21.3.07

Na Toca

Mas enfiou-se mesmo, no fundo da cartola da governadora, o coronel Coêlho, chefe da Casa Militar.

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A Coordenadoria de Comunicação Social emitiu uma nota à imprensa, na sexta 16, informando que o comandante geral da PM, quando receber as denúncias, vai decidir se abre inquérito ou não para investigar o colega. Enquanto isso, diz a nota, ele trabalha normalmente em suas funções.
Normalmente é ótimo.

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Atualizada às 9:05.

E tem mais coronel da PM dando trabalho. Foi lá em Santarém, conta a Expressa da Coluna do Estado. .
Esse não estava trabalhando normalmente.

2 comentários:

Anônimo disse...

É, caro Juvêncio, o que não é normal é o governo não afastar os coronéis Coelho e Margalho, até para que possam se defender das pesadas acusações do Ministério Público.
Não afastando os dois de suas funções, a governadora Ana Júlia Carepa demonstra que apóia, um por um, os crimes dos quais Coelho e Margalho estão sendo acusados.
Ressalte-se, Juvêncio, que os dois coronéis estão apenas na condição de acusados. Ainda não há condenação pelos atos que lhe são imputados pelo MP. Assim, Margalho e Coelho deveriam ter a dignidade de pedir afastamento dos cargos que exercem para se defender sem passar à opinião pública a impressão [nítida] de que estão se escondendo nas trincheiras do governo. Se nada devem, como afirmaram em seus depoimentos, não têm o que temer. Exercem funções públicas [inclusive na carreira militar], recebendo salários dos impostos pagos pela sociedade. Devem, portanto, se reportar aos contribuintes paraenses sobre seus atos no exercício da função.
Não conheço o coronel Coelho, mas conheço o trabalho do coronel Margalho desde quando este, por anos a fio, foi comandante da PM em Redenção, ainda na patente de major. E durante todos esses anos, nunca soube de nenhum ato que desabonasse a conduta desse militar. Pelo contrário, Margalho sempre foi conhecido em todo o sul do Pará como um comandante de comportamento exemplar e muito atento aos anseios da sociedade, com a qual sempre manteve uma excelente relação.
Assim, entendo que o que está em jogo é justamente a boa reputação de Margalho, construída ao longo de anos de trabalho prestado à região sul-paraense, sendo ele o maior interessado em desconstruir, uma a uma, as acusações que lhe são feitas pelo MP.
De resto, temos somente a lamentar o comportamento dúbio da governadora Ana Júlia, que chegou ao poder prometendo transparência, austeridade, moralidade com a coisa pública, e, em menos de três meses de governo, já mancha a sua história com episódios como o do aditamento do contrato do jatinho das ORM e esse caso lamentável de proteção aos coronéis.
O Pará ousou sonhar com um governo diferente, que colocasse o interesse público acima de qualquer outro, mas parece que o sonho está se transformando em pesadelo. Quousque tandem?

Unknown disse...

Concordo com voce, na risca.
Conheço o coronal Coelho desde quando que ele tinha 12 anos.Jogamos bola juntos no sítio de um tio em Benevides, embora seja mais velho que ele uns seis nos. Reencontrei Coelho ano passado, em Marabá, e relembramos o fato. Nunca ouvi nada que desabonasse sua conduta, como voce em relação ao coronel Margalho.
Exatamente por esse conceito que desfrutam, é que deveriam preservá-lo, da maneira mais correta possível. A que voce cita, e a que prometeu a governadora, que entra, perigosamente, no acostamento,digamos.