O deputado pefelista Vic Pires Franco está com um novo comercial no ar.
Desta vez com sobriedade, chama atenção do eleitor para seu currículo no site da Transparencia Brasil (link ao lado), no já famoso Projeto Excelencias.
De fato, a consulta ao nome de Vic revela 23 menções -as tres últimas não exatamente excelentes - e as anteriores ligadas à cruzada que empreeende contra as concessões de rádios e tv para parlamentares, flagrantemente ilegais, como demonstra o Ministério Público Federal.
Não é de hoje a preocupação do deputado com problemas de concessões e correlatos.
Anos atrás, patrocinou uma ação contra a TV Liberal por conta do contrato que a emissora fechou com o Governo do Pará, onde as emissoras da ORM ocupavam, 24 horas por dia durante anos, a rede de retransmissoras de TV da FUNTELPA em todo o estado, em troca de publicidade na TV Liberal
Estava coberto de razão o Vic.
Tratava-se de um esbulho, tout court.
Mas de repente, não mais que de repente, Vic abre mão do patrocínio da ação.
De uma hora para outra, desistiu da lide, pulou fora.
Para tal, alegou "razões de foro íntimo".
Mas como assim?
Em pleno gozo de seu mandato, um homem público alega "razões de foro íntimo" para desistir de uma ação que visava resguardar a melhor utilização de um bem público, a bem do interesse público, no caso a emissora estatal de TV?
Prá começo de conversa, não deveria ser permitido este recurso jurídico, não nas condições do parágrafo anterior.
Em sendo,Vic assumiu uma posição da qual não se desvencilhará tão cedo.
Para todo o sempre haverá um rabicho de desconfiança, uma suspeita.
Qual teria sido o motivo subtraído à opinião pública?
Essa é a pergunta que não quer calar.
E até que o "foro íntimo" saia do armário, fica outra dúvida: o comercial é um atestado de transparencia, ou mais uma paródia do deputado?
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Até domingo, pela manhã.
5 comentários:
Amigo
Ajude a divulgar o problema do trabalho escravo ou semi-escravo. Não esse que todo mundo já conhece,
no campo, que parece ser o menor, mas que dá mais charme divulgar.
Falo do trabalho escravo ou semi-escravo na cidade grande, em empresas estabelecidade e até consideradas.
É muita gente sendo explorada e humilhada sem poder dizer nada. Acho que devem existir uns 10 trabalhadores escravos
ou semi-escravos na cidade para cada um desses que descobrem no meio rural.
é uma desgraça enorme escondida.
Empresas de comérico de médio e grande porte, empresas de telemarketing, restaurantes, churrascarias, sem falar nas casas de família de classe média.
É preciso denunicar esse drama terrível.
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YAHOO! GROUPS LINKS
Seria o caso de pedir a ONG que torne transparente aos seus leitores as fontes e os critérios com que recomendam este ou aquele candidato. Espero que o Transparência Brasil leia o seu blogue, Juvêncio, pois tirará proveitosa lição.
Mestre Juvêncio, você foi ao centro da questão: por que será que será que o deputado Vic desistiu de tão relevante causa?
Que poderosas intimidades terão sido essas, que se sobrepuseram ao dever cívico que o nobre deputado tem, de lutar contra a malversação do erário?
Mistério, Mestre Juvêncio... Mistério...
O que mais, alegando as razôes de "foro íntimo" o deputado Vic poderá alegar em sua vida pública, para declinar de decisões importantes na vida daqueles que lhe deram o cargo?
Juvêncio, tive essa idéia logo que o Excelências incluíu o Pará na lista.
Conversando com o aquele deputado, ponderei que além da óbvia autorização do Transparencia Brasil para a utilização de seu nome em uma peça citando o Transparencia, qualquer que seja a peça, encerramos logo a questão da seguinte maneira: honestidade não é vantagem é absoluta obrigação dos homens públicos.
Deixei de lado a idéia.
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