Meu pai foi trabalhar no Banco da Amazonia quando a casa ainda tinha 10 meses, e se chamava Banco de Crédito da Borracha, em 1944.
De lá saiu 13 anos depois, para "tentar a vida lá fora".
Seu irmão foi diretor da casa, nos anos 60.
Teve negócios com o Banco, que o arruinou em 1982, mercê da pachorra, ignorância, e descaso com que seus pleitos sempre foram tratados.
Mas, se tivesse continuado na carreira, teria sido um dos primeiros aposentados.
As recordações me vem a mente ao ler a notícia, no Seventy, de uma reunião decisiva que estaria acontecendo hoje, para tentar resolver o deficit técnico do plano de previdencia complementar dos funcionários da casa, o caso mais enrolado dentre os mais de 900 planos em operação no Brasil.
O blog conversou com um dos diretores da associação nacional dos fundos, e dele ouviu a sentença: o plano vai pro pau.
Perderam a oportunidade de consertar seu atuário nos anos 90.
Naquela altura, o tal defict técnico era de 80% do patrimonio do fundo; hoje é quase cinco vezes maior.
Nesta época, um outro fundo de pensão em operação aqui no Pará, o da Celpa, realizou um ajuste onde o deficit representava 112% do patrimonio do fundo. Foram salvos.
O mesmo não deve acontecer com o dos bancários.
Que pena.
Principalmente do contribuinte, que vai arcar, via BASA - o patrocinador do plano - o cumprimento das obrigações contratadas aos aposentados.
Só aqui, nesta porcaria de país, o benefício não tem correspondencia com a contribuição, já que a lei permite a tunga.
Mas antes tarde do que nunca.
A CAPAF, enfim, chega ao fim.
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