2.12.07

Eleição em Nova Ipixuna

Deve encerrar com uma diferença de 400 votos - grande para o tamanho do eleitorado do município (na eleição anterior foram apenas 12 votos ) - em favor de Edison Alvarenga.
Edson, apoiado pelo PSDB e PMDB, reuniu em seu último comício tucanos emplumados como os deputados estaduais Megale, Tetê e Suleima Pegado, o senador Flexa Ribeiro, o ex deputado peemedebista José Priante, e o estadual pepessista João Salame.
Priante, em seu discurso, disse textualmente que o PMDB é um partido independente.
O candidato derrotado, Clovis Ribeiro, foi apoiado pela governadora Ana Julia, que lá esteve no final de semana retrasado.

6 comentários:

Anônimo disse...

Primeira derrota política da governadora Ana Júlia. Subiu no palanque, juntamente com uma turma de petistas: deputados e secretários, e se ferrou. Foi mal a governadora. Talvez fosse melhor aguardar o momento certo de subir nos palanques. Mas aí seria pedir demais: pelo que se vê, passado quase 1 ano, foi só o que se viu no Governo do Estado: discursos, discursos, discursos. Falta ação. Falta exatamente descer do palanque.

Anônimo disse...

Ai Meu Deus é um penúncio do que acontecerá em 2008.
Alguns desses deputados que apoiaram o PSDB, também querem benesses do Poder. Como João Salame que em vários debates aqui em Marabá lascava a peia no Lula e no PT. Após a vitória de ANA saiu correndo a se explicar que os panfletos que chegaram na redação de seu jornal eram obra do Ronaldo Braziliense contra a então candidata. E hoje vive a rondar as Secretarias do governo atrás dos DAS.Afinal é oposição ou situação.

Anônimo disse...

Meu caro anônimno

Inquérito da Polícia Federal deixou claro que nada tive a ver com aqueles panfletos. Continuo um crítico contundente dos rumos do governo Lula, que mannteve e aprofundou uma política econômica que criticávamos no governo FHC, tanto que os banqueiros, ano após ano, batem recordes de lucros. O pior, com um viés puramente assistencialista. As bolsas deixaram de ser um remédio para baixar a febre e se transformaram num fim em si mesmo. Clientelismno oficial.
Continuo achando que o PT pregou teses impraticáveis, fez oposição pela oposição sem levar em consideração os interesses maiores do País (haja vista suas posições contra a CPMF, Lei de Responsabilidade Fiscal, reforma revidenciária, etc,) quando estava na oposição. Agora, mudou totalmente de orientação, sem nenhuma auto-crítica. Por isso, o partido está colhendo os frutos de sua arrogância e do seu sectarismo no campo da esquerda.
Portanto, não corri para me explicar. A governadoira Ana Júlia foi eleita para trabalhar. Eu também. Toda vez que ele fizer isso terá o meu apoio. Logicamente, por se esconder sob o manto do anonimato, não lhe conheço, mas quero lembrar que se nas eleições anteriores estive em palanque oposto ao do PT em outras cinco eleições apoiei a candidatura Lula. No Pará apoiei a candidatura de Maria do Carmo no segundo turno para governadora. Como lutei muito contra a ditadura para fazer valer a democracia, quero usufruí-la tendo o direito de mudar de posição.
Por último, não ando atrás de DAS. Meu mandato foi conquistado sem precisar desses cargos e será exercido a despeito deles. A ocupação de espaços em governos faz parte da política. Não é crime, se for ocupado com decência e competência. Tenha certeza que será sempre nessa direção que trabalharei.
Atenciosamente,

João Salame

Anônimo disse...

João Salame,

O PPS não foi contra a política econômica do FHC.

Deu abrigo aos governadores de Rondônia e do MT, ambos afinadíssimos com a "política econômica" do PPS.

O PPS é uma sigla, apenas uma sigla, o que não quer dizer que seja bom ou ruim, mas oposição mesmo ele faz ao LULA e não à FHC. Isso é fato, nobre deputado.

