Do procurador do Estado (PGE) Francisco Rocha Jr., comentarista do blog, a respeito das notas do Repórter Diário, no Diário do Pará, edição de sexta, que trata dos salários dos membros do Ministério Público do Estado.
...sou procurador do Estado, com quase 11 anos de casa e recebo bem menos que os R$ 9.600,00 que o Diário afirma ser o salário inicial da carreira. Agora, pergunto: a quem interessa a matéria? Qual seu objetivo? Salário de servidor público tem que ser público, e isto é republicano, como se costuma dizer. Mas a discussão tem que ser séria, baseada em fatos.
Acontece que não é desta matéria-prima que é feita a imprensa no Pará. Moramos, realmente, numa triste terra de biltres.
Na íntegra aqui.
10 comentários:
Juvêncio, só uma correção: sou procurador do Estado, membro da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que é orgão do Poder Executivo. Nada a ver com o MPE, que abriga os promotores e procuradores de Justiça.
Abraços e bom domingo.
Obrigado pela correção, Francisco. Já alterei o post.
Sentimos sua falta lá na Jinkings, pois várias questões levantadas seriam muito bem respondidas por você.
E dê um abraço no "velho" Francisco, que conheci nos tempos em que ele era Pro Reitor.
Bom domingo.
Abs
Está explicado por que o Dr. Francisco ganha menos de 10 paus. Ele é do Poder Executivo! Ah, se fosse do Judiciário, ganharia muito, muito mais... (não é verdade?!) - e estaria mais protegido, inclusive de erros e desacertos, pois, ali, conviveria com os "intocáveis" da republiqueta!
Pelos comentários acima, está mais do que na hora de se discutir abertamente e com muita transparencia essa questão de salários públicos. Tanto do executivo e judiciário como também do legislativo.
O que não pode é todo mundo sair falando mal dos salários públicos, sem uma discussão séria e transparente, que precisa ser feita o mais rápido possível.
Estou cansado de levar pancada da imprensa pelo salário que recebo como deputado federal. Se coloca, por exemplo, a verba de gabinete, que é para se contratar assessores e não para o bolso do deputado. Mas se coloca como se fosse para o nosso bolso. Outro exemplo, é a verba indenizatória, que é para reembolsar o deputado nas despesas com combustível, viagens para o inetrior, hospedagem, segurança, aluguel de escritório político, contas de telefone, luz e IPTU do imóvel alugado e alimentação e outos que não lembro agora.
Vamos discutir?
Vic Pires Franco
Deputado Federal
Deputado, vamos discutir sim. Como já disse antes aqui no Quinta, apesar de não concordar com muito do que você pensa, não se pode deixar de louvar sua efetiva participação neste blog, como prova de respeito pelo cargo público que você exerce.
Lembro que há alguns anos, em uma reunião no Palácio dos Despachos, o então governador Almir Gabriel recebeu uma comissão da associação dos procuradores, que pretendia a revisão de nossos vencimentos. Na ocasião, a recepção de AG à nossa reivindicação veio com espanto. Seu comentário foi que nem ele, como governador, ganhava tanto quanto queríamos - que nem era tanto assim.
Esqueceu-se o ex-governador que as roupas, a empregada doméstica, a gasolina, o carro, o supermercado, os livros, tudo é pago de nossa remuneração. E nos é exigido, ainda, excelência no trabalho, sob verificação constante e severa de um órgão corregedor, e diante do reconhecido alto nível de exigência do concurso público para ingresso na carreira.
Ora, o problema é que nós, servidores públicos, não recebemos qualquer benefício indireto, na forma de auxílio-moradia, verba para assessores ou qualquer outro custeio de despesas para o desenvolvimento de nosso trabalho. Recebemos nossos salários e pronto. A estrutura para o trabalho é dada pelo órgão ao qual somos vinculados - quando muito, é bom que se diga.
Ainda que você assevere que nenhum tostão dos auxílios financeiros pagos pelo Congresso vá para o seu bolso (e eu acredito, mas há quem o receba...), o que não pode ser esquecido na discussão, a meu ver, é o total que cada parlamentar custa para o país - e por extensão, para cada contribuinte - e, principalmente, o benefício que cada deputado ou senador traz para o eleitorado.
Convenhamos, pretender ganhar como ministro do Supremo e ainda manter (e até majorar) todos os benefícios indiretos que são pagos, soa como afronta. Principalmente depois de tudo o que aconteceu na última legislatura. Por isso o ministro Marco Aurélio Mello disse que trocava de remuneração com os parlamentares.
É razoável que os deputados e senadores ganhem mais? É sim; desde que custeiem de seu bolso as outras enormes despesas de que se valem para o exercício de seu mandato, ou que o custeio destas despesas obedeçam à lógica de todo e qualquer órgão da Administração Pública.
Ao anônimo das 8:41 PM, asseguro que o tema principal do meu comentário não foi o de reclamar se ganho muito ou pouco como servidor público, e sim demonstrar a inexistência de seriedade e comprometimento com a verdade da imprensa paraense, notadamente em um assunto que interessa a todos.
Juvêncio, meu “velho” Francisco é outro, não o Francisco Alberto. Também da universidade, mas das Ciências da Computação. Abraços.
Ok,Francisco.Perdoe o engano.Não conheço o "seu" Francisco.
Abs.
Sou funcionário público, meu salário não passa de R$ 700,00...
Ao Francisco Rocha Junior.
Concordo inteiramente com você. Só continuo achanddo que essa discussão pode ser feita sem paixão e sim com muita razão e acima de tudo, muita trasparencia. Estou pronto para discutir com todos e defender claramente todos os meus pontos de vista.
Respeito o contraditório e acho muito bom que possamos abrir esse debate.Estou pronto para trazer para o blog todos os vencimentos que um deputado tem direito. Tudinho, sem tirar nem por.
Um abraço e minha admiração,
Vic Pires Franco
Então traga os dados, deputado (com sua permissão, Juvêncio).
Gostaria - e acho que todo mundo que freqüenta o blog também - de saber quais os seus argumentos para defender o aumento do subsídio dos parlamentares, além dos valores e a natureza dos auxílios (moradia, verba de gabinete, etc) a que vocês fazem jus atualmente.
Vou providenciar, com certeza. Pode esperar.
Talvez seja a primeira vez que todos tomem conhecimento dos nossos salários e todos os outros pagamentos indenizatórios e verbas de gabinete.
Um abraço,
Vic Pires Franco
Postar um comentário