocupou as autoridades manuaras e o manauense, de forma geral, porque contribui diretamente para o inchaço populacional e a consequente favelização de manaus.
Nesse sentido, vejo, sim, justificativas para o interesse do amazonense em criar mais uma unidade federativa que possa conter o êxodo em direção à capital amazonense.

Anônimo disse...

Ainda bem que o anônimo das 8:07 não lê o jornal vagabundo dos Barbalho.
Se lesse não deixaria este comentário.
Vic Pires Franco

Unknown disse...

Grande Evaldo, prazer em vê-lo aqui no Quinta.
Abs

Unknown disse...

Deputado Vic, "figura fácil" na folha sobrancelhuda...eheh.
Bom dia!

Anônimo disse...

Luluquefala:
Já daria para o pessoal da casa militar, que fica 24 horas ao lado do vice governador, escrever um livro besteirol sobre as asneiras do nosso Odair.
Coisa pra fazer a gente rolar de tanto rir.
Um deslumbrado.
É o mínimo que falam dele.

Anônimo disse...

o fato de paraenses da região separatista migrarem para Manaus não significa que o Amazonas possa promover audiências discutindo a divisão do Pará, se for assim, então a AL paraense poderia discutir a criação do Maranhão do Sul, dado a emorme população de maranhenses que migraram(e migram)para o Pará, ou então a AL de São Paulo poderia discutir as propostas de divisão existentes nos estados do Nordeste pela gigantesca quantidade de nordestinos que para lá migraram

Anônimo disse...

A diferença é que o Governador do Maranhão acha justo a população opinar sobre a divisão do estado e aqui os donos do poder que se acham os representantes deste ainda querem que se fique calados e continue mais séculos com poucos lucrando, como é o caso do senhor e senhora Vic Dourado Pires Franco, que não sabe que é viver num local em completo abandono, talvez ele ache que um Hospital superfaturado, resolva o problema. Deputado o seu ... tem uma palha bem grande...cuidado!!!

Anônimo disse...

Esse Vic é pertubado.Imagine que ele esqueceu do período em que puxava o saco do Jader. Levava até filme para ele assistir. Dava presente.Tem fotos, muitas fotos desse tempo. Queria o apoio do Jader quando tentou ser prefeito de Belém e ficou em ultimo lugar. Agora, de saia, quer ser candidato de novo, e vai pegar a segunda lambada. Dona Déa já rifou o apoio do narigudo.Pobre vic vaporub.

Anônimo disse...

É bom não esquecer que o Lucio Flavio é santareno.
Fez uma apreciação sensata, coerente e isenta.

Anônimo disse...

Juca. O que me conforta é saber que o Odair Corrêa não terá chances de se eleger a quaquer cargo político no Estado do Tapajós, uma vez que, como bem disse LFP, ele não tem votos nem sequer para se eleger vereador. O "nosso" Odair foi um presentinho de grego dado por Ana Júlia ao povo do Pará. Ao deputado Vic Pires Franco, cumpre dizer que os maiores responsáveis pela eleição desta dupla que ai está foram os seus adversários. Campanha arrogante, falta de empenho e desdém para com a adversária, que foi subestimada. Uma pena para nós, aqui do Oeste, que tivemos no Jatene uma sombra de esperança de termos governo para a nossa região. Agora, com Ana Júlia, só temos siglas: PTP, PT, PMDB. E com um vice destes, P.Q.P!

Anônimo disse...

Completou hum ano da hospedagem do Odair no Crowne Plaza, só que o hotel ainda não viu a cor de um centavo só.

Anônimo disse...

