Do deputado João Salame (PPS) em comentário ao post Justiça Afasta Prefeito de Marabá, de sábado.
A prefeitura de Marabá gasta cerca de R$ 7 mil por mês em convênios com associações de moradores de várias vilas da área rural do município. Essas, por sua vez, compram comida para garantir a presença dos policiais nessas localidades.
Isso é comum nos 143 municípios do Estado. Os convênios não são assinados diretamente com a PM porque, dizem alguns, a burocracia atrapalha. Outros dizem que o dinheiro não chegaria na ponta, ou seja, onde tem que chegar, da forma como tem que chegar.
A que ponto chegamos se isso for verdade!
Essa mesma "ajuda" é dada aos fóruns pelo Estado a fora. Carros consertados, combustível, reparo em residências de juízes e nos fóruns, etc. Sem convênio assinado. Nenhum juiz nunca pediu o afastamento de nenhum prefeito por esses motivos.
Um juiz, que deve levar tranquilidade e não intranquilidade para sua Comarca, se julgasse que a prefeitura de Marabá estaria tentando ajudar a comunidade de forma incorreta, deveria apontar a forma correta, talvez até aplicar uma multa, mas jamais afastar um prefeito por esse motivo. Sobretudo se ele está bem avaliado pela comunidade e não tem sinais visíves de corrupção em sua administração, como é o caso do Tião Miranda.
E, ainda mais, quando a ação do Ministério Público não pede seu afastamento. Insisto: é como se o MP pedisse a condeção do réu à prisão perpétua e a juíza o condenasse à forca.
Quanto ao nome de prefeitos corruptos e quadrilheiros são de conhecimento público. O enriquecimento de muitos é de conhecimento público. Já me bati contra muitos deles usando minha tribuna: a escrita e os palanques. Os escândalos pipocam todos os dias na imprensa: licitações fraudulentas, compras superfaturadas, etc. Com nomes e sobrenomes.
Cadê os juízes para afastá-los?
Mas não quero dispersar. Meu foco agora é defender um prefeito que faz o dinheiro chegar na patuléia, como diria o grande Élio Gaspari. E por isso Marabá está se transformando.Já derrotamos outros esquemas envolvendo juízes temerários.
Tenha certeza que não será diferente dessa vez.
Porque temos o mais importante ao nosso lado: a opinião pública marabaense.
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