22.3.07

O Quartel de Abrantes

Em duas notas, o Correio do Tocantins, de Marabá, mostra o resultado da frouxidão que se instalou, desde o governo passado, nas atividades de segurança privada da PM, objeto da denúncia dos promotores daquela cidade contra o chefe da Casa Militar, coronel Coêlho.
Já que o coronel continua trabalhando normalmente, a tropa vai na mesma levada.

Morador atento ao dia-a-dia de Marabá contabiliza mais de 10 carros – a maioria caminhonetes S-10 e D-20 – tomadas de assalto à mão armada na cidade nos últimos 30 dias. Uma das últimas vítimas dessas quadrilhas foi o contador Antônio Alves Araújo, de quem os ladrões tomaram uma S-10 no último domingo, quando ele retornava de sua chácara na estrada do Espírito Santo.

Outro marabaense curioso ao andar da carruagem questiona repórter aqui da coluna sobre o fato de militares da PM continuarem prestando serviço de segurança para empresas particulares. Aponta ele ter visto viatura da polícia escoltando carro distribuidor da Coca-Cola na área da BR-222. Enquanto isso, em São Domingos do Araguaia, os policiais estariam fazendo escolta para levar o gerente de um supermercado local ao banco para efetuar depósito.


Quer dizer: as empresas não podem pagar segurança, mas os cidadãos podem ser assaltados. E seus carros deverão ser abandonados em algum ramal mais adiante, após mais um espetacular assalto a banco.

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