O poster visitou ontem duas grandes produtoras da capital e encontrou um clima de consternação pela morte do cinegrafista Célio Costa e do auxiliar Paixão.
Simples e simpático, Célio deu aulas no projeto do padre Claudio Pighin ( Pascom-CNBB Norte) no qual tive a honra de colaborar, que treinava jovens de comunidades carentes da periferia da cidade, mais tarde premiado pelo Vaticano.
Célio deixou um filhinho de apenas tres meses.
16 comentários:
AK DIZ
A morte do Célio foi mais uma porrada dessas tantas que andamos levando.
Lembras bem, tenho certeza, como começou esse projeto do padre Cláudio, sem um puto no bolso, na minha sala lá na produtora, e tu, Pascoal Gemaque e eu entramos com a estratégia, cedí os equipamentos e coisas e tais e vocês levaram o barco.
Aí, entrou o Célio que junto com o Pascoal ensinaram - essa é a palavra correta - a um monte de jovens que o mistério da gravação da memória e do cotidiano, nem é misterioso.
E o grande padre Cláudio à frente.
Parabéns ao Célio.
Afonso Klautau
É verdade, Ak.
Na realidade quem levou o barco no sentido de por a mão nas massa (aulas), depois de tudo o que dissestes, foi o Páscoa.E o queridíssimo Claudio, claro.
É mais uma porrada.
Me desculpe Juvêncio, mas estou sem informação sobre o que aconteceu. Será que vc pode me informar melhor ?
Obrigado,
Vic
Houve um grave acidente, na tarde de domingo, próximo a Ulianópolis.
O carro da equipe bateu num caminhão.Além do cinegrafista e do auxiliar, morreu um assessor da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal.
Vc encontra todos os detalhes no Portal ORM.
Juca,
Que perda...profissional e pessoal. Célio, o Paixão e o próprio Amarildo - que não tive o prazer de conhecer pessoalmente mas sei do trablho e empenho - deixam o nosso mundo mais vazio.
Uma perda brusca demais.
Sim, Dany.
Estamos todos tristes.
Bjs prá vcs.
Perda lastimável e que deixa todos nós com essa terrível sensação de vazio, de atordoamento.
Juca, meus sentimentos às famílias deles e às famílias de Direitos Humanos e de jornalismo.
Claudio esteve na minha casa, no final de 2006, quando eu atravessava uma dor terrível. Para rezar, ouvir, chorar junto. Falou do projeto com os jovens e lembro que isso foi um feixe de luz naquela escuridão.
Vera, o Claudio é uma pessoa maravilhosa. Parece um menino de tão animado, um educador.
O projeto, hoje bem maior, já recebeu premios internacionais,que ele fez questão de dividir com os colaboradores, entre eles O Liberal, na pessoa da Dona Déa Maiorana, pelo apoio.
O Ak é parte fundamentalíssima nesse processo, posto que cedeu toda a estrutura da produtora - da camera à ilha - para as primeiras versões do projeto.
Juca, como vai?
São perdas de vidas humanas isso em sí já é um desastre. a perda de amigos e parceiros tão próximos é uma tragédia ainda maior.
Mas só a Deus o destino dos homens pertence, e não sabemos o que ele define? Mas algo lá no céu esta acontecendo.
Tó achando que São Pedro está com planos pra aquelas bandas, primeiro, André, ae foram o Anthar, o Célio, o Paixão.
Será que terá campanha no céu e ele quer abrir uma produtora????
Um grande abraço.
Lá não tem eleição, grande Nivardo.
Abs
Ué... vc nunca ouviu falar que os anjos estão em querra, de repente é para alguma campanha "publicitária", para acabar com a guerra entre eles... heheheh.
Samuel Mota diz...
Durante os anos que passei no Núcleo de Rede (Tv Liberal), convivi com o Célio e Zé Carlos e confesso que ganhei além da convivência deles, o estímulo ao trabalho jornalístico, da precisão da apuração. Com eles podia contar para deslanchar matéria de nossos repórteres na rede. O Célio era o tipo de cinegrafista que se entregava à matéria, ao término de sua missão ele continuava acompanhando o desfecho da edição ( que o diga Jonas Campos, Helena Palmquist, Aguiar, Christian, Alessandra, Rosa Cardoso e Leonardo, até a exibição do material. Quanto ao Zé Carlos, um exemplo de trato. Humilde mostrava a educação de berço. Seu empenho sua obstinação em fazer o melhor para o trabalho da equipe. Amigos que sempre lembrarei e nunca esquecerei. Fizeram parte de minha passagem na TV, quando trocavam informações e repassavam furos para nosso jornalismo. Quero aqui, contestar a versão do acidente. O Zé Carlos era um motorista atencioso. E quem conhece a Belém-Brasília (rodovia), sabe que naquele trecho: longo com ladeiras, é muito difícil para um carro de passeio que está subindo com três pessoas e equipamentos alcançar uma velocidade considerável, mas quanto ao caminhão que estava descendo com carga, seria o contrário. Quem pode defendê-los ? É preciso ir fundo nas investigações. Pista molhada, quem teria uma luz mais forte para dificultar a direção do outro ? Teria sido uma falha mecânica ?? Quantas perguntas ? A perícia teria respostas. Até agora só temos uma versão do acidente. Que os homens da perícia busquem a verdade, como os três que morreram buscavam. Verdades para a triste realidade social que vivemos.
Vida longa para os descendentes e familiares do Célio, Zé Carlos e Amarildo.
Não tenho mais o que dizer nem o que chorar diante da viagem do Célio mestre...
Pior é estar longe e não poder me despedir como ele merece.
Falei com ele pela última vez na noite anterior a minha partida de Belém, quando preparava o carro para encarar 5 mil km de estrada de Belém a Rio Branco.
Com um macacãozinho nas mãos, presente pra meu filho, Diogo, ele se despediu dizendo: "O amigo não quer que eu vá junto? Estrada é f... Depois eu volto de avião."
Coração grande, bondade infinita e uma cumplicidade que só foi possível construir graças a esse belo projeto do Pe. Cláudio, que Afonso me deu de presente pra ajudar a tocar.
Graças a vocês, Afonso, Juca, Vera e Pe. Cláudio, ganhei um irmão.
Se hoje choro de saudades desse irmão que tive e ainda vou encontrar,, é graças a vocês.
Obrigado.
Pô, Páscoa, nos lembramos de vc assim que soubemos da subida do Célio. E ontem, na Amazon Filmes, ouvi várias histórias de vcs dois, dos tempos do SBT.
Lamento muito Pascoal.
E vejam se voltam logo daí!
Bjs e muita paz aos tres.
As lágrimas estão secando mesmo de tanto uso. Fica só essa angústia terrível, essa confusão de impotência, raiva e tristeza. Essa sensação de injustiça irremediável. Como conciliar o sono com tamanha dor? A única certeza que encontro é de que fui privilegiada por conviver tão de perto com o Célio, um dos melhores de nós em todos os aspectos. Ser humano raro, profissional insubstituível, talvez o mais talentoso cinegrafista dessa geração. Naqueles anos de trabalho árduo no núcleo de rede da TV Liberal ele me deu a régua, o compasso e o esquadro que vou usar para sempre: humildade, compromisso, solidariedade. Era impossível não ser cúmplice do Célio, e por isso não tem pranto bastante para o tamanho da falta que ele faz.
Helena Palmquist
AK DIZ
Repito: parabéns ao Célio por ter vivido e divivido conosco.
Afonso Klautau
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