Neste país, até o óbvio tem que virar objeto de algum tipo de coerção. Aqui vai mais um exemplo, em ótima hora.
O corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Cesar Asfor Rocha, determinou que os juízes residam na sede das comarcas a que estejam vinculados. Por enquanto o controle será virtual, com os dados de todas as secretarias e serventias judiciais de primeiro grau e o acompanhamento, em tempo real, da produtividade de todos os magistrados.
Espera-se, para já, que igual medida seja estendida aos promotores de Justiça, especialistas no desdôbro de seus expedientes pelo interior.
Quem sabe assim a vida lhes parecerá digamos, mais real.
5 comentários:
Juvencio, não é só óbvio ululante...
O Corregdor está "determinando" algo que já é determinação constitucional.
O art. 93, VII, da Constituição diz que o juiz deve residir na respectiva comaca, salvo autorização expressa do Tribunal ao qual for vinculado.
Obrigado, professor.
Presume-se, então, que suas excias tem autorização para serem expressas em suas comarcas, ou as Corregedorias não são tanto assim no cumprimento de suas missões.
Abs
Sérgio, meu caro, mande os nomes deles.
Os magistrados são os reis da preguiça, arrogantes, pensam que são DEUSES,acham que sabem mais do que os outros. Os Promotores se acham os paladinos da moralidade, ambos contribuem com suas preguiças com a a onda de violência que assola nosso Estado
No Pará e no Brasil, a generalização torna a crítica mais justa.
Especialistas admitem que, à exceção do RGS, nenhum MP estadual cumpre suas obrigações de maneira satisfatória.
E nos TJ's, o quadro não é muito dferente. Aqui no Pará há magistrados da mais alta responsabilidade e ilibada conduta.
E há os que devem à sociedade.
Infelizmente, as duas associações de classe, de juízes e promotores, em todo o Brasil, não se mostram dispostas a seguir o exemplo gaúcho.
O tema é delicado, desperta reações raivosas, nos dois lados, mas tem que ser encarado com seriedade, e humildade.
O dinheiro que sustenta estes serviços é publico. O resultado tem que ser de todos, para todos, e por todos os membros destes segmentos.
O artigo de Wanderley Guilherme dos Santos- o mais importante cientista político brasileiro da atualidade - linkado neste blog no spabado, 19, merece ser lido com atenção.
Ele afirma, quase ao final do interessante ensaio:
"Finalmente, o Judiciário é a casa forte do conservadorismo político. Não são, os ministros do Supremo, pessoas vulneráveis aos apelos do partidarismo, mas estão expostos à politização como qualquer mortal. Em cada parecer luzem os valores que defendem, os preconceitos que os movem e os clichês que conformam a percepção que têm da vida pública. É conservador o sistema de valores predominantes no Judiciário, atrasado, aquém da acuidade necessária ao entendimento das grandes linhas da história em curso. Ao contrário da imprensa, entretanto, pela integridade de seus membros, teriam boa estampa no Brasil pré-64."
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