20.8.07

Segue o Festival

Depois do presidente da Associação Comercial do Pará, Altair Vieira, ontem foi a vez do deputado estadual Joaquim Passarinho (PTB), subir ao altar de asneiras em que se transformou a reação de personalidades da capital na questão da divisão do Pará.
Reclamou que os esquartejadores não são devotos de N. Sra. de Nazaré, e que não torcem nem prá Remo ou Paysandu.
Não contaram prá este rapazinho que o estado é laico, e que o Águia e o Pantera são times da primeira divisão do futebol paroara.
Para O Liberal, rotativa da ignorância, não adianta contar nada.
Só o tempo, na contagem regressiva.

18 comentários:

morenocris disse...

Bom dia, Juca.

Mas a resposta do jornalista Val-André Mutran, em seu blog, foi ótima.

Beijos.

Unknown disse...

Vou já lá prá ver.
Bom dia e beijos prá vc.

Anônimo disse...

A maneira que o Passarinho se expressou é que foi inadequada, porém temos que levar em conta o sentido que quiz dar na afirmativa, que foi de que os separatistas nada tem haver com o nosso estado, são todos imigrantes, que vieram ganhar a vida aqui e se deram bem, graças a Deus, e que empregam tudo o que ganham aqui, em seus estados de origem e portanto não tem nenhum compromisso com o estado do Pará.

Unknown disse...

O que também não é verdade.
Há muitos paraenses que desejam o esquartejamento, e comandam o movimento.
Posso afirmar que a maioria é paraense sim, e acusações em contrário, como a de Passaroca e Vieira, jogam mais combustível na questão, sem necessidade.

Val-André Mutran  disse...

Parsifal Pontes, João Salame, Val-André Mutran, Miguelito, Júlia Rosa, Tião Miranda, Vanda Américo, Ferreirinha...não são paraenses?

Anônimo disse...

...Da Silva disse ...

E nem conhecem o Joaquim Passarinho ou o Altair Vieira.

Anônimo disse...

os argumentos defendidos pelo deputado em sua entrevista foram de uma precariedade fora do comum, mesmo em se tratando de um político.
Não acrescentou nada ao debate

Anônimo disse...

"são todos imigrantes", disse um anônimo. Acho que essa discussão, despolitizada pelos políticos que na verdade estão na raiz dos motivos da divisão do Estado, está próxima ao paroxismo, para não dizer do fascismo. Só quem é nativo daqui são os índios. Todos os outros são "estrangeiros". Então esse não é o argumento. Em um estado laico e democrático, buscar fundamentos religiosos ou de mando para manter o quadro atual é lamentável. A verdade é que um estado com dimensões continentais, como o nosso, não pode sobreviver sem uma política de divisão administrativa ou até federativa. Alguém pode lembrar do Amazonas, e dizer que lá ninguém quer dividir o Estado. Nem pode. O Amazonas não é, como o Pará, dividido em três áreas densamente povoadas. Apenas Manaus e seu entorno concentram 80% da população do Estado. Ou seja, não há discussão sobre a divisão do Amazonas porque árvore, formiga, cobra e jacaré não debatem nada. Os metropolitanos, que moram em Belém ou arredores, serão sempre contra a criação de novos estados a partir do ócio territorial e administrativo que vive o Pará desde sempre. Mas os fatos gritam. E pedem que estados autônomos surjam, até mesmo para que o Pará real (Belém e o nordeste paraense) possam crescer e se desenvolver a partir de sua vocação própria e não a partir do parasitismo em relação às áreas, já autônomas culturalmente, do oeste e do sudeste/sul do atual Pará.

Everaldo C. Martins

Anônimo disse...

