A primeira medida anunciada pelo governo federal contra o desmatamento na Amazônia, em proporções nunca dantes registradas neste país, é de chorar.
A fala da ministra Dilma Rousef, aqui, admite de forma clara as pressões políticas a favor dos predadores e responsabiliza, de forma indireta mas não menos clara, o impacto do aumento dos preços da soja e do gado no mercado internacional.
Apesar da tibieza da medida, o governo federal começa a dar nomes aos bois. É o primeiro passo para enfrentar um fim que se prenuncia próximo, seja da progressão do desmatamento, seja da inevitável moratória que urge que se abata sobre a expansão das duas atividades economicas.
8 comentários:
Juvêncio, para quem acompanha as ongs do setor ambiental a retomada do desmatamento na Amazônia não é nenhuma novidade.
Pelo contrário. Vem sendo anunciada já há algum tempo, desde que os preços internacionais da soja voltaram a subir no mercado mundial.
Aliás, para os ambientalistas, a queda da cotação da commodity teve participação tão importante quanto qualquer ação efetiva do governo federal, para a redução do desmatamento observada nos últimos anos.
O Ministério do Meio Ambiente é que nunca admitiu tal hipótese e sempre creditou - não poderia ser diferente - às medidas governamentais a queda na área desmatada.
Eu mesma vi a Marina Silva defender várias vezes esse ponto de vista. Agora, parece que está revendo os conceitos.
Tem um texto muito interessante sobre isso no link abaixo.
É uma matéria de Natália Suzuki, da Agência Carta Maior, para o site Repórter Brasil.
A reportagem, note bem, é de dezembro de 2006.
http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=861
Apesar da demora e hesitação demonstrada pelo Governo, pois os dados já eram de conhecimento público desde agosto/07, as medidas que se anunciam prometem mudar o quadro, SE realmente efetivadas.
entre estas medidas, se anunciam mudanças na legislação, que efetivamente trarão grandes prejuízos aos infratores, e para breve. Algumas destas já estão em vigor, como o perdimento imediato de produtos apreendidos, e com maior compromisso do governo com a logística e planejamento, permitindo uma maior efetividade da fiscalização. Espero que sejam realmente efetivadas, pois os servidores do IBAMA tem a vontade, mas não o cofre para fazer a legislação funcionar.
Oi,Simone.
Vou olhar o link, obrigao.
A ministra está pagando o preço de sua excesiva tolerância à predação.
Há algo de errado no meio do camnho entre os premios que recebe e as implacáveis imagens dos satélites.
Alex, caríssimo, as medidas começam a sair,não é? Espero que saiam também as condições materiais ao exercício da fiscalização.
É justamente aí que a desgraça avança.
Acaba de se divulgadaa lista suja dos municípios. Mato Grosso tem 50%e o Pará tem 40%.
Tá no blog do Jeso.
Abs
Começam, como sempre, com atraso, e só debaixo de peia da imprensa.
Estou em Recife, onde ocorre reunião de fiscalização do IBAMA, e as medidas anunciadas, juntamente com a postura profissional e séria demonstrada pela nova equipe da Diretoria de proteção trouxeram esperanças a quem conhece este lado do problema. Vamos ver se a CPMF e ano eleitoral não atrapalham esta galera.
Um grande abraço, direto do Nordeste.
Obrigado pela atenção,Alex.
Ficamos na torcida.
E uma sugestão: saboreie uma galinha à Cabidela no Buraco da Otília, aí no Recife.
Inesquecível!
Abs
cARO jUVÊNCIO:
Renovam-se promessas de maior controle e fiscalização. Disso já estamos cheios. Diz um gaiato, com justa razão, que a fiscalização do Ibama é tão boa e presente, que se desmatassem o Bosque Rodrigues Alves, ela Ibama seria o último a saber
Se o governo fosse mais efetivo e eficiente, não choraria o leite derramado, isto é, as árvores cortadas. Bastaria analisar os números da venda de motosserras e equipamentos de desmantamentos, no ano de 2006. Foi um recorde. Era o sinal de que em 2007 o desmatamento faria um estrago na flroesta. Como de fato fez. e essa medida de cortar crédito para desmatadores é filme velho.
Nélio Palheta
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