3.9.06

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Do blog do Noblat.

Essa, o Jornal Nacional não mostrou.
Na semana passada, quando William Boner apresentou o telejornal ao vivo direto de Juazeiro do Norte, Ceará, aos pés da gigantesca imagem do padre Cícero Romão Batista, houve um momento em que apareceu no telão ali montado um trecho do discurso feito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso durante almoço no Jockey de São Paulo de adesão à candidatura de Alckmin.
Fernando Henrique bateu duro em Lula. E sugeriu que se tocasse "fogo no palheiro".
A multidão reunida diante de Bonner respondeu a Fernando Henrique com uma vaia estrondosa.


Essa o Quinta Emenda "mostrou".

Um comentário:

Anônimo disse...

Como já é o segundo post neste blog sobre a reação pública da população ao ex-Presidente da República, vou contar o que aconteceu comigo recentemente. É um comentário longo, que lhe dou a liberdade de editar. Serve para avaliarmos a diferença entre duas situações de saídas do Poder.
No dia 23 de agosto passado eu estava circulando pelas exibições do Museu de História Natural, um dos mais interessantes de Nova Iorque, acompanhado de dois sobrinhos (idades 11 e 10 anos), da mãe deles, e de minha mãe.
Para transitar entre os diversos andares da parte central mais antiga do prédio, além das escadas, existem dois elevadores. Entretanto, somente um estava funcionando. Eu estranhei um pouco, pois nos EUA geralmente estas pequenas falhas são rapidamente resolvidas, ainda mais no mês de agosto, final de férias escolares americanas, o que significa dizer que o museu estava repleto de famílias e de crianças.
Numa das salas que entramos, de fósseis de dinossauros, de repente um burburinho, pessoas rindo e aplaudindo, flashes de máquinas espocando.
Eu comentei, já meio afirmando: "Algum artista!?"
Minha mãe, como sempre mais atenta e esperta, olha e alerta: "É o Bill Clinton !"
Pois era mesmo.
Uma equipe discreta de segurança, munida de walk-talkies e fones de ouvido, que não tolhia os passos dos demais visitantes, acompanhava o ex-Presidente dos EUA, o homem mais poderoso do mundo por oito anos, numa singela visita ao Museu. Ele estava acompanhado de um menino, talvez de 9 ou 10 anos, provavelmente filho de algum parente, visto que sua filha Chelsea apesar de ter um um "namorido" há algum tempo, ainda não tem filhos.
Vinha andando tranquilamente, trajando uma blusa polo e calça esporte, cumprimentando a todos e parando para fotos quando solicitado.
Quando passou pelo nosso lado, incrédulos turistas acidentais, parou um instante, engatou o famoso sorriso, acendeu o seu olhar "43", e disse: "Hi". E se foi, deixando extasiadas a minha mãe e minha simpática irmã. Comentário de minha mãe: " O danado está com 60 anos, safenado, mas continua o mesmo".
Gostaria de ressaltar que a maioria das pessoas que estavam no museu eram americanos, não se tratavam de turistas que se embasbacam com qualquer celebridade, mesmo aquelas de "fama" negativa.
Um dos elevedores estava paralisado justamente como parte do esquema de segurança, caso fosse preciso algum deslocamento mais rápido do ilustre visitante.
A diferença, e a deferência da população, concedida a dois ex-governante, que mandaram em seus respectivos países no mesmo período, é resultado de um sistema político-eleitoral ? Ou resulta da forma como o Poder é exercido nos EUA, quando assitimos aos nossos governos de mensalão, ambulâncias e sanguessugas, federais e estaduais ?
E as eleições estão aí, de novo os mesmos...