Do blog do magistrado trabalhista José de Alencar, sobre as consequências da efetivação dos perueiros e mototaxistas na capital do estado.
Lagos será aqui
Autoridade técnica em transporte urbano, com larga experiência na Região Metropolitana de Belém, confirma que dias piores virão.
Concordando que a concorrência predatória de perueiros e mototaxistas com o sistema formal e oficial de transporte público de passageiros destruirá todos, disse que Lagos será aqui.
Referia-se à capital africana onde que isso já ocorreu e recomendou a leitura do último número da revista Piauí, que tem matéria sobre esse assunto.
14 comentários:
Caro Juvência.
Deveríamos aproveitar o momento e realiza conversas sérias sobre o caos em que estão transformando a nossa querida Cidade de Belém. Aqui virou a "terra da ilegalidade". Os perueiros e mototaxista são mais uma das consequências da falta de cumprir a legislação belemense, uma das mais avançadas do País.
O capítulo de transportes da Lei Orgânica de Belém, elaborado com minha participação como vereador, do vereador Arnaldo Jordy e assessorado pelo Dr. Alencar, nunca foi posto em prática. Na mesma situação está o Plano Diretors Urbano, Código de Postura e Lei do Zoneamento. Aqui se transforma qualquer prédio em Cursinho, Faculdade etc., sem construir uma vaga de estacionamento, atravancando o trânsito e a vida das pessoas e nada acontece. O Estatuto das Cidades entrou em vigor menos para Belém.
Vamos agir em nome da cidadania.
Grande José Carlos! Saúdo sua vinda ao Quinta. Pena que estou aindoneste exato momento, até um pouco atrasado,mas lá pelas 8 da noite, se voce voltar por aqui já encontrará meu conehtário sobre o seu.
Abs
Vejo que algumas pessoas, inclusive as públicas, falam em caos criado pelo movimento dos alternativos como se eles fossem os verdadeiros culpados pela situação em que se encontra o transporte coletivo de nossa cidade, mas esquecem que essas mesmas pessoas já tiveram a oportunidade de contribuir de forma positiva na construção de uma cidade mais humana e enquadrada nos moldes das especificações determinadas pelo estatuto das cidades. A própria lei foi criada em função dos descasos dessas pessoas. Porque não comentar que os empresários de ônibus não investem na melhoria das frotas, assim como não terem se preparado para a explosão demográfica que aconteceu em Belém ao longo dos anos, principalmente nos arredores da Augusto Montengro e outras áreas. Isso comprova que a ganância pelo lucro aliado aos interesses pessoais de políticos apaniguados em defender os interesses dos empresários e não com os da população, prevalece ao longo de décadas, desde o tempo em que alguns lutavam por outros motivos, inclusive ideológicos. Só pode falar de fome quem a sente na pele. Só pode falar em caos no transporte urbano quem o desfruta no dia a dia em ônibus caindo aos pedaços, com motoristas e cobradores mal-educados e que passam horas e horas nas paradas. Tudo isso com o aval de políticos que outrora utilizaram outros discursos como via de se juntar a esse pequeno grupo detentor de mordomias através da dita "concessão pública do transporte coletivo" de Belém. Aliás, a magistratura deveria contribuir em grande parte com a melhoria da situação ao invés de se colocar a disposição desses pequenos grupos.
Em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), morrem 1 milhão e 200 mil pessoas por ano, vítimas de acidentes de trânsito. Isso corresponde a 3.200 pessoas ao dia. Os mais vulneráveis são pedestres, ciclistas e motociclistas. E jovens na faixa etária de 15 a 25 anos.
Mais de 50 milhões de pessoas ficam incapacitadas em acidentes de trânsito, nos países com renda considerada baixa e média (nosso caso). Os cinco principais fatores de risco para acidentes de trânsito são: não uso do cinto e de cadeirinhas para crianças, não uso do capacete, consumo de bebida alcoólica enquanto dirige, velocidade excessiva e inadequada e infra-estrutura inadequada (males de Belém). E ninguém faz algo concreto.
8 x 23 disse ...