Meu Caro Juca. Sou paraense de Jacundá e parauapebense ha mais de 22 anos e sou contra a divisão do estado. Tenho participado de todos os debates em torno da divisão, até para fomentar os debates. Mas caro companheiro nunca vir tanto preconceito e falta de conhecimento da guestão, como essa que o deputado Passarinho demostrou em sua entrevista. Não é dessa forma que vamos pautar as nossas preocupações e sim propondo um conjunto de medida politica administrativas do ponto de vista do desenvolvimento dessa região e da importancia de estarmos unidos por um ´Pará melhor e socialmente justo.
Quem torce para o meu remo qunto para o paisandu nesse momento não é motivo de orgulho para ninguem.
Agora esse estado que o deputado defende seria só de devotos de Nazaré e torcedores do remo e paisandu? E os agnosticos, evangelicos e ateus como ficariam?
Ele poderia cobrar da governadora a descentralização do governo e a criação das sub governadoria em Marabá e Satarem prometido nas campnhas.
Um grande abraço

Anônimo disse...

Passarinho? Só de ouvir esse sobrenome eu sinto um choque elétrico no saco. Esses filhotes da ditadura se mantém os mesmos: autoritários, burros e levianos.

Anônimo disse...

Um estado com enorme potencial econômico (atual e futuro), com tamanhas maravilhas naturais - benesses para um turismo internacional de vulto, com imensas e ricas jazidas de inúmeros minérios, com água pra dar, emprestar e vender (menos desperdiçar), com uma cultura riquíssima, feita pela mistura de tantos daqui e de outros lugares, com um povo trabalhador, simpático, cheio de potencial... etc., etc.
São tantos benefícios que a gente fica sem ar neste Pará de meu Deus.
A mim parece que só falta nossa vontade, nossa coragem, nosso amor pela terra e pelas pessoas daqui pra começar a mudar para melhor este Estado. Por inteiro.
Essa discussão toda é mais uma fuga de responsabilidades. Dividir nunca foi sinônimo de fortalecer. Acreditar, trabalhar duro, com honestidade e vontade, com metas e objetivos claros para todos. Somar e crescer, minha gente. Não dividir.

Unknown disse...

Louvo sua temperança e otimismo, Dom Alexandre, mas temo que Nova Déli e suas "personalidades" tenham acordado tarde demais.
Para o plebiscito, é claro. Nada mais.
Grande abraço!

Anônimo disse...

Juvêncio, porque o plebiscito é tão temido por alguns setores políticos de Belém?

Unknown disse...

Não é temido. Pior, é desconsiderado.
Mas ele virá, anote aí.

Anônimo disse...

Olá Juvencio,

O meu caro Deputado Passarinho, que jamais passará, como outros passarão, embora se tenha equivocado na abordagem sobre o tema em tela, acertou, quanto a mim, em uns versos do seu soneto.
Não torço pelo Remo, nem pelo Payssandu, tão pouco pela Tuna que dirá pelo Águia, ou time que os valha: sou um completo alienado futebolístico.
Não mais acompanho o Círio de Nazaré, mas, entre as minhas mais ternas e saudosas lembranças de criança, está a procissão da Virgem.
Todos os anos, eu, caboclo de Tucuruí, vinha com a família, a bordo da Tocanvia, ou de algum marabaense de mastro alto e enxárcias tesas, com patos no paneiro e murici na garrafa, acompanhar o andor.
Mas, sei dançar síria e carimbó e sou um craque em samba do cacete. Também já dancei o boi bumbá: fui Catirina e Pai Francisco.
Sei remar canoa, por malhadeira, gapuiar, piraquerar e o meu avô, o Mestre Dadá, o primeiro a saltar a Capitariquara, me ensinou a advinhar quantas castanhas-do-pará tinha em um ouriço fechado.
Por estas e outras que aqui não cabe contar, sou um legítimo paraense e, juro pela Hóstia Santa, que o dia em que o Pará se dividir, dividido ficarei sobre onde estarei geograficamente.
Todavia, estou convencido de que a terra de ricas florestas fecundadas ao Sol do Equador precisa fazer a sua mitose.
Não é de bom tamanho que se negue, afinal, ao povo, o que cabe a ele decidir. A única maneira de acabar com esta troca de deselegâncias é o plebiscito, e, democrático seria, se todos os políticos trabalhassem por ele.

Um abraço.

Parsifal Pontes

Anônimo disse...

Ainda vou achar muita graça desse palco e dos personagens, anônimos e identificados, que por aqui volteiam.

Joao Carlos Rodrigues disse...

Tem certeza que o Estado pe laico, Juvêncio?

Unknown disse...

Assim está escrito, João Carlos.