Conta o blog do Ronaldo Salame, citando a revista IstoÉ, que a agência DoubleM - protagonista da primeira parada desastrada na propaganda do novo governo - teria sido aconselhada por amigos a desistir de participar da concorrência da maior conta do Pará.
Muy amiga, a revista.
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Conta ao poster o publicitário Orly Bezerra que não há a menor possibilidade de sua agência, a Griffo, participar da seleção.
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E contam fontes do mercado que já haveria uma divisão de opiniões em relação aos aditamentos dos contratos anteriores: há os que não aceitam a prorrogação e os que não vêem outra saída.
Há sim, tres: ficar sem propaganda por sete ou oito meses, razões de força maior, ou então estacionar o problema no Ministério Público.
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O que nobody says é por que os editais, tres meses depois, ainda não foram lançados. A demora, vê-se, faz a questão ganhar luzes nacionais.
Que coisa!
6 comentários:
Luluquefala comenta:
Sei não mas essa tal de Double M não tem muito jeito pra coisa, mas pode até dar certo. Mas se o PT condenou tanto os métodos passados de escolha das agencias, não poderá fazer jamais o que condenava, né não?
Agora, é um absurdo a Griffo, do publicitário boa pinta Orly Bezerra, não participar da licitação. Por que? Só porque a empresa ficou com uma marca muito forte nos governos tucanos? Que besteira, que patrulhamento. A Griffo é uma empresa profissional que está nesse mercado desde que me entendo como gente, e tem mais é que participar.
Chega de patrulhamento gente!!!
O PT não chegou para mudar? então já pode começar por aí, deixando de perseguir aqueles que por um ou outro motivo não estiveram ao seu lado.
Se fosse assim e pra valer, jamais a governadora Ana Júlia poderia estar tão atrelada ao senhor Jader Barbalho. Tô certo ou não estou??
Bem...acabei de moderar negativamente um comentário de um visitante aqui do blog ( dmo, desculpe)que,recalcitrante, duvidava que Orly não participaria d seleção.
E aproveitava para tecer comentários depreciativos sobre a sua (dele) figura.
Reitero: ele me disse que não participará e não teria porque enganar o blog e seus leitores.
Se participar levará peia do Quinta.
Quanto aos motivos que o levaram a tomar tal decisão, são de sua (dele) responsabilidade.
E tem mais: o Orly é muito feio, Lulu.
Bonito sou eu.
Como se trata de concorrência pública, ela é aberta a qualquer empresa do ramo, de qualquer parte do país.
A Griffo só não participará se não quiser. O Governo não pode recusar a inscrição e a habilitação de quem quer que seja.
Uma vez participando, cabe à Griffo, como a qualquer outro licitante, exigir que o edital contenha normas e critérios objetivos e impessoais de escolha.
Se o edital não contém critérios objetivos e impessoais de escolha, pode e deve ser impugnado. A lei garante.
Se contém critérios objetivos e impessoais de escolha,o edital não favorece ninguém.
Se não favorece ninguém, a Griffo, como qualquer outra empresa do ramo, tem chance de ser contratada.
Juvêncio,
O Anonimo das 8:22 não sabe do que está falando. As "normas e critérios objetivos e impessoais de escolha" não fazem parte da análise de proposta técnica de licitação de publicidade. A Lei de Licitações, feita para obras físicas, ao ser adaptada a prestação de serviço intelectual (que é o que vende uma agência de publicidade), instituiu a chamada proposta técnica: um texto onde o licitante expressa sua compreensão do problema de comunicação do cliente e apresenta suas possíveis soluções. A seguir, essa idéia criativa deve ser transformada em peças que, como diz a Lei, "consubstanciem" o conceito e o partido temático escolhido pela agência. Ao introduzir esses elementos, a Lei introduz o critério da subjetividade na análise das propostas técnicas de publicidade. Ou seja, não é o que você tem (estrutura, equipamento, profissionais), mas como você pensa (análise do problema de comunicação e apresentação de soluções e conceitos) que tem o maior peso em uma licitação de publicidade. Isso não é maracutaia, é a Lei. Qualquer edital de publicidade no Brasil, desde a instituição da Lei de Licitações, contém esses elementos e não pode ser diferente, porque o que está à venda não é quantificável, é volátil, imaterial: idéia criativa e conceito. Se um governo pensa de um jeito diferente do outro, obviamente quem era o responsável pela comunicação do governo adversário terá dificuldade em tornar-se cínico ao ponto de tecer loas e construir conceitos positivos de um governo contra o qual lutou até o último homem. É por essa razão que Orly não participará da licitação: porque sabe que pensa diferente de como pensa o atual governo. Aliás, seguindo seu exemplo, a Double M também pensa diferente de como pensa o PT, portanto... Só um milagre pode colocar essa agência no topo das escolhidas.
Àlvaro Borges, consultor.
Não é milagre, não, Álvaro. É "acerto", "arranjo" mesmo. Diante do leque de agências disponíveis no Estado, quem pode me explicar como e porque a Double M pode ser considerada "favorita" numa corrida à conta do governo do Estado, a mais cobiçada jóia da coroa publicitária local? Se até Parauapebas eles não deram conta de atender, como dariam conta de atender ao governo do Pará?
8 x 23 disse ...
O Álvaro Borges pode até não ser consultor, mas falou e disse. Mas só para lembrar outros tempos: em 1995, a Galvão e a Fax, que fizeram a campanha derrotada de Jarbas Passarinho, participaram da licitação do governo Almir Gabriel. As duas doram classificadas entre as cinco agências selecionadas para atender a conta do governo naquela época. Decisão acertada, aliás. Mas esses são outros 500 mil réis, não é mesmo.
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