25.1.07

Inversão

De Lucio Flavio Pinto, na Coluna do Estado, do Estado do Tapajós.


Sob o título 'Inversão" e bem a propósito da visita que farão, sexta-feira, à Juruti o presidente da Alcoa Améria Latina, Franklin Feder e a governadora Ana Júlia Carepa, o jornalista Lúcio Flávio Pinto faz o seguinte comentário na mais nova edição do seu Jornal Pessoal, cuja reprodução no Oeste do Pará, é exclusividade de O Estado do Tapajós:
"Três situações inibem o crescimento do Brasil: a pesada carga tributária, a infraestrutura deficiente e o Estado ineficiente. Apesar desse diagnóstico, em muitos aspectos preciso, o brasileiro (apesar do nome) Alain Belda anunciou para Sonia Racy, de O Estado de S. Paulo, o programa de investimento da empresa que preside mundialmente, a Alcoa, maior produtora de alumínio, com faturamento anual de 26 bilhões de dólares.
Esse programa compreende bauxita no Pará, refinaria de alumina no Maranhão, laminação de alumínio em Pernambuco e hidrelétricas em várias partes do país. É, geograficamente falando, uma cadeia produtiva estratificadamente invertida: à medida que se sobe para o Norte se desce na escala de transformação do produto. Resta-nos a matéria prima e o semi-elaborado, conforme a velha regra".

Um comentário:

Anônimo disse...

Lúcio, o país está crescendo, distribuindo renda e investindo em educação. Não existe "inibição de crescimento do país". Essa é uma daquelas falácias que a imprensa planta e depois incumbe-se de regar e fazer crescer. O Brasil cresce na proporção que a infraestrutura do país permite. Mas essa infra-estrutura está hoje melhor do que estava em 2002, quando Lula assumiu. Ou seja, o país está avançando, crescendo na medida de sua capacidade e distribuindo renda. Os que comparam o Brasil com a China (salário mínimo de R$ 30 dólares) e Índia (salário mínimo de 28 dólares) deveriam entender que apenas crescimento econômico não distribui renda. No caso da China e da Ìndia, ao contrário, estão provocando uma hiperconcentração de renda nos extratos mais altos da sociedade. Fala-se em Japão, no investimento em educação dos países asiáticos, mas esquece-se que estamos falando com países com 10 mil anos de história contra um país com 500 anos de histórias e apenas duas décadas de experiência democrática. No que tem razão Lúcio é na necessidade de o Pará se dar respeito e parar de ser apenas fornecedor de matéria prima para esses filhos da puta da Vale, Alcooa e etc, acarinhados pela Ditadura, por Jader e pelo PSDB. Se o PT tiver a mesma atitude de deixar pra lá, o destino do Pará estará selado, mas o país continua a se superar. Inquestionavelmente.