O médico Almir José de Oliveira Gabriel encerrou melancolicamente, aos 75 anos, no dia 10, uma das mais brilhantes carreiras políticas da vida republicana no Pará. Foi num jantar privado, para apenas 22 convidados. Ao confirmar que transferia seu domicílio para São Paulo, onde já está morando a sua família, pediu aos presentes, segundo a reconstituição feita por Ronaldo Brasiliense para o jornal O Liberal do dia 16: "Levem minha mensagem de agradecimento ao povo do Pará. Pela confiança e pelos votos que me deram em toda a minha vida pública".
O povo, que conferiu a Almir Gabriel o que ele jamais imaginou que conseguiria ao iniciar sua carreira política, três décadas atrás, certamente merecia uma comunicação mais direta e mais explícita. Ou então seria melhor que o ex-governador saísse à francesa, deixando ao tempo a tarefa de dar o fecho à sua trajetória. Mais uma vez contrariando a lógica dos acontecimentos e as evidências dos fatos, Almir preferiu ser ambíguo e reticente. Na edição de véspera do jornal, o mesmo Brasiliense anunciou que o político do PSDB paraense faria exatamente o contrário do que antecipavam os boatos correntes em Belém: tentaria reassumir a liderança do partido para as disputas municipais que se aproximam. E voltaria à atividade política.
É só o começo da excelente análise de Lucio Flavio Pinto, na mais nova edição do Jornal Pessoal.
Na íntegra aqui, do site do Estado do Tapajós.
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Atualizada às 12:40.
Uma opinião divergente pode ser lida aqui, no verde blog de José Carlos Lima.
12 comentários:
Faltou revisão no texto do mocorongo: em 1992 o candidato a prefeitura de Belém após a fuga de Almir Gabriel foi a então dep. fed. Socorro Gomes, e não o Fernando Velasco, que concorreu em 1988.
Escreve, escreve, mas no final acaba transparecendo a "paixão-obsessão" pelo Jáder Barbalho, personagem que fascina de forma freudiana o LFP.
Quanto ao José Carlos Lima, assessor do TCM, acho que ele deveria voltar a andar de carro. É mais poluente, mas desde que passou a pilotar sua bike, apelidada carinhosamente de "magrela", o ex-deputado engordou muchíssimo. Exercício de spinning mais engordativo, Deus me livre!
João Carlos, vejo que vc continua com problema cognitivos. Não vou publicar o que vc chama de críticas.
Mas continue tentando.
Vc. segue bem vindo aqui no blog.
Um desfecho indigno pra quem foi agraciado, pelo voto popular, ao cargo mais importante do Estado do Pará, para alguém cujo nome foi cogitado a paraense do século. Mas um fim perfeitamente apropriado ao governador responsável pelo massacre de Eldorado dos Carajás. Este sim, infelizmente, o fato que marcará sua biografia política.
Uma pena!
tá certo juva, meus problemas não são cognitivos - agradeço a discrição - são problemas piores: agressividade mesmo em relação a esse Zé Carlos, ao Raul Meirelles e até oa Carlos Botelho (viu a foto dele no jornal no hangar, aparecendo até em coluna social). Sei que entendes. E no caso do Zé Carlos, o cara escreve muito mal - e isso é o pior - talvez por essa não te perdoe em indicar acesso a um texto tão ruim. Deliciamo-nos com Juva, Bogea, AK, etc, e Lúcio Flávio e vc manda linkar naquela...
PS - vou continuar aqui na lateral
jc
Porra,JC, amanhã eu respondo seu comentário, tentando chegar à altura de seu bom humor.
E vou lhe responder todas as perguntas do anterior, que (também) esbarrou no meu mau humor.
Pode entrar na área.
Apropriada mesmo é a retrospectiva 2007 do 1º ano de governo da "1ª mulher governadora do Pará, eleita pelo povo" (coitado do povo e do estado do Pará!!!) da revista VEJA... Ops! Ou seria 1º ano de governo da "Pororoca de Escândalos"?
Que atire a primeira pedra aquele que não tem telhado de vidro!!!
JC, é o seguinte.
Entendo e compartilho de sua agressividade com certos personagens da vida pública, ou de suas atitudes.
Nao posso dizer que sou amigo de Zé, Raul e Botelho, mas prezo os tres. Por eles sempre fui tratado com respeito e cordialidade. Divirjo aqui e ali de suas opções ou preferências, partidárias inclusive. O oposto também é verdadeiro, ou seja, temos o contraditório colocado em nossas relações, sem prejuízo da convivencia.
Discordei aqui no blog de algumas medidas de Botelho no início do governo.
Quanto ao contraponto que ele fez ao artigo do Lucio, achei interesante linkar uma opinião contrária.
Pessoalmente, concordo com LFP.
É isso aí.
Abs, JC.
Oi, JC,
Você pode falar de outra forma, por exemplo, como um deputado pode ser independente? Ser do contra e depois a favor de um governo, depois de um ano?
Beijos.
cris, seus beijos ainda que virtuais são "magavilhosos".
Obrigado Juva pela distinção, não mereço esse apreço e essa atenção.
Reclamei do texto do Zé Carlos, porque considerei mal-escrito, e aí misturou-se animosidade política com a descortesia ortográfica. Os demais citados me causam certo asco porque poderiam não ter feito a travessia (principalmente o Raul e o ZC) tão rápida e tão longe - parece que a fizeram baseados em interesses políticos momentâneos - e é isso que desagrada a gente, no aspecto ético - será que saberiam que o PT seria governo um dia no Pará, e com Ana Júlia Carepa, de uma tendencia interna tão pequena? Mas estás certos Juva, deve-se admitir que as pessoas e os políticos mudam; as pessoas menos que os políticos ( ou não tão rápidas). Democracia é isso: respeitar a opção pessoal de cada um, mas não aturar textos mal-escritos em blogs tão bons quanto esse.Estou feliz por merecer os beijos da cris e vou visitá-la, assim como a sua nota. Quanto aos deputados independentes, este é o ano da verdade, ano de eleições municipais e assim o bloco independente deverá passar pela prova de fogo.
joão carlos
Povo
Não sei porque insistem em dizer que o convênio liberal foi feito no governo Almir Gabriel, esse maldito contrato na verdade vem da época do Governo de Hélio Gueiros e que o Jader qdo assumiu o governo pela segunda vez descobriu através do seu assessor Luis Terra e qdo descobriram que o governo tinha direito a inserções comerciais no intervalo do JN,uma fita com um institucional do governo chegou a liberal, na época o Nélio Palheta era diretor e recebeu esta fita e exibiu e apartir dai ele começou a cavar sua saida do grupo liberal. Portanto quem começou com esse negócio de usar as retransmissoras da funtelpa foi o Papudinho hj aliado do JB
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