Da coluna de Cláudio Humberto,de hoje.
Um político generoso
Deputado pelo Rio Grande do Norte, Djalma Marinho era reverenciado pelos colegas, mas, nos anos 80, foi derrotado na disputa para presidir a Câmara. Ele já tinha a idade avançada e a saúde debilitada, por isso os amigos José Sarney e Prisco Viana o visitaram preocupados. - Estamos aqui para pedir você não guardar ressentimentos – disse Sarney. - Vocês não me conhecem – respondeu ele, com largo sorriso – Em toda a vida eu não consegui guardar dinheiro, como vou guardar ressentimentos? Ele morreria logo depois. Sem ressentimentos
Cláudio Humberto não disse que Djalma Marinho já havia presidido a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara nos anos 60.
Numa sessão em que a ditadura tentava cassar deputados, Marinho se recusou a obedecer ao regime dizendo que " preferia perder o mandato à honra.”
Empolgado com a correção e a coragem do veterano parlamentar, um paraense em primeiro mandato subiu à tribuna e sapecou um beijo na bochecha de Marinho. Flagrado pelas lentes do Globo, no dia seguinte era a foto da capa do jornalão o ex deputado Juvêncio Dias.
Eleito com apoio do Partido Comunista Brasileiro,Juvencio foi o quarto mais votado na bancada paraense com o slogan "Pelo menos um jovem,Juvencio".Tinha 35 anos.
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