Mais de duzentos convidados lotaram o auditório Albano Franco na animada festa confraternização de fim de ano da Federação das Indústrias do Pará com a imprensa. Até uma peça de teatro, satirizando Lula, distraiu os presentes.
O malte - doze anos, bien sur - correu solto, mas tão solto, que ao final teve coleguinha caindo e quebrando a cabeça.
5 comentários:
Caro Juquinha,
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É coleguinha, versado em assuntos jurídicos e de boa verve. Quanto às origens... bem, vamos deixar isso pra lá.
O post de maior sucesso até agora é o que vai abaixo.
Deleite-se.
a) Paulo Silber
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Os jornalistas vão à festa
As redações de Belém – nem todas, mas várias delas – amanheceram ontem à meia-força.
Era o dia seguinte – sim, um day after, se quiserem - ao da tradicional recepção de final de ano que a magnânima Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) oferece todos os anos aos coleguinhas.
E foram todos pra lá. Aliás, foram quase todos – os convidados e alguns que não se sabia, ao certo, se foram mesmo chamados. Mas deixa pra lá, porque a noite era de festa.
A Fiepa, refinada anfitriã, já conhece de priscas eras o gosto daqueles que convida para os seus recintos. E fez ver à galera que o coquetel – ou tira-gosto, como diria, em expressão de nenhuma catiguria, um coleguinha em tons de grunhido, como se falasse engolindo 15 empadas ao mesmo tempo - não era oferecido por qualquer um ou qualquer uma. Era oferecido pela Fiepa, ora bolas. E a Fiepa é a Fiepa.
Estava tudo à mesa, à mão, à altura da boca, na medida para o prazer que a noite recomendava: prosecco à vontade, uísque 12 anos que era uma maravilha, cerveja à farta e aquele clima, digamos, descontraído, largado, solto, despojado que só os coleguinhas são capazes de criar, sobretudo quando homenageados em confraternizações de final de ano, com tudo digrátis.
Nesse clima e nesse cenário, o que se viu do meio para o final da festa foi alguma coisa que vários circunstantes – ou seriam depoentes? – classificam de “divertidíssimo”, outros mais de “espantoso”, outros mais ainda de “inacreditável”. Alguns, menos extrovertidos, mais sisudos, faltos de senso de humor, chegam a dizer que foi um “horror” – mas exageram, com certeza exageram.
Não se pode considerar um “horror”, por exemplo, uma sinfonia de copos quebrando um minuto sim, outro também no meio do salão onde era oferecido o coquetel.
E nem se pode considerar “horror” um pobre de um garçom caindo desastradamente – porque garçons, sabe-se, são uma excelência para equilibrar bandejas, mas nem todos são obrigados a ter a mesma habilidade para equilibrar-se em salões meio deslizantes como o da Fiepa, tantas eram as coisas que escapuliam, direto ao chão, quando os copos se quebravam.
Além do garçom, um convidado também estatelou-se e foi socorrido por colegas atarantados, que já queriam até mesmo saber qual era o plano de saúde do acidentado, temerosos de que a coisa fosse grave. Não foi, não. Só um ferimentozinho, um filete de sangue... Coisa de festa, foi só um susto. Um escorregãozinho de nada, uma besteira. Só isso.
Foi divertido – e não um horror, seja bem dito outra vez – observar, como alguns observaram, que embaixo de uma árvore de Natal tinha alguma coisa que podia ser tudo, menos presente de Natal. Não era nada que devesse estar embaixo de uma árvore de Natal. E era uma coisa esquisita, que ressonava, às vezes ainda conseguia abrir os olhos, como em devaneio proporcionado pelo cochilo necessário para (re)tonificar a alma, mesmo durante uma festinha.
O que não pareceu muito divertido – e isto, vale ressaltar, foi reconhecido pela maioria dos depoentes – foi descobrir, na porta de um banheiro masculino, os humores intestinais, viscosos, meio lambreguentos, uma mistura de uísque 12 anos, prosecco, cerveja e guaraná (ainda tem?) que se acumulava em quantidade suficiente a exigir que alguém passasse um pano molhado, um vassoura, alguma coisa para remover dali aquele lago. “Eu tive uma visão do inferno daquilo ali”, conta quem viu, um depoente a quem falta humor, off course.
Com tudo isso, como vocês acham que as redações amanheceriam no dia seguinte? Amanheceriam como amanheceram: à meia-força, conforme já se ressaltou no início. Muitos chegaram tarde, inclusive quem trabalha na produção – antiga chefia de reportagem, para quem não sabe – e que, por dever de ofício, deveria madrugar em redação de jornal, chegou lá pelas 8h30, 9h – um atraso eterno. E chegou cambaleante, nauseado, o vigor físico – ainda suficiente para enfrentar maratonas – abalado pela animada noite anterior. E também voltou cedo pra casa – o andar arrastado, a cabeça pesada, coisas assim...
Muitos outros chegaram com aquele amargor, aquele gosto rascante, aquele travo horrível na garganta. Mas não foi só. Também tinha aquele lancinante dor na consciência, aquela sensação de culpa indescritível, aquele “o que foi que eu fiz”? que sempre batuca as mentes em dias seguintes aos de festas – ou bródios (ui!), como diriam os imortais de nossa Academia – como a que a Fiepa brindou os coleguinhas.
- Sinceramente, eu fique meio incomodada com tudo aquilo. A Fiepa nos recebeu tão bem... Mas, depois de tudo aquilo, acho que para o ano a recepção aos jornalistas vai se resumir a um café-da-manhã seguido de missa – contou, lágrimas de constrangimento aflorando aos olhos, uma depoente.
Mas o que é isso! Gente como essa aí, que não tem humor, não deveria ser convidada para confraternizações de final de ano. É uma estraga-festa. Literalmente.
E à Fiepa, que tão bem, com tanta cortesia, com tanta atenção e fidalguia recebeu os jornalistas, eles se confessam ternamente agradecidos pela acolhida que tiveram. E prometem voltar no ano que vem, inclusive se for oferecido um café-da-manhã.
Sensacional, PS querido.
Vai prá ribalta amanhã, com link e tudo.
Abs prá vc.
Nem nos bons tempos do Centro Acadêmico de Comunicação, gestão Trampolim; nem nas incontidas e incontadas festas denominadas "Noite Feliz", by Edvan; nem quando combinávamos reuniões na casa do Antônio Carlos (evidentemente, sem ele saber) - há tempos minha geração não tem conhecimento de festa igual a esta, meu caro juquinha.
Ainda bem que eu não fui. Perdi!
ps
rsrs...els merecem, PS.
Trabalharam o ano inteiro. E deixa os empresários se divertirem um pouco às custas de quem com eles se diverte o ano inteiro...eheh
Vc ganhou!
ps, tu rá ruim de festa, hein...
quase todo fds eu vou numa festa assim ou pior. (ou seria melhor?)
só q são festas legais, ou seja: sem jornalistas e com gente q sabe beber.
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