A divisão do estado é mais que uma questão de umbigo, é uma questão de justiça e de igualdade para todos os paraenses. A situação dos belenenses é muito diferente da dos outros paraenses do resto do estado, pois aqui circula o capital e ele permanece aqui, os investimentos são feitos nessa cidade, já em santarém, por exemplo, o sentimento que dá é de uma imensa desigualdade e exploração, pois pouco é investido lá, ou pelo menos pouco perto das riquezas geradas por aquela região.
Acho que o vice está certíssimo! Pelo menos ele não é hipócrita, de querer a divisão, achá-la justa e não lutar por ela.
E para começar não deveria ser vice de um estado que ele quer botar fim (com toda razão), mas quem sabe isso não é apenas uma estratégia para colocar em evidência suas idéias... seus futuros escândalos, que seja, mas que tenho certeza que hoje têm muito mais impacto pelo cargo que ocupa.
Clélia Zarouk

Anônimo disse...

Aos Anonimos e ao nobre Dep. VIC PIRES FRANCO, vamos terce comentarios apenas sobre o assunto divisão do Pará.
O mestre maior(sabes todos de que) Jader Barbalho Sobrençalhudo esta lindo e solto no congresso, e o unico politico paroara com influencia no congresso, o resto e so figuração.

Anônimo disse...

Gente o Odair deveria volta a se candidata a vereador de Santarem/Pá pois e bom de voto nesta região, quem sabe não e prefeito.

Anônimo disse...

imagine dizer que Belém e a elite paroara, Salame deixe de ser preconceituoso com o povo deste estado, mostre sua certidão de nascimento e depois venha discurtir de igual com quem e filho desta terra.
Plebicito Ja com todos os habitantes deste maravilhoso estado.

Anônimo disse...

Juca fique preoculpado terça de madrugada quando fui pega o voo da TAM a São Paulo e no mesmo estava repleto de personalidades politicas da região, tinha Senador ja detido pela PF, Mensaleiros, sangesugas e varios puxa sacos, acredite, tentei muda ate de companhia, pois a mistura de TAM X galera acima citada deu medo.

Anônimo disse...

Sr.Juvencio, com todo respeito: para existir democracia é necessario uma imprensa livre. Imprensa livre é sinônimo de publicidade. Quem banca o jornal do Lúcio Flavio?Ele não é rico, não trabalha formalmente em lugar algum, lógico existe algo que precisa ser informado ao leitor.

Anônimo disse...

Dizer que um povo ou qualquer pessoa não pode discutir um assunto de seu interesse é no minimo absurda. Quanto ao Lucio Flavio, tem um texto limpo e claro, mas com algumas informaçoes erradas e falta de conhecimento, e bater numa pessoa como Odair é até covardia para quem tem a intelectualidade do Lucio Flavio. Bate em alguém do teu tamanho Flavio.

Anônimo disse...

Resposta para os lambaios do Jáder:
Vão para aquele lugar onde as mães os pariram.
Depois passem no caixa e recebam o dinheiro sujo do Jáder.
Quanto ao rabo de palha,podem tocar fogo que nada tenho a dever.
Voces jaderistas sabem muito bem o sinonimo da palavra JADER.
Vic Pires Franco

Unknown disse...

Das 11:38 e Tapajoara, façam-me o favor!

Anônimo disse...

os separatistas gostam de falar em democracia, mas sempre que surgem agumentos fortes contra o separatismo ou algum separatista como é o caso dos textos do professor Gilberto Rocha e do Lúcio eles tentam jogar lama, desqualificar
quanta democracia...

Anônimo disse...

O Lucio Flavio escreve como o xará dele bate falta e tenho dito.
Sds
Tadeu.

Anônimo disse...

Juvencio, somos uma democracia e neste sentido vamos agir, estamos discutindo um assunto que apenas o prebicito ira da ponto final, o congresso deveria logo autorizar este ato democratico para que todo o povo do estado do "PARÁ" possa decidir, sem piteco de Bares.
Vic-governador seja coerente com o cargo que ocupas pois assim deveras sair um pouco de area que devido as suas falas infelizes não param de lhe taxa de adjetivos ruins.
o povo do Pará e um so, Paroaras, somos todos irmão do oeste, sul e norte.

Unknown disse...