Os péssimos políticos, demagogos e parte da imprensa têm, também, responsabilidades sobre tudo isso. Qualquer manifestação, interupção de trânsito ou algo parecido merece ampla cobertura da imprensa, com destaques em primeira página, elevando bagunceiros a condição de heróis. Foi asim com camelôs, perueiros, motoqueiros e outros eiros que apareçam. E junto com eles os políticos demagogos que se aproveitam para pegar carona nesas manifestações. Já os outros políticos ficam acuados, calados, quando deveriam se manifestar em defesa da cidade, dos cidadãos que, na sua grande maioria, são prejuducados por uma minoria que usa e abusa do discurso fácil para emplacar as aberrações que a cidade está vivendo. Quando se tem um governo atuante já é difícil, imagine-se, então, com uma prefeitura virtual: dá pena. E tenha dó de quem resiste em viver nessa Belém do Grão Pará.
Meu caro Juca
Vamos separar as coisas. O trânsito virou um dos grandes problemas da sociedade contemporânea. É o que mais estressa as pessoas. Portanto, nenhum interesse corporativo ou visita de presidente norte-americano pode perturbar a saúde de toda uma comunidade com sua interrupção. Ponto.
Mas que o sistema oficial de transporte coletivo está falido não resta nenhuma dúvida. E no capitalismo é assim: não existe espaço em branco quando há possibilidade de alguém ganhar dinheiro pela deficiência ou inoperância de outros. Cabe ao poder público regular a existência desses agentes econômicos e sociais.
O que não dá é pro usuário esperar até duas horas numa parada de ônibus. Ou de linhas que não chegam aonde moram os habitantes de cidades que cresceram. Ou de serviços mal prestados,com ônibus caindo os pedaços e funcionários que vivem estressados, e portanto tratando mal os passageiros,para cumprir uma escala que prioriza apenas o lucro.
Belém está muito atrasada nesta discussão. Há décadas, em Goiânia e Curitiba, por exemplo, existem os terminais de integração que recolhem os passageiros que chegam das periferias da cidade. E os recolocam, com a mesma tarifa, em ônibus que fazem o tráfego no centro da cidade. Diminuindo o número de ônibus em circulação na área central sem penalizar o passageiro.
Quanto ao transporte alternativo ele pode ser muito bem vindo. Como ação complementar de um sistema que não está dando conta de atender ao usuário. Com regras e linhas definidas. Hoje, por exemplo, é impensável o trânsito de São Paulo sem os alternativos.
É por aí o debate. Sem querer falir o sistema existente, inclusive encontrando mecanismos de fortalecê-lo, mas possibilitando novas alternativas a um usuário que está cansado do lari-lari de quem monopoliza o sistema e a décadas promete um transporte decente. Viva a concorrência, desde que organizada!
Deputado João Salame
Enquanto isso nenhum comentário sobre o péssimo estado do transporte público monopolista de nossa cidade. Se pegassem ônibus todo dia talvez não mirassem errado.
Meu caro Juca
Esqueci de comentar o que disse meu caro amigo José Carlos. Perfeito. Uma faculdade, cursinho,escola, academia de ginástica e outras atividades congenêres só poderiam abrir se possuíssem estacionamento. Com a palavra a Câmara Municipal. Se for pra valer já diminuiria muito os engarrafamentos. Que tal caminhões com guinchos colocados em postos da CTBEL em pontos estratégicos, nas vias centrais da cidade, para retirar imediatamente os carros que dão "prego"? São ações que, creio, podem contribuir para a melhoria do trânsito.
Além, é claro de obras estruturantes. Como esticar a primeiro de dezembro até a Alça Viária e o tal projeto do Dudu no Guamá. E o mais democrático, dos transportes, o metrô, de superfície, tem espaço em Belém? Se essas questões não forem enfrentadas o caos aumentará. E, consequentemente, o stress e a violência.
Deputado João Salame
É isso aí 8x 23. Parece até que você é do ramo (da imprensa. Cá entre nós, essa é conhecida como a ação "siri na lata". 1/2 dúzia de gatos pingados conseguem atrapalhar grande parte da população e, ainda, ganhar o destaque de alguns aproveitadores. Políticos, repórteres e outros aproveitadores. Para reduzir o absurdo de se tolerar mototáxis. Chamaria atenção para o volume de traumatismos cranianos que seguem a essa permissão perniciosa que se já não bastasse os prejuízos para o acidentado e sua família lesa a toda a população pela necessidade do poder público custear o tratamento desses irresponsáveis e inconsequentes.
Dependo do transporte coletivo diariamente, seja para ir ao trabalho, seja para ir a Faculdade e seja para qualquer situação em que preciso sair da minha residência e ir a qualquer local que me exiga ter que fazer uso de um transporte coletivo (Deveriam lembrar que apesar de coletivo não se pode colocar todos os passageiros ao mesmo tempo dentro).
Felizmente tenho horário bastante flexivel para ir trabalhar, mas fico imaginando que não o tem, como essas pessoas conseguem está em seu trabalho as 08hs da manhã, pegando um Coletivo na Rod do 40 Horas? Só consigo fazer isso depois das 09 pois assim os Onibus tem espaço para mais 1, antes disso impossivel.
Os Perueiros chegaram e tornaram a melhor alternativa para aqueles que querem chegar ao trabalho ou até mesmo voltar para casa sem ter que desputar um espaço nas "Latas de Sardinha" em 4 (ou 6?) Rodas. Os perueiros estão sempre ali quando você precisa, os Coletivos Oficiais, nem sempre (quem é que nunca precisou passar 1hora na parada aguardando um onibus?).
Mas qual o problema dos Perueiros ? Não são legalizados, não tem "responsabilidades" com seus passageiros (Se é que as empresas de Ônibus tem). Os carros utilizados pelo Perueiros não seguem nenhum padrão, nem digo de conforto, mas de segurança, portas que não fecham, janelas sem vidros, bancos de madeiras inseridos entre os bancos de fabrica.
Somos obrigados a trocar Horas de Espera e Onibus Lotados por uma alternativa sem qualquer preocupação a Segurança, pois precisamos seguir com nossas vidas enquanto Politicos e Empresários ensaim a melhor forma de prologar o problema para o proximo que assumir.
Mais uma vez fica confirmado que a bancada dos parlamentares a serviço dos empresários de ônibus manifesta-se quando são acionados. Atualmente, pra quem não sabe, os alternativos estão construindo uma via de participação no grande mercado dos transportes coletivo de nossa cidade, explorado por um pequeno grupo que sempre sujeitou a população a todo tipo de mazela advinda dessa prestação de serviço. Não só como forma de trazer melhorias, mas também como sobrevivência de seus familiares. Portanto uma questão ligada diretamente aos Direitos Humanos. Os PACs e outros planos econômicos não passam de balelas que na maioria das vezes beneficiam os grupos de empresários. Há pouco tempo por ocasião do aumento da passagem dos ônibus urbanos ficou cristalina essa afirmação, houve um acordo com o atual gestor municipal de que os empresários renovariam as frotas em 10% e no cumprimento foi apresentado apenas uma parte dos ônibus ditos “renovados” (90). Frisa-se que o aumento estava acondicionado a renovação de 150 ônibus novos, ou seja, mais uma vez a população foi penalizada com a conivência do governo municipal. Com a regularização os alternativos se tornarão cooperativas com capacidade de aquisição de investimento e passarão a prestar um serviço com melhor qualidade, inclusive respeitando os direitos das categorias que possuem isenção (idosos, policiais, carteiros, etc...), coisa que pra muitos parlamentares deveriam ter esse direito excluído. Enquanto isso o gestor da PMB tenta aplicar um golpe, utilizando um farsante e liberando verba no valor de 350.000,00 para a implantação de linhas de microônibus como forma de evitar o inevitável: A legalização.
Sem falar que a legalização foi uma das bandeiras usada na campanha ilusória em 2004. Talvez a legalização esteja incomodando muita gente gananciosa que sempre pensou em se perpetuar no comando desse mercado milionário e corrompendo ou financiando campanhas de alguns desses parlamentares a serviço do capital. Bem sabe a bancada parlamentar dos empresários na CMB representados pelos vereadores Albebaro Klautau, Victor Cunha, Salma Nassar e outros que votaram contra a legalização na última votação ocorrida naquela casa contrariando toda a galeria lotada de trabalhadores e agradando o outro lado da galeria com apenas 5 empresários que aplaudiram de pé o resultado. Não adianta vir com essa conversa mole tentando camuflar acusando apenas os cursinhos, as universidades, afinal estão todos errados. Por que não cobrar que os prédios residenciais também tenham em suas construções espaços destinados para receber seus visitantes em seus estacionamentos. A questão envolve todo um planejamento dentro dos moldes da reforma urbana, pois as cidades sempre foram planejadas para as elites e não para o povo. Pela regularização já!!!!
É muito castigo para o povo sofrido de Belém! É muita ganância e despreparo dos empresários dessas geringonças chamadas ônibus! São verdadeiras latas sujas, barulhentas e poluidoras. Revolta ver crianças e velhinh@s correndo atrás dessas porcarias e se amontoarem próximos aos motores ensurdecedores. Ter de ver motoristas estressados, ignorantes e despreparados despejarem pessoas, como se fossem carga, no meio das avenidas e jogando seus veículos em cima de carros de passeio. Baratas horrendas infestando por todos os lados essas "latas de sardinhas". No final do dia viajam lotados de passageiros que se acotovelam e chacoalham até o ponto de chagada e o pior é que os motoristas, sabendo que o coletivo tá entupido, continuam embarcando passageiros.
Os "alternativos" que de alternativos não têm nada, pois já nasceram com distrofia estrutural (basta apanhar um para Icoaraci/Outeiro) e sentir o perigo que representa andar nessas máquinas de moer carne humana.
Continuo a desafiar a quem consiga encontrar, numa dessas imundícies, uma pessoa satisfeita, sorrindo e a vontade (com exceção dos careiros “fresquinhos”).
E o prefeito banana?! Que anda prá lá e prá cá no seu carrão refrigerado, nada vê, nada faz...
Todos os pontos abordados são pertinentes mas acho que esquecemos um dos piores problemas do trânsito: a prepotência dos motoristas de carros particulares (ou nem tanto), que transitam pela cidade como se dela fossem os únicos usuários, parando onde e como bem entendem, acreditando ter o “supremo direito” de usar as ruas como extensão de suas garagens. É preciso entender e, principalmente, usar o espaço público como tal – espaço de todos os que vivem e transitam na cidade - e não de uns poucos. Sem este entendimento interiorizado, cada um se sentirá no direito de usar o espaço público de acordo com seus interesses pessoais ou institucionais, justamente o que acontece na nossa vilipendiada Belém. É preciso definir o modelo de trânsito que queremos (privilegiando o transporte individual, que acabará de fazer da cidade um enorme estacionamento, ou privilegiando o transporte público em todas as suas formas – as experiências estão pelo mundo para estudo e análise). É preciso quebrar o monopólio das empresas que controlam com mãos de ferro (e cheias de dinheiro) as linhas de ônibus e as administrações municipais, impondo à população um sistema de transporte público sem qualidade alguma (até péssima qualidade seria elogio). É preciso legalizar o transporte alternativo, o que não se consegue por pressão dos empresários de ônibus. É preciso ter coragem de enfrentar a ira das classes média, altinha, alta e mais acima e proibir definitivamente o estacionamento ao longo de todas as ruas e avenidas que são corredores de escoamento (como Generalíssimo, Lomas, Mauriti, Rui Barbosa e outras mais) e no centro histórico da cidade, incluindo nesta proibição os carros das nossas “autoridades”. É preciso, afinal, que as regras que regem a cidade valham para todos os cidadãos, indiscriminadamente, e que Belém tenha uma administração pública – quando teremos?
Concordo com a prepotência citada no comentário acima. Sou morador da pedreira e me causa nojo ao passar em frente a Carmem academia e ver que o abuso daqueles que se intitulam donos das ruas e se julgam possuidores de privilégios monárquicos, quando estacionam seus carros em cima das calçadas forçando os pedestres a caminhar pelo meio da via colocando em risco a própria vida em função da falta de respeito e educação dos "nobres de mãos sujas". Deveria haver uma punição inclusive para a proprietária da academia que deveria disponibilizar espaço em seu estacionamento visando coibir ou contribuir com a falta de postura desses mal educados do trânsito. Caso contrário a ppulação deveria iniciar uma campanha intitulada: PRA MOTORISTA MAL EDUCADO, CARRO RISCADO, QUEBRADO OU PNEU FURADO".
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