Para se perceber como o foro privilegiado, ao contrário do que alegam seus defensores (quase sempre seus próprios beneficiários), foi criado para impedir * ou dificultar de todas as maneiras imagináveis - que qualquer autoridade pública fosse responsabilizada por seus atos de corrupção pública, e não para proteger certas autoridades contra a irresponsabilidade de promotores e procuradores afoitos e juízes imaturos, basta dizer que o STF nunca condenou nenhum parlamentar federal em toda a sua história. É evidente que o papel de um tribunal é julgar, e só não condenar, o que evidentemente implica que ele também absolva. Mas um tribunal, e aqui se está a falar do mais importante tribunal brasileiro, o STF, que nunca condenou nenhum parlamentar com o privilégio de ser julgado por ele é seguramente o exemplo vivo de que o foro privilegiado é uma afronta aos mais caros princípios republicanos, e é um chiste de muito mau gosto contra os cidadãos honestos do Brasil.
Trecho do artigo do procurador da República José Schettino, postado no blog do Noblat.
3 comentários:
Afronta mesmo. O exemplo que tem vir de cima. Se não equipararmos e punirmos os que deveriam dar exemplos, o que teremos são bandidos educados. O STF é escolhido a dedo pelo Presidente. Consequentemente os parlamentares da base aliada jamais serão punidos, pairando sob a égide da da impunidade e do Chefe de Governo e Estado.
O procurador foi na veia, Antonio Carlos.
É regiamente pago para isso.
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