Vc gostou né Tadeu?...rsrs.
Golaços, dos Lucios.
Abs

Anônimo disse...

Gostei , sim até porque acho estranho a idéia da separação , me parece oportunista.Entendo as razões geograficas , discussões de arrecações , de riquezas etc , coisas que não tenho visto ou lido . Tenho visto , lido muito mais interesse políticos , ou textos lindos como daquele cracaço de bola e de texto que vc publicou que o que tinha de beleza poética pra mim carecia de peso real argumentativo.A colocação do Lucio Flavio " como um Moises mocorongo... é arrasadora. Um golaço.
Uma pergunta tecnica , histórica e que pode nos servir de base para uma posição : foi boa divisão de Goiás , se sim pra quem????
Sds
Tadeu
Seu blog é bom pra caramba , consegue fazer com que eu tente pensar um pouco , o que é um grande mérito , já que isto é difícil a pampa.

Unknown disse...

Obrigado, Tadeu. O bom do blog é a troca, e a presença de textos como os do Lucio e do Cristovam.
Deixo que os esquartejadores respondam à sua pergunta sobre Goiás. Estão informadíssimos...rs
Abs

Anônimo disse...

foi ótima sim....para Goiás !

Anônimo disse...

Em defesa da verdade.
Lúcio Flávio Pinto tem seu nome no expediente do jornal O Estado do Tapajós, que lhe paga pelos seus textos publicados.
Escreve também o suplemento Memória de Santarém para O Estado do Tapajós. É pago por isso também.
Aí está uma de suas fontes de renda.
As outras, além da venda do Jornal Pessoal, o próprio Lúcio pode informar.

Miguel Oliveira

Anônimo disse...

Continuo em dúvida se votarei a favor ou contra a divisão do Pará.

Ainda não sei o que pesar para imaginar se a diminuição territorial fará bem ou não ao nosso povo.

Acho que antes de simplesmente fazer um plebiscito, deve ser obrigação do governo e até dos meios de comunicação, repassar aos paraenses informações para que possam basear suas opiniões. Coisas do tipo: como está hoje a situação financeira de cada município, o IDH de cada um deles, a estrutura existente (hospitais, escolas, malha viária etc);

O que seria mais "possível": o novo Estado com a concentração de recursos oriundos dos municípios cobertos pela divisão criar toda a estrutura que há anos é prometida e nunca cumprida, ou o atual governo finalmente se voltar para as regiões que carecem de atenção?

precisamos de elementos, informações, dados. Ou será que é só tapar os olhos e escolher sim ou não?

Joao Carlos Rodrigues disse...

Caro Juca,

Parece que a discussão em torno da reestruturação territorial do Pará esquentou de vez. Isso é bom, mesmo que alguns participem do debate sem nenhum conhecimento do que estão falando.
Pedir a certidão de nascimento do deputado João Salame, como se este não fosse "minhoca" como vc mesmo gosta de dizer, e classificar as lideranças do movimento como se todos não fossem paraenses é de uma desinformação sem igual.
João Salame, Miguelito (presidente da Câmara de Marabá), Parsifal Pontes, Tião Miranda, Wandenkolk Gonçalves, para citar apenas alguns dos líderes do movimento pró-criação de Carajás, são todos paraenses, nascidos e criados aqui na região sudeste do Pará.
Outros, como Giovanni Queiroz, Zequinha Marinho, Bel Mesquita e Darci Lermen vieram de outras regiões do Brasil, aqui se instalaram e ajudaram, no decorrer de décadas, a construir o desenvolvimento deste Estado. São pecuaristas, professores, médicos, empresários e outros profissionais cujo trabalho se somou ao dos que aqui nasceram e tem sido essencial para a região e o Estado.
Das lideranças do oeste do Estado não conheço muito, mas acredito que o professor Edivaldo Bernardo, Odair Corrêa e Lira Maia, por exemplo, sejam paraenses. Ou não?
É perfeitamente compreensível que, no calor do debate, os argumentos acabem se tornando muito emocionais chegando a ser quase infantis. Por isso essa agressividade sem objetivo, na base do "quem não é paraense não presta".
De qualquer forma, o fato de o interesse das pessoas pelo assunto estar aumentando já é um grande avanço. Cabe agora às lideranças favoráveis e contrárias à divisão aprofundar a discussão para que todos possamos, no plebiscito, votar convictos daquilo que entendemos ser o melhor para o Pará.

Um forte abraço.

Unknown disse...

É isso aí, João Carlos. As declarações infelizes de Altair Vieira e Joaquim passarinho foram repudiadas pelos comentaristas.
Mas o calor da refrega leva a paroxismos. Seguiremos a discussão, tentando nos aproximar do nível do deputado Parsifal, sempre tão elegante quanto voce.
Grande abraço, João, e dê outro no Eleutério!

Anônimo disse...

Legal a colocação do João Carlos , adversário sim , inimigo nunca.
Abraços
Tadeu.

Anônimo disse...

Caro Juvêncio.
Diante do interesse, informo que trabalhei na grande imprensa nacional durante 21 anos antes de começar o Jornal Pessoal. Pedi demissão de O Estado de S. Paulo em 1989, depois de 18 anos ininterruptos na empresa. O FGTS, que pude sacar, foi meu capital para a empreitada durante alguns anos. De 1990 a 1997 dei aulas na UFPA. Em 2001 fui, por alguns meses, comentarista nos noticiosos do SBT. Nos últimos 10 anos atuei como free-lancer, ou autônomo, se preferirem. Escrevo matérias para diversas publicações e, mais recentemente, para o site americas.inf, a convite do José Casado, grande amigo capixaba e excelente jornalista, que me paga, como O Estado do Tapajós, quebrando a corrente de gratuidades na internet. Faço palestras, algumas delas pagas. Todo dinheiro que ganho é resultado do meu trabalho. Como é rendimento modesto, vivo modestamente. Minha última variação patrimonial é de 1988, o último ano de bons rendimentos e de salário certo no fim do mês: o Passat de exportação para o Iraque (antes de Mr. Bush), que comprei e que agora dormita na garagem (meus alunos sabiam da minha localização no campus do Guamá pelo meu inconfudível carro). Meus dois imóveis foram comprados a prestação, pelo Sistema Financeiro da Habitação, em 15 anos, TODOS BEM ANTES DE 1988. Quando decidi fazer o Jornal Pessoal, sabia o que me esperava, embora não TUDO QUE ME ESPERAVA. Por isso a publicação, com um só funcionário, este que vos escreve, é pobre, sem cores, sem fotos (novas), formato ofício, circulando apenas em bancas e SEM ANÚNCIO ALGUM, por vontade própria desde o nº 1, o que lhe veda receita comercial. Para poder publicá-lo com esse faturamento, só com esse formato rigorosamente mínimo, sem concorrente. Ninguém o financia porque ele se auto-limitou ao mínimo minimorum exatamente para não depender de ninguém. Dois amigos me ajudavam a manter as gentilezas, que permitem mandar o jornal para fora de Belém, para leitores importantes, sem nada cobrar deles, o que está fora do meu alcance capitalista. Um desses amigos não pôde mais se manter no circuito. A ajuda do que ainda persiste é apenas para a expedição postal. É por isso que, em várias cidades do país e algumas do exterior, o JP faz sua presença - embora pobre, é claro.
Se houver mais alguma dúvida, estou à disposição.
Um abraço,
Lúcio Flávio Pinto

Anônimo disse...

os separatistas não gostaram do que ele escreveu e agora querem jogar lama nele
Previsível

Anônimo disse...

Simon diz: Além de tudo isso, o Vice mora no Crownie Plaza desde a posse, em Janeiro. Até quando nosso $$$$ será mau gasto??? Podem conferir na recepção do luxuoso hotel.