Anônimo disse...

Sob o manto do anonimato sim, deputado, infelizmente não tenho vossa imunidade. Sou um simples funcionário público estadual que não tem as mínimas condições de aparecer, senão a tábua quebra para o lado mais fraco neste imenso Pará. Vide o caso da menina de Abaetetuba.

Anônimo disse...

Meus caros anônimos

O PPS teve posição clara contra a reeleição de FHC, contra a política econômica (tanto que lançou a candidatura de Ciro Gomes, então o maior crítico da política conduzida por Pedro Malan), contra o balcão de negócios montado no Congresso e vários outros equívocos tucanos. Realmente, fomos a favor da CPMF no início, quando estava vinculada a gastos com a saúde. Depois, quando degenerou a sua aplicação, fomos contra. Fomos a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal, do Fundef e tantas outras iniciativas que julgamos corretas e que, à época, o PT combatia por puro eleitoralismo. Tanto que hoje, no governo, defende todas essas medidas. Hoje, o ministro Guido Mantega se travestiu de "terrorista" para dizer que se a CPMF não for aprovada o país quebra.
Na minha avaliação, o PPS é um partido que cresceu e trouxe no bojo desse crescimento lideranças que nada têm a ver com sua trajetória democrática e socialista, comprometida com as causas maiores do povo brasileiro, desde a luta pelo Petróleo É nosso até o combate consequente à ditadura. É o ônus do crescimento, de quem não quer ficar no gueto.
Mas as lideranças que ultrapassam os limites, que transigem na questão da ética, são combatidas e até mesmo afastadas. É o caso do governador Blairo Maggi, que foi expulso. O Ivo Cassol, quando saiu do PSDB, passou primeiro pelo PT. Do Ciro Gomes, que foi afastado, por preferir ficar no governo do que seguir as diretrizes do partido.
É um partido que não teme rever seus posicionamentos, que não se submete a patrulhamentos.
Na primeira eleição de FHC apoiamos já no primeiro turno a candidatura de Lula. Na reeleição de FHC lançamos Ciro Gomes candidato. Não houve segundo turno. Na primeira eleição de Lula lançamos de novo Ciro Gomes no primeiro turno e fomos o primeiro partido a declarar apoio ao petista no primeiro turno, sem pedir nada em troca, mas apenas a mudança da política econômica.
Rompemos com o governo Lula no auge da popularidade do governo, antes dos escândalos, por discordarmos da manutenção da política econômica e do balcão de negócios instalado no Congresso, que iria resultar no valerioduto.
Portanto, não concordo que você aponte falta de coerência ao PPS.
Quando ao anônimo servidor público respeito seu anonimato, mas insisto: aos 18 anos enfrentei a ditadura sendo chamado seguidas vezes à Polícia Federal para depor como subversivo por liderar passeatas contra o regime, em Goiânia. Deixei uma secretaria de Estado, aos 22 anos, em Goiás, para romper com o então governador Iris Rezende, no auge de sua popularidade, por discordar dos rumos que estava tomando seu governo. Depois dos 40 rompi com o prefeito Geraldo Veloso, em Marabá, por também discordar das práticas de seu governo. Nas eleições de 2002, mesmo sendo dono de um jornal que tinha verba publicitária do governo e boa relação com o PSDB, segui as diretrizes do meu partido e apoioei a candidatura de Hildegardo Nunes no primeiro turno e a da Maria do Carmo no segundo.
Não sou o único que dá a cara pra bater. Existem milhares de combatentes pela democracia que não se escudam no anonimato para formar sua trincheira de luta. Para desferir suas críticas. Tem uns que usam o anonimato de forma ética, correta, porque não têm a vontade de se expor. Outros para desopilar o fígado. Respeito os primeiros, não os segundos. Volto a dizer: respeito seu anonimato, mas acho que a sociedade avança com o ardor dos corajosos, ainda que com a colaboração tímida, com a simpatia, às vezes, dos covardes.
Atenciosamente

João